Um romance com si mesmo

Escolhas.

Sinceramente, eu não gosto quando se diz a respeito de escolhas, não me dou muito bem. Mas, o que define melhor a palavra escolha, é a palavra perda. Quando escolhemos algo, automaticamente perdemos algo, seja no interno ou no externo (dentro de nós e ao nosso redor). Podemos dar como um exemplo as amizades, desejos, sonhos, enfim. Seja qualquer coisa, a escolha sempre vai exigir algo de dentro de nós. E nem sempre isso satisfaz nossa vontade, mas é algo que é extremamente necessário.
       Por mais que doam, elas dentro de nós nos transformam. Ultimamente eu usei bastante essa palavra "escolha", e uma das coisas que eu ainda não aprendi depois de ter passado pelo mesmo problema 4 vezes, foi saber lidar com problemas e aprender com eles. É bem complicado passar por coisas pelas quais você não merecia.
      Aquilo que você tem, você transborda, ou, você colhe aquilo que planta. Se você for parar para pensar, tudo da nossa vida engloba escolhas. Seja levantar da cama, até deitar. Veja só: Eu tenho a opção de acordar cedo mas não querer ir pro colégio, eu vou não por que gosto, e sim pois para mim é visto como uma necessidade, é preciso para o meu aprendizado. As escolhas da nossa vida dão à nós um resultado ou um ensinamento; a minha escolha de querer ir pro colégio hoje me ensinou português (e teve prova ainda), história, filosofia e educação física. Amanhã é diferente e assim vai.  O que eu quero que você entenda é que, tudo o que fizermos irá exigir de nós a seleção de atitude, ou seja, vai pedir pro nosso eu uma preferência por algo. Entre sorvete e açaí o que você prefere? (eu prefiro açaí). Nada escapa da famosa escolha. Fazemos nossas próprias escolhas, mas arcamos com as consequências que ela nos trás. Sejam elas boas ou ruins.
      Hoje no colégio, refleti muito sobre isso, vendo as pessoas ao meu redor. Sou suspeita ao falar que as pessoas são as minhas maiores inspirações para escrever e cismar. Enfim, olhando pude reparar o tanto de escolhas que tem em um único dia e em uma única sala. Seja conversar com alguém, ficar perto de uma pessoa e por incrível que pareça até rir. Sei que tudo isso que digo parece "baboseira", mas é aquilo que está dentro de mim. Eu apenas transbordo nas letras e vivo na realidade. As vezes o mais óbvio é o mais difícil de se entender. As situações complicadas me fazem ter as palavras, e os problemas me inspiram para ver a beleza nas coisas pequenas que jogamos no lixo.
         Acho que a parte da escolha, que mais dói é aquela que se refere a si mesmo. Pois estamos tão acostumados em fazer escolhas, a fazer opções e seleções baseada na vida dos outros, e esquecemos que nós também temos uma vida. Antes de fazermos uma escolha, pense: "que benefícios irá me trazer se eu escolher isso?" ou "eu sei que isso irá me afetar, mas eu estou disposta (o)?"  "Uma pessoa imatura pensa que todas as suas escolhas geram ganhos. Uma pessoa madura sabe que todas as escolhas têm perdas." O grande Augusto Curry nunca erra com suas belíssimas palavras. Você tem sido quem ultimamente? Uma pessoa tola que faz escolhas imaturas, se baseando nos outros ao seu redor? Ou uma pessoa sensata, que tem consciência de suas escolhas, e sabe que em algumas delas vai ser necessário perder algo para ganhar algo ainda melhor.
       As vezes, as escolhas que fazemos doem e fazem um bem danado logo em seguida. Pode doer pra xuxu, mas depois de um tempo você vê que foi a melhor coisa que fez pra si mesmo. Escolher aquilo que é melhor pra você, não é egoísmo, é uma atitude de amor, cuidado, compaixão e inteireza.

Você é livre para fazer suas escolhas, mas é prisioneiro das consequências.
Pablo Neruda

Sim, essa frase me arrepiou todinha... E não saia daqui até você entender e colocar você no centro dessa frase.

    E mais uma coisa, cuide do seu coração para não entregar ele para ninguém. Todos estamos sujeitos de errar e fazer escolhas erradas, até eu e você. Mas o coração é um vidro. Frágil.