FAKE (Camila/You G!p)

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~ Pov S/n ~

- Tá, o que aconteceu com vocês duas? - Dinah apoia as mãos na mesa

- Que eu me lembre nada - Dou ombros

Ou aconteceu?

- É sério isso? - Camila arqueia a sobrancelha - Acho que você precisa urgentemente de um neurologista, a sua doença deve ser grave

- Ok - Dinah diz com a expressão risonha

- Assim você me ofende, gatinha - Faço careta com a última palavra, porém sei que Camila odeia

- Só não mando você ir se foder, porque sexo é bom demais e você não merece isso - Camila dá um riso debochado

- Usando a minha fala contra mim? Você é baixa, e não estou falando do seu tamanho - Retruco e ela começa a me estapear - Sai maluca

- Eu odeio você - Ela diz com a respiração descompassada enquanto continua me batendo

- Olha, existe uma linha tênue entre amor e ódio, sabia disso? - Seguro seus pulsos

- Essa linha arrebentou quando você foi embora, sua estúpida - Camila se solta e some do meu campo de visão

Sem entender nada encaro Dinah que tem a expressão neutra

- Eu desisto - Dinah diz frustada - Desisto de tentar fazer vocês se aproximarem, vão se foder as duas!

- Você paga o café - Aponto para a latina e saio andando para fora da cafeteria - Mão pesada do caralho

- S/n - Dinah diz me seguindo

- O que é, Dinah? - Pergunto indo até o meu carro - Você me obrigou a vir até aqui, você sabe que a Camila me odeia com todas as forças dela... que não é lá muita coisa, mas mesmo assim

- Eu só quero que vocês se entendam - Dinah suspira pesado

- No começo de tudo eu tentei uma aproximação, ela me mandou ir pro inferno na primeira oportunidade. Então desiste de tentar, porque eu já desisti a muito tempo. Ela me xinga e faz de tudo pra me irritar, eu só me defendo - Me viro para encará-la

- Me responde uma coisa, você já viu a Camila alguma vez antes dela se aproximar da gente? - Pergunta cautelosa

- Dinah, eu nunca vi a Camila na minha vida - Falo alterada

Ou já?

- Tem certeza? - Dinah dá dois passos para trás quando bato o meu punho na lataria do carro

- Tchau, Dinah - Entro no veículo

- S/n - Dinah me chama e apoio a minha cabeça no volante

- Não, eu nunca vi a Camila, se eu a conhecesse eu teria comentado com você - Falo cansada daquela conversa - Eu não sei o motivo do ódio dela exatamente por isso, eu nunca vi aquela garota. Eu realmente queria entender, mas ela não é muito de conversar como você pode ver

- S/n - Dinah diz cautelosa

- Eu estou cansada de sempre tentar entender as coisas, o ódio sem cabimento por mim. Eu estou farta de ser maltratada por uma pessoa que nem sequer eu conheço direito. Então você para de tentar fazer a gente se aproximar, porque não vai rolar, Dinah - Falo sem olhá-la - Preciso ir, nos falamos depois

- Você ainda me ama? - Franzo o cenho

- Óbvio que amo, está pensando que vai se livrar de mim tão fácil assim? - Dou um riso nasal

~ Pov Camila ~

Suspiro pesado tentando me acalmar. Dentes perfeitos, duas covinhas, uma sobrancelha levemente arqueada, pronto, todo mundo estava caídinho

Entro no carro e a porta do passageiro se abre e lá está ela, aperto as mãos no volante na mesma intensidade que a minha raiva aumenta

- Está se divertindo, não é? - Dou um riso nasal - Age como se não me conhecesse, mas é só as garotas virarem as costas que você...

- Me desculpa - S/n diz e me esforço pra não revirar os olhos - Deixa eu consertar as coisas

- Pra depois me quebrar de novo? - Me viro para encará-la - Não, obrigada... agora sai do meu carro

- Só... - Interrompo sua fala

S/n, não me faça te odiar mais, vaza daqui - Desvio o olhar

Ela sai do carro batendo a porta, olho de relance e ela está com o semblante abatido

- Puta - Digo girando a chave na ignição

...

Sou acordada por batidas fortes na porta, me levando e caminho pelo corredor e faço careta assim que vejo quem é pelo olho mágico. Respiro fundo antes de abri-la

- Ahn... a gente precisa conversar - S/n diz sorri amarelo - Um acordo de paz, eu juro

Analiso S/n de cima abaixo, ela está com a mesma roupa de mais cedo, ela veio até aqui se humilhar ou fazer ao contrário?

- Acordo de paz? - Arqueio a sobrancelha

- Sim, está passando da hora de agirmos como duas pessoas adultas, Camila - S/n se escora no batente da porta - Posso entrar?

- Não vai tentar me agarrar como dá última vez, vai? - Pergunto desconfiada

S/n franze o cenho e parece estar em uma discussão interna com ela mesma, ela nega com a cabeça e dou espaço para que ela entre

- Quer alguma coisa, veneno, gasolina? - Pergunto fechando a porta

- Só quero acabar logo com isso - S/n não retruca a minha provocação

Jubileu tá estranho

Suspiro pesado e aponto para o sofá, nos sentamos e ficamos em silêncio absoluto

- Porque você não gosta de mim? - S/n pergunta me encarando

- É sério isso? - Retruco - Vai se fazer de sonsa a essa altura do campeonato?

- Não estou me fazendo de sonsa, só quero entender - S/n massageia as têmporas

Vou entrar no jogo dela

- Sei lá, só... não gosto - Dou ombros

- Eu já te fiz alguma coisa? - Me esforço pra não revirar os olhos

- Não, você não fez nada - Falo em puro sarcasmo

- Eu não te conheço então eu só me defendo das suas provocações, ok? Eu só não quero ter que ficar levando puxão de orelha das garotas quando sairmos - S/n diz sem ânimo

- O foda é que você é uma tremenda pau no cu - Cruzo os braços

- Voltamos a estaca zero - S/n suspira pesado - Vou te mostrar que eu não sou assim

- Vai? - Arqueio a sobrancelha

- Sim, já que não adianta eu falar - S/n dá ombros - Barbie, é sério isso? - Ela aponta para a tv

- Não me julgue - Falo risonha

S/n me encara e vejo um sorriso no canto dos lábios, olha o golpe

- Não julgo - S/n responde com um sorriso - Preciso ir agora

- Bom, se você me provar que não é uma tremenda filha da puta... eu dou uma trégua - Desvio meu olhar

- Tá bom - S/n estende a mão - Acordo de paz

- Acordo de paz - Aperto sua mão - Agora some daqui

- Isso é agressão - S/n finge braveza

- Some - Aponto para a porta

....