𝖨 𝖳𝖺𝗄𝖾 𝖸𝗈𝗎

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Já haviam se passado dois dias que Mark não via Rodolfo usar a caixinha de areia, e isso lhe causou uma certa preocupação. O gatinho não fazia xixi a dois dias e não deixava que seu dono tocasse em sua barriguinha.

Mark já estava ficando louco com a ideia de perder seu bichano, ainda mais em sua própria casa.

Deveria levá-lo às pressas para um veterinário, porém a clinica mais próxima ficava á 46min de sua casa, ir até lá debaixo do sol quente e com um gatinho gordinho nos braços seria um trabalho difícil e cansativo. Mark estava quase enlouquecendo.

Com toda essa situação na cabeça, sentou-se próximo a porta de seu apartamento e começou a chorar. Um choro tão alto que fez com que seu vizinho da direita fosse ver o que estava acontecendo.

Mark escutou alguém bater em sua porta com três toques. Se levantou e secou as lágrimas na gola de sua camisa.

— "Q-quem é?". Perguntou soluçando.

— "Meu Deus, cara. Você tá bem?". Perguntou o vizinho, percebendo que o mais velhos havia chorado bastante.

— "É meu gatinho, e-ele tá doente e eu... e-eu não tenho carro pra levar ele no médico". Fungou enquanto falava.

— "Poxa, chatão isso aí. Quer que eu ajude em algo? Eu não sou médico, mas posso... posso ajudar?". Perguntava o menor sem saber o que fazer.

— "Acho que em nada. Ah".

Mark começou a chorar de forma descontrolada, novamente, deixando o vizinho assustado.

— "Já sei! Eu te levo. Pega seu gato aí e me segue. Ah, e meu nome é Donghyuck, vizinho".

— "Eu sou o Mark. Obrigado, Donghyuck". Falou e se virou para pegar o gatinho, que estava deitado próximo a pequena cozinha que tinha no apartamento. — "Vamos Rodolfo, vamos no médico, meu bebê".

— "Rodolfo, isso é nome de gato?". Falou Donghyuck baixo, rindo do nome dado ao felino.

Mark pegou o gato com todo o cuidado do mundo e o colocou sobre uma mantinha. Os dois foram seguindo até o elevador que levava a garagem. O mais velho não fazia ideia que o menor tinha algum alto-móvel.

— "Aqui, pega esse capacete e segura bem seu Rogério".

— "É Rodolfo. E você tem uma moto?".

— "Isso, Rodolfo. E não, mas eu tenho uma belezinha que é uma beleza". Disse caminhando para o outro lado do estacionamento. — "Essa é a Daegal, minha companheira desde o ensino médio. Pode subir, não tenha medo, Mark".

Mark não só ficou boquiaberto como estremeceu as pernas. A bicicleta estava com os faróis quebrados, com um buraco enorme na cesta, o guidom enferrujado e uma roda que não estava no seu normal.

— "Donghyuck, com todo respeito, eu sei que você tem um ótimo coraçãozinho e uma grande empatia por ver minha situação e se prontificar para me levar, isso foi um ato muito lindo na qual eu com certeza não irei nunca esquecer e..". Mark foi cortado pelo vizinho.

— "Ai 'tá bom, 'tá bom, agradece depois, agora sobe que a viajem é um tantinho longa".

— "Donghyuck, se eu for 'nisso' daí com você, morremos nós todos. Essa bicicleta, ou esse resto, 'tá caindo aos pedaços e eu preciso chegar no veterinário logo, mas se eu subir nisso, eu vou chegar em outro lugar mais rápido".

— "Mas que audácia essa sua, seu canadense mal agradecido, eu aqui me sacrificando pra salvar seu gatinho e você pisando, pisando não, sambando na minha ajuda desse jeito. É o seguinte, ou vai ou racha".

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⏰ Última atualização: Aug 03, 2022 ⏰

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𝙄 𝙏𝙖𝙠𝙚 𝙔𝙤𝙪 - 𝘔𝘢𝘳𝘬𝘩𝘺𝘶𝘤𝘬Onde histórias criam vida. Descubra agora