"Eu não..." ele gagueja, arregalando os olhos. "Pete—"

"Não me trate como se eu fosse idiota" Pede. "Não me trate como se eu não tivesse olhos e ouvidos, como eu não fosse capaz de saber quando você mente."

"Onde você estava?" Pym desconversa, os olhos de repente deixando o rosto de Pete para olhar mais para baixo. "Com quem você estava?"

"Eu já disse que não é da sua conta." Pete vira de costas, prestes a voltar para sua cama quando seu irmão de repente agarra seu braço.

Pym o empurra na direção contrária, para cima da escrivaninha, quase tudo em cima dela cai no chão e ele bate com as costas e a parte detrás da cabeça na parede. Pete põe uma mão em seu peito e tenta empurrá-lo para trás, mas ao invés de se afastar, Pym o segura mais firme. Tão firme que dói.

"Eu reconheço as marcas dele." Ele diz em voz baixa, usando uma das mãos para segurar o rosto de Pete e analisar mais de perto as marcas em seu pescoço. "Vegas fez isso."

"Me solta!" Pete o empurra no estômago usando os pés, Pym se desequilibra e tropeça para trás, caindo no chão sobre suas mãos e traseiro. Ele olha para Pete com os olhos arregalados em surpresa e a boca aberta.

"Pete." Sua voz agora é apenas um sussurro.

Quantos os pés de Pete tocam o chão, suas pernas estão bambas. Ele não é do tipo violento, Pete é o cara que prefere uma boa conversa ao invés de usar seus punhos para ferir. Desde crianças, enquanto frequentava a escola e depois dela também. Exceto que agora ele olha para suas mãos e percebe a vermelhidão nos nós dos dedos causados pelos socos sem defesa que desferiu contra TewJ mais cedo.

Pete se abaixa ao lado de Pym e tenta ajudá-lo a levantar.

"Me desculpe, eu não queria machucar você." Ainda que Pym o tenha atacado primeiro, ele tenta se desculpar.

"Como você pôde?" Seu irmão mais velho questiona. Ele olha dentro de seus olhos e tudo diz a Pete que ele não está falando do empurrão.

Vegas.

"Não tem direito de me julgar." Pete diz a ele, sob seus joelhos. "Ou de me cobrar."

"Nós somos família." Contrapõe. "Papai, Pen e eu. Nós, Pete, não ele."

"Você deveria ter pensado melhor nisso antes de colocar uma venda nos meus olhos e me empurrar para o perigo."

Desta forma, Pym parece aceitar sua resposta porque ele não tenta contrapor novamente ou fazer sua cabeça. Ele apenas se levanta e olha por cima do ombro uma última vez antes de sair.

Durante o sono, os pensamentos de Pete vagam entre os lábios macios de Vegas sobre os seus e a voz de seu irmão gritando por ele no fundo.






[...]






Mais tarde, ainda naquela noite, Vegas se esgueira para dentro do quarto do caçula Phongasakorn pela segunda fez na semana.

Assim como antes, guarda-costas Arm coloca-o para dentro, com os olhos arregalados debaixo das lentes dos óculos e o nervosismo correndo cada parte de seu cérebro. Ele xinga baixo mas permite que Vegas entre, guia-o pelo corredor extenso e silencioso da casa e o empurra para dentro do quarto de Pete.

A imagem que ele encontra é quase reconfortante. Pete está dormindo pacificamente dentro de seu pijama de mangas curtas e shorts, com o peito para baixo e bunda virada para cima, uma perna dobrada e a outra esticada. Ele ronrona e suspira com calma, os cílios tocando as bochechas conforme ele permanece dormindo, sem sequer reparar em seus passos.

Twist | VegasPeteWhere stories live. Discover now