- Eu não disse que concordava com isso.
- Não precisa concordar, também não deveríamos ter criado laços.
- Nossa relação não deve ser interferida por fatos isolados... - Não... Até ela quer ir.
- Sei que faz metade dessas coisas por pena e que prefere ter outras mulheres. - Eu tive que rir exausto.
- Realmente, não me conhece.
- Desculpe, só não quero receber a culpa de mais alguma coisa. Não quero ser chamada de assassina e ser comparada ao Scott.
- Uma viúva que disse isso, não leve a mal.
- Te afastei dos seus amigos.
- Meus amigos que se afastaram de mim.
- Me acha uma assassina? - Me olhou atenta, esperando que eu negasse sem pensar duas vezes. - Se for responder "sim", me avise que vou dormir em outro quarto.
- Não. Não acho. Não te culpo por nada que aconteceu. - É a verdade. Não posso culpá-la se a culpa é minha.
- Se continuarmos desse jeito, vamos perder todo mundo.
- Vamos dar um jeito.
- Temos que dar um jeito bem rápido então.
- Não fale como se eu já não estivesse procurando.
- Desculpe. - Ela fechou os olhos, suspirando. - Gosto de você, não quero me afastar.
- Eu nunca disse que íamos nos afastar.
- E percebi que não quer, já que dei essa opção a minutos atrás.
- Realmente não quero, se não a quisesse por perto, não insistiria em nada.
- Preciso dormir, não vou para escola hoje. - Ela se ajeitou na cama, puxando a coberta.
- Nem eu. - Suspiro profundamente.
No horário da aula, veio a notícia que as atividades escolares estariam suspensas, dois alunos mortos em menos de um mês não é pouca coisa, estão suspeitando de um assassino em série, vai ser investigado.
Não consegui dormir novamente então fui para o galpão, passei o dia, noite e madrugada lá, treinei minha mira nos capangas - Principalmente aqueles que preferem obedecer o meu pai a mim. Os deixei enfileirados e atirei, se errei foi porque quis, minha mira é impecável. No fim, algumas baixas, nada que vá me fazer falta. Também melhorei meus socos, o saco de pancada e os nós dos meus dedos não agradecem, mas eu não sinto nada.
No início da manhã, Nicasia - Nick - me informou o horário do velório, então fui para casa me trocar.
Seria a tarde, então passei algumas horas sentado no carro a beira da estrada deserta que leva ao galpão, pensei muito enquanto girava a aliança no dedo. Minha cabeça grita, vozes sussurram o tempo inteiro. Estou cansado.
Recebi notificações de mensagens, várias de uma vez só, no fim uma ligação. Vou matar essa pessoa, quem liga uma hora dessas!? Olhei a tela do telefone e xinguei internamente, logo depois atendi.- Sim?
- Tem como pedir pro Asterin parar de me morder e lamber? - Consigo ouvir latidos misturados com a voz de sono da Morgan.
- Não dá para obrigá-lo a não gostar de você.
- Eu quero dormir, Tine... - Resmungou, Ast está "resmungando" junto com ela. - Me deixa quieta cara!
- Estale os dedos. - Ficou um silêncio.
Logo depois pude escutar tentativas de estalar os dedos, a última foi o estado bem sucedido. Enquanto isso, estava vendo as mensagens, todos são vídeos e áudios da Morgan.
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Marriage of Convenience
FanfictionConstantine Hill, chefe da máfia italiana. Morgan Stanley, uma jovem metida em negociações de interesse. Os dois foram obrigados a casar-se por motivos diferentes, agora precisam aprender a conviver juntos. Mas como fazer isso se os dois se odeiam...
𝐀 𝐡𝐢𝐬𝐭𝐨́𝐫𝐢𝐚 𝐬𝐞 𝐫𝐞𝐩𝐞𝐭𝐞.
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