— Com certeza, não terei qualquer contato inapropriado com ele. 

— Então, qual o problema? Não estou lhe pedindo muito.

— Está sim. Com certeza, ele me receberá com hostilidade. Terei que ter muita paciência e nenhum amor próprio para aguentá-lo. Ademais, não gostaria de perder o meu precioso tempo com ele.

 — Ah, claro, porque ficar fofocando na casa do Minho já ocupa demais o seu dia.

O mais novo revirou os olhos.

— Minho foi um dos poucos que me sobraram, por isso passo o meu tempo com ele. Os outros ômegas se distanciaram para não terem a imagem manchada pela minha má fama. — o ômega grunhiu em frustração. Ainda achava altamente injusto tudo o que estava acontecendo com ele no último mês. — No entanto, se tudo der certo, no casamento da irmã do Minho poderei me aproximar de algum alfa. Irei radiante, com a melhor das minhas roupas... Não irão resistir a mim!

— Isso se não fizer o mesmo que fez no último baile. Foi ridícula a forma como não parava de olhar para o lorde Choi.

Jae-hyun suspirou.

— O que posso fazer? Mesmo com raiva, eu ainda o quero. Eu gosto dele... e ter um compromisso com ele seria o modo perfeito de mostrar a todos que ninguém me passa para trás.

— Choi é um atraso de vida, Jae. Cuidado! Não o deixe continuar estragando a sua vida, e, consequentemente, a nossa. Suas irmãs dependem de você, de que tenha um bom casamento, ou as chances delas estarão arruinadas e o nome da nossa família no chão.

O ômega jogou a cabeça para trás, escorando-a no estofado do sofá, e fechou os olhos em sinal de resignação.

— Tudo bem, mamãe. Verei o que posso fazer quando o conde estiver novamente na cidade.

🍂🍁

Cansado, o alfa parou a sua égua em frente a uma pequena taverna. Desceu do animal, prendeu-o a uma estaca de madeira e depois entrou no estabelecimento. Vários olhos se direcionaram para si. Acenou com a cabeça para algumas pessoas e depois foi para o fundo do estabelecimento. Sabia que o seu povo gostava de encontrá-lo pela cidade, mas estava com pouca energia para interagir com todos agora.

Foi diretamente até o enorme balcão de madeira e logo ganhou a atenção do dono do local:

— Que prazer tê-lo por aqui, milorde. O que gostaria de beber?

Olhou em volta. Várias pessoas estavam atentas a suas ações, então não poderia ser tão imprudente em seu pedido.

— Quais vinhos possui aí?

Precisava de algo mais forte, mas o vinho deveria servir por enquanto.

O alfa, que deveria ser uns dez anos mais velho que ele, disse-lhe algumas opções e ele escolheu a primeira delas sem pensar muito. 

Assim que o homem lhe deu as costas, sentou-se em um dos bancos de madeira e tentou limpar a mente. Ainda tinha trabalho a fazer na cidade, mas sentia-se completamente disperso. Sua mente sempre voltava para o que Seokjin havia lhe contato e pela forma que tratou o ômega mesmo sem ele merecer. Arrependia-se, mas não tinha coragem de pedir desculpas. Desde aquela noite, quatro dias antes, o ômega o estava evitando. Com certeza, deveria tê-lo assustado com o seu modo hostil de falar.

"O pior de tudo é que apesar de saber, ainda não foi se desculpar. Estou pagando todos os meus pecados estando ligado a ti" White bradou, com raiva, fazendo sua cabeça doer. 

Ainda havia isto, seu lobo estava irado. Condenava-o por suas ações, e, na maior parte do tempo, podia sentir a irritação do lobo em seu ser. 

O dono do local se aproximou com uma garrafa. Encheu uma taça e a empurrou em sua direção. 

O ômega do Conde | NamjinWhere stories live. Discover now