Minha Brisa - [M]

Episódio 4

Bruna.

Já tinha escurecido e eu estava pegando nossas coisas na mesa, peguei minha pochete e fui até o quiosque.

Eu: Vim pagar, cartão tá - ele concordou e foi pegar a maquininha.

*** débito ou crédito?

Eu: débito - ele colocou a maquininha virada pra mim no balcão e peguei meu cartão na pochete.

Coloquei na maquininha e coloquei a senha logo em seguida.

***: Sua via? - neguei e retirei o cartão assim que autorizou, voltei pra mesa e peguei meu baseado que estava no bolsinho da frente.

Vitória não vinha logo, já estava me estressado.

Tem uns dias que não fumo uma ervinha e isso me deixa neurótica, precisava fumar o quanto antes.

Fui indo pra uma pedra que tinha ali e me sentei na mesma ascendendo o baseado, primeira vez que f1 eu ainda era de menor, mas foi amor a primeira vista.

Flashback on

Estava sozinha na praia olhando o sol nascer, como eu amo tudo isso.

***: Sozinha por aqui essas horas - uma voz surgiu atrás de mim e olhei no mesmo instante, ele sentou e tirou sua camisa colocando no ombro.

Nunca vi esse menino por aqui e olha que eu sempre venho esses horários escondida do meu pai pra ver o sol nascer.

Eu: Sempre estou por aqui - sorri fraco voltando a atenção pro céu.

***: Entendi essa brisa é boa, mas fica melhor ainda f1. - disse e tirou um cubinho enrolado em um saquinho. - já f1?

Olhei pra ele sem entender mas neguei com a cabeça, ele desenrolou o cubinho e pude ver que era maconha.

Posso ser novinha, mas não burra ao ponto de não saber oque é uma maconha.

Só não sei oq é f1¿

***: Fumou um gatinha, carinha de Paty eu duvido muito que já - Falou e começou a dichavar a maconha em sua mão esquerda.

Eu: Não mesmo - sorri fraco.

***: quantos anos você tem? - perguntou olhando tentamente para maconha em sua mão.

Eu: Tenho 16 e você? - tirou a atenção da sua mão e me encarou.

Confesso que fiquei com vergonha, os olhos dele era escuro e bonitos. Um moreno todo tatuado e uma voz grossa e gostosa de se ouvir.

***: Novinha, não tem cara de ter 16 não em - disse sem quebrar o contato visual - alguns aninhos mais velho.

Eu: Entendi - desviei o olhar olhando para o céu.

Ia perguntar seu nome, mas preferir não perguntar até pq não queria falar o meu.

Ele montou o baseado e ascendeu, neguei com a cabeça e fiquei olhando para o céu que já estava lindo.