- E não podem dançar com os gatinhos. - Joalin completou e nós fomos para outro canto dançar.

[...]

Meus pés já estavam doendo de tanto dançar, procurei não tomar nenhuma bebida alcoólica por dois motivos: (1) eu não queria foder com tudo e o mais importante (2) não vendiam para menores de vinte um anos.

Eu disse para joalin que eu iria lá fora para tomar um pouco de ar, pois aquele local estava abafado e eu já estava passando mal, olhei no relógio e daqui á pouco eu já tinha que ir embora, se Beauchamp resolvesse acordar, eu estava totalmente fodida.

Saí de dentro daquele lugar e logo pude sentir aquele vento agradável em meu corpo, era disso que eu precisava, ar puro. Perdi as contas de quantos garotos tentaram fazer gracinhas ou algo do tipo, todos levaram um fora bem legal, trair Beauchamp era o que menos passava em minha mente.

- Oi. - Ouvi uma voz masculina e olhei rapidamente. Era um cara desconhecido, mas com certeza deveria ser da universidade.

- Ah oi... - Fiz pouco caso, até porquê eu não o conhecia.

- Sozinha aqui... Hm, não está curtindo a festa? É isso?

- Muito pelo ao contrário. - Sorri. - Curti demais e agora preciso de ar. - Ele riu.

- Sou Wesley. - Ele estendeu sua mão e eu a apertei.

- Any. - Sorri fraco.

- Posso te fazer companhia? - Ele perguntou e então eu parei para observá-lo, era realmente muito bonito, daquele tipo que tinha várias vadiazinhas aos seu pés, mas eu era muito bem casada e Wesley não me fez nem cócegas.

- É um lugar publico. - Eu disse simples, dava para ouvir perfeitamente musica alta que vinha do salão, um dos professores foi até a porta e me acenou, logo ele entrou novamente. Tirando alguns alunos que se pegavam loucamente ali fora, só estávamos eu e Wesley. Confesso que me senti desconfortável. - Acho que vou entrar, meus amigos estão lá dentro.

- Calma, eu não sou nenhum tipo de estuprador. - Ele disse ao perceber meu nervosismo.

- Não é isso é que... - Tentei argumentar.

- Você é daqui de Montreal mesmo? - Ele tentou mudar de assunto.

- Não, Los Angeles. - Eu disse dando pouca moral.

- Hm, eu sou de Atlanta. - Ele disse sem eu ter perguntado, vi que ele estava se esforçando para puxar assunto, fingi que eu estava tirando alguma coisa de minha bochecha, mas eu queria que ele visse minha aliança.

- Nunca vi você na universidade. - Observei.

- Nunca? Nossa, estou me sentindo um ser invisível agora, eu sempre vejo você. E quer saber? Eu gosto do que vejo. - Vi que aquilo foi uma cantada.

- Hm.

- Você fala francês? - Ele perguntou.

- Fui obrigada á aprender um pouco nesses últimos anos que eu estou aqui, meu marido fala um pouco, então me ensinou algumas coisas. - E era verdade, Josh arriscava algumas frases em francês.

- Seu marido é um homem de sorte.

- Obrigada.

- Está ficando frio, você não acha?

- Não.

- Bom, eu acho, o que você acha de nós caminharmos um pouco aqui pela volta, é só para aquecer um pouco.

- Não... não é uma boa ideia, desculpa. - Falei. - Agora é sério, tenho que entrar.

- Ei, não. - Ele puxou meu braço e eu arqueei as sobrancelhas. - Eu não tenho segundas intenções, muito pelo ao contrário, sou gay. - Ele disse e eu fiquei meio sem graça, um alívio me percorreu.

𝗣𝗼𝘀𝘀𝗲𝘀𝘀𝗶𝘃𝗲 - 2 𝗧𝗲𝗺𝗽𝗼𝗿𝗮𝗱𝗮-Where stories live. Discover now