E bom, juntando o calor que estavam sentindo naquele momento com o acréscimo do local apertado que estavam, era a junção perfeita para que os adolescentes ficassem mais raivosos uns com os outros — mais do que já eram normalmente.

Faziam com que estivesse a um fio de pularem em cima um dos outros e se estrangularem.

— Aí, Pope. — JJ chama o amigo, que estava de olhos fechados. — Como se mata uma cobra? — Questiona de repente.

— Acertando a cabeça. — Pope o responde sem paciência.

— Exatamente. — Ele aponta. — Mas digamos agora que a cabeça é... a sala de comando. — JJ fala.

Os adolescentes suspiram, impacientes com o que o loiro falava e com qual seria a sua próxima tentativa de plano mirabolante.

— Uhn, como entramos nessa sala? — Matt questiona ainda de olhos fechados, apenas querendo que o garoto falasse para que ele tivesse algum entretenimento para se distrair.

— Vamos precisar de muito poder de fogo para conseguir invadir essa sala. — Ele explicava. — Mas eu sei que nesse navio tem um arsenal de armas incríveis para caso de um ataque pirata.

— Ataque pirata... — Kiara fala rolando os olhos. — Você estava me prendendo até falar isso.

— É sério, vai funcionar. Nós pegamos tudo, e não falo só de pistolas, falo de facas e sei lá, shurikens. — O garoto dizia estranhamente animado.

— O plano de matar todos aqui do barco não vai funcionar. — Kiara garante, passando por ele e deixando dois tapas em seu ombro.

— Ótimo, perdemos ela. — O Maybank aponta.

— Sua mente fica bem mais criativa no calor. — Matt fala para o loiro.

— Com certeza. — O garoto concorda. — Mas falo sério, no arsenal deve ter fuzis, rifles de cano-duplo, dinamites...

— 'Tá bom, 'tá bom garotão. — John fala se aproximando do amigo e colocando as mãos em seus ombros. — Relaxa um pouco. Olha, não podemos resolve tudo batendo nas pessoas, tem que parar com essa eu mania.

— A gente primeiro precisa arranjar um jeito de sair, JJ. — Pope o lembra.

— Ah, mas isso é moleza. Eu dou um chute nessa porta e ela se abre rapidinho. — O loiro fala convencido.

— Tem perna de aço agora para abrir essa porta com um chute? — Matt questiona irônico e com certa impaciência.

Os três garotos o encaram, surpresos pela fala do garoto que costumava ser mais calma.

— Foi mal, eu tô com calor. — O garoto se desculpa envergonhado com os olhares e se escorando cansado nas cargas enquanto se abanava com as mãos. 

Os quatro voltam a discutir contra a ideia de JJ de matar todos que estavam no barco, mas são interrompidos quando escutam a voz da Carrera do outro lado do contêiner.

— Pessoal! — Ela os chama.

— Ela teve alguma ideia. — John fala e acena com a cabeça para que eles fosse até o encontro da morena.

— O quê que ela quer? — Pope questionava.

Eles se aproximam da garota e vêem que ela havia empilhado alguns barris em cima de uma caixa e olhava para uma abertura um pouco acima deles.

A garota sorria convencida quando os meninos pareciam perceber a intenção que ela tinha.

— A gente passa por ali, não passa? — Ela questiona mesmo já sabendo a resposta.

Aplin² • Outer Banks Where stories live. Discover now