Capítulo VI - Um Favor

Začať od začiatku
                                    

— Eu vou ver como o garoto está. — Na-moo suspirou derrotado. Em todos os seus encontros com o outro Lee, em algum momento, aquele assunto sempre vinha à tona. E dessa vez havia sido bem mais rápido do que esperava, não tinham nem almoçado ainda.

Na casa, assim que chegaram à sala, Satoru e Benjamin colocaram Dae-ho deitado no sofá.

— Deixa de graça e abre o olho, Dae-ho — Benjamin falou, ficando de pé e olhando-o por cima.

O fisioterapeuta, franziu o cenho e abriu só o olho direito.

— Ele estava fingindo? — Satoru estava incrédulo.

— Ele teve uma queda brusca de pressão e apagou, mas nada que durasse tanto — explicou, tentando segurar o riso.

Sabia que o aluno era fã do palestrante, mas não àquele ponto.

— Tudo isso desencadeado pela visão do meu ex-marido.

— Também, o Na-moo tá um puta gostoso, parecendo uma geladeira duplex de tão grande — enxugou o suor imaginário na testa, abanando-se em seguida —, até eu passo mal, nossa.

Benjamin rolou os olhos para o exagero do amigo, sabia que o ex-marido estava malhando, mas jurava que ele só estava tão dedicado à academia para lhe tirar dos eixos e fazê-lo ceder.

— Ele assinou o divórcio?

— Nem ouse, Aikyo Satoru!

— Mas eu nem disse nada! É somente a nível de informação, se quer saber.

— Esse tipo de informação serve para você e seu marido proporem experiências corpóreas envolvendo nudez e troca de fluidos, então, não se atreva!

— Eu não entendo, por que se separaram se ainda agem como se fossem casados?

— Não é da sua conta.

— Tudo bem, mas, a nível de informação, podemos estender a proposta para você também. Sabe como é, na cama onde cabem dois, cabem três... quatro pode até ficar mais gostoso. O Luo sempre quis experimentar, mas nunca encontramos pessoas que confiássemos para algo do tipo.

Benjamin já ria da cara de pau do mais novo. Dos anos que conhecia Luo, jurava que seria difícil para ele encontrar alguém que compartilhasse dos mesmos gostos não convencionais que possuía, todavia, quando foi apresentado a Satoru, entendeu que na vida há gosto para tudo e sempre haverá alguém que os compartilhe consigo.

— Já te vi tantas vezes pelado, garoto, que não tem nem mais graça.

— Mas ainda não viu o que esse corpinho nu é capaz de fazer...

Dae-ho acompanhava a conversa tentando se situar, não podia acreditar que seu professor favorito era ex-marido do Deus da ortopedia. "Ex-marido... Ex-marido..." sua cabeça repetia e não se conformava. Como alguém se separa de Lee Na-moo?!

Ainda mantinha só um olho aberto. Sentia o corpo um pouco fraco e frio, resquícios da queda brusca de pressão.

— Alôôô! Desmaiado aqui! — chamou a atenção dos dois, que olharam para baixo recordando-se do estudante que passara mal.

— Pronto, você já está melhor. — Benjamin diagnosticou.

— Não! Vocês precisam me ajudar! — Levantou parte do corpo e agarrou o tecido da bermuda do médico, impedindo que ele saísse. — Vocês precisam me tirar daqui! — Seus olhos estavam enormes, como os de um coelho assustado. — Essa foi a maior vergonha que já passei na minha vida! Eu preciso sair do país! É isso! Satoru, me ajuda a fazer minhas malas!

Um PassoWhere stories live. Discover now