Capítulo 1

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Tem certeza? — Draco perguntou e inclinou a cabeça para que sua orelha ficasse mais perto dos lábios rápidos de Pansy.

— Tenho certeza, — Pansy sussurrou um pouco alto demais. Vários alunos olharam em sua direção, mas o grupo de grifinórios do outro lado do corredor não pareceu ouvi-los. Pansy franziu a testa e baixou a voz. — Daphne jura que é o que ela ouviu. A garota Weasley acusou Potter à queima-roupa de que ele era gay.

Draco deu uma olhada na expressão taciturna de Potter. O renomado Defensor do Lorde das Trevas sorriu para algo que Finnigan disse. O sol do fim da tarde iluminava seu rosto fazendo-o parecer tranquilo e contente, mas a mudança de humor tinha sido repentina demais para ser real.

— Mas, ele negou? — Draco meditou mais do que perguntou.

— Bem, sim, mas quando sua própria namorada diz que você é gay... — Pansy deu uma risadinha. — Ela teria notado, não é?

Um sorriso perverso curvou os lábios de Draco. — Não me atrevo a pensar no que ele pediu a ela para fazê-la chegar a essa conclusão. — Ele deu um estremecimento exagerado. Pansy cobriu a boca com a mão para abafar o riso.

Potter olhou na direção deles, mas olhou para Finnigan novamente antes que pudesse encontrar os olhos de Draco. Sua expressão ficou séria novamente.

Draco enfiou a mão no bolso para envolver seus dedos ao redor de sua varinha. — Você tem certeza de que eles terminaram, no entanto? — Ele perguntou, seu olhar fixo em Potter.

— Eu ouvi a garota Weasley dizer isso ela mesma.

Brilhante. — Draco sorriu amplamente.

Desde que a guerra terminou, coisas ruins se recusaram a acontecer ao glorificado Escolhido. Draco quase não tinha motivos para zombar dele; exceto seus óculos, sua falta de senso de moda e sua má escolha de amigos, mas ninguém mais achava esses insultos divertidos. Outros alunos tendiam a olhar para Draco estranhamente quando ele comentava sobre a aparência lamentável de Potter. Idiotas cegos. Só porque Potter derrotou o Lorde das Trevas - bem, não, irritou o Lorde das Trevas até que este não agüentasse mais e não tivesse escolha a não ser cometer suicídio - eles se recusaram a ver que seu herói era um esfregão magricela de quatro olhos. E um ponce, aparentemente.

Finalmente, Draco teve a chance de provocar e ridicularizar o idiota feio. Sorrindo, Draco endireitou as costas e caminhou propositalmente em direção aos grifinórios. Ele ouviu Pansy gemer ao lado dele, mas ele a ignorou.

Ele alcançou Potter rapidamente, deixando apenas alguns metros de distância entre eles, e disse em voz alta, — Então me diga, é verdade, Potter? Eu ouvi que a Weaslette te largou porque você não era homem o suficiente para ela. — Draco parou dramaticamente. — Ou devo dizer porque ela não era um homem o suficiente para você?

O corredor ficou em silêncio enquanto Potter olhava para ele confuso. Draco pensou ter visto as bochechas de Potter perdendo a cor. O silêncio durou alguns momentos e então Potter finalmente falou.

— Vá intimidar alguns calouros, Malfoy. É aí que reside o seu verdadeiro talento. — Potter se virou para Granger em clara dispensa.

A mão de Draco apertou sua varinha. — Eu pretendo fazer isso mais tarde, — disse ele. — Eu só queria lhe dar minhas condolências. Ora, vocês dois foram uma visão comovente. Toda vez que você entrou no Salão Principal de mãos dadas, minhas entranhas positivamente vibraram. Pergunte a Pansy.

— Elas vibraram, — Pansy disse prontamente.

— Na verdade, — Draco continuou quando Potter se virou para ele novamente, — às vezes elas vibravam tanto que eu tinha que correr para o banheiro e vomitar.

The Ties That Bind Us | Drarry Where stories live. Discover now