Problemas com Poderes (parte I)

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— Eu sinto muito. — ele me abraçou forte. — Você realmente quer dar um tempo? Se você quiser eu posso tentar dar um jeito e... — o interrompo.

— Bosey, mesmo que eu queira muito, ainda é arriscado e não só pra mim quanto pra você, entende? — ele pareceu não compreender. — Eu sei as coisas que a minha mãe é capaz de fazer. Se eu continuar te encontrando ela vai inventar alguma merda sobre você, algo tipo você ter me assediado e me dopado e ela não vai parar de espalhar mentiras até que seu padrasto esteja com o nome tão sujo que ele terá que deixar o cargo de vice prefeito.

— Sua mãe é maluca nesse nível? — confirmei. — Tá tudo bem, eu entendo seu lado. E eu sinto que te devo desculpas sobre a Lilith hoje. Mesmo que a gente não vá mais ficar junto saiba que eu definitivamente não pretendo ficar com ela ou algo assim, eu gosto de você, Y/N. — Bosey pegou as minhas mãos e olhou nos meus olhos.

Seus olhos me deixavam hipnotizada de tão lindos.

— Eu também gosto muito de você.

— Ei, vamos logo?! Volt e Shoutout precisam de ajuda, e cadê a nossa comida? — Awol apareceu ao nosso lado com seu teletransporte.

— Eles não embalam. — Bose responde. — Ei, vamos voltar, tudo bem? — avisou ao Barba Longa já que poderiam jogar nossa comida fora.

Quando íamos nos teletransportar Lilith voltou correndo, implorando pro Brainstorm ficar e experimentar a sua sobremesa maravilhosa. Ela até roubou da mesa de outros clientes mas dessa vez eu não consegui me segurar e tive que responder:

— Temos um crime pra resolver e Brainstorm já tá com alguém, agora para com isso, tá ficando estranho! Vamos logo, Awol. — ele nos levou direto pro Hip Hop Puree.

Quando chegamos Shoutout e Volt já tinham sido derrotadas, seus poderes não funcionavam e suas vozes estavam esganiçadas. Awol tentou ir contra o palhaço mas recebeu uma bomba de gás fazendo o mesmo efeito nele. Bose e eu nem tivemos a chance se tentar antes que fossemos atingidos também pelas bombas de gás que além de coloridas eram bem fedidas. O criminoso conseguiu escapar então depois de nos recuperarmos voltamos pro Ninho do Man.

Tentamos contar a história pro Schwoz só que ele estava gravando pro seu podcast. Quando explicamos melhor ele desligou seus aparelhos e veio até nós ouvir a história completa. Schwoz disse que Ray o contou que, caso algum dia percamos nossos poderes, ele iria nos proibir de combater o crime, fechar a escola, se aposentar e levar o Schwoz a uma viajem, qual ele não parecia muito interessado em ir.

Ray nos apresentou seus dois amigos modelos que ele conseguiu na sua salva aos reféns e queria nos perguntar sobre o nosso combate. Inventamos uma mentira sobre o palhaço ter morrido e fugimos da conversa o mais rápido que pudemos. Awol queria voltar pro restaurante, Volt e Shoutout tentaram impedir sabendo o quão desconfortável eu e, principalmente, o Bose ficaríamos com a Lilith por perto, elas tentaram dizer que poderíamos pedir para eles embalarem nossa comida mas Awol disse que eles não embalavam, nunca me arrependi tanto de uma mentira. No final de tudo somos pra lá comer uma sobremesa e tomar leite quente já que somos novos de mais pra beber cerveja e afogar as magoas.

— Desculpe não ter nos teletransportado pra cá.

— E desculpa por não ter acertado o garçom com um raio quando ele demorou muito pra trazer as bebidas! — Volt gritou pra que o garçom pudesse ouvir.

— Ainda tô muito triste por aquele pássaro. — comento.

— Eu também, toda vida nesse planeta é valiosa! — Mika exclamou.

— Quem que animais do mar recém abatidos? — Lilith voltou com uma grande quantidade de camarões e duas lagostas lindíssimas.

Me deu água na boca só de olhar. O problema era quem trazia aquele deliciosa refeição pra nossa mesa. Eu tô me segurando pra não acabar com essa garota na frente de todos presentes no restaurante.

One & Only - Bose O'BrianWhere stories live. Discover now