– Sinto muito filha. mas não pense mais nisso. esqueça de uma vez o passado. _ mamãe diz e tem razão. não vou estragar meu dia remoendo meu passado tão doloroso.

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Uma semana se passou depois que minha mãe esteve em casa, soube por ela que foi embora de NY na sexta. e seria hoje que faria uma entrevista para uma vaga de emprego em uma empresa. Belfort Enterprises. é uma vaga para ser assistente da secretária do CEO. e eu estava super nervosa e com medo. precisava muito conseguir esse emprego. seria uma ótima oportunidade para agora. até terminar a faculdade. me olho no espelho e gosto do que vejo. estou de calça social, camisa branca. sapatos baixo, cabelo preso e uma pequena bolsa de lado. propícia a uma entrevista de emprego. pego as chaves de casa e saio.

– Bom alícia, preciso de comprometimento e responsabilidade. aqui seu horário seria das 14h à 18h. segunda a sexta-feira. com um salário de dois mil dólares. alguma dúvida. _ a moça do Rh me entrevista. e eu que pensei que seria a própria secretaria que faria.

– Não. para mim está tudo perfeito. _ sorria amigavelmente.

A moça do Rh, Sabrina seu nome. disse que me retornaria, após a seleção. porque haveria outras meninas para ser entrevistada. mas eu estava confiante que seria selecionada. tinha fé também. e muita. preciso mesmo desse emprego. não posso pedir dinheiro pra minha mãe. sou responsável por mim agora. passei o resto do dia e a noite ansiosa. mas tranquila por que sabia que o que tinha que ser, seria. a noite fico com fome. procuro na despensa o que fazer para o jantar. e na verdade nada que me agradace. meu saldo do banco também está quase no zero. vou até minhas economias e pego 100 dólares.
vou ao mercado para uma pequena compra pra semana.

Pego o caminho até o mercado mais próximo. chegando vou direto nos frios a procura de pizza. depois algumas frutas, cereias, bolachas. guloseimas para a sobrevivência de uma jovem, pra essa semana. ainda na área de sucos, escolho de uva. logo a frente na minha direita escuto uma risadinha. levanto o olhar e vejo enzo. só pode ser o karma. como é possível uma cidade tão grande. e tantos encontros entre nós. frequente demais. tento fingir não vê-lo, mas é em vão. ele apressa os passos até mim.

– Já ia fugir de mim. fujona. _ ri brincando com uma maçã na mão.

– Claro. qualquer oportunidade de não ficar ao seu lado. eu aproveito. _ dou um leve sorriso com desdém.

– Sim. só não quando está nos meus braços não é mesmo. _ seu olhar tinha muita malícia. com a boca entreaberta e uma sobrancelha arqueada.

– Me diz. porque você mora justo aqui. porque diabos não foi pro Alasca. te ter por perto é o pior pesadelo. _ respondo. ele nega e sorri.

– É. pois eu digo só uma coisa, você... _ eu o encarava sorrindo sorrateiramente. o mesmo não conseguiu terminar a frase.

– Gato. olha vamos levar esses sorvetes. e nos... _ ela para de falar também quando nos vê.

Uma mulher loira, corpo fino e cabelo liso, nariz empinado. muito bonita. nos interrompe. sinto uma coisinha ao ouvir ela chamando ele de gato. seria sua namorada de NY. era o que eu queria saber. pra chamar ele de gato assim. e estarem juntos no mercado. só pode ser uma namorada. meu corpo reage de forma diferente. ajeito minha postura, e os encaro. ela vem até nos e sorri abertamente pra mim. mostrando seus lindos dentes, alinhados e muito branco. inclusive. parece até uma dessas modelos de revista. se não for né. e a sensação de ja tê-la visto em algum lugar. me parece semelhante. 

– Oi. sou anabela. você é.. _ balança a cabeça pro lado, curiosa.

– Alícia. _ só respondo isso.

– Ali, essa é minha amiga. _ enzo fala quase como se explicando.

– Prazer. também sou amiga do enzo. _ mas o que deu em mim, pra falar isso.  _ciúmes. com certeza não.

A tal anabela apenas pronunciou um a. sorri. e nos encara. enzo está parado, e não diz nada. acho que lhe faltam palavras no momento. cretino, se declara pra mim e está aqui, com outra. e sou mesmo uma otária se por algum segundo pensei que ele sentia algo por mim de verdade. só ódio. apenas isso. e seguiremos assim pro resto da vida. eu não o suporto. nem um segundo a mais. digo que preciso ir, dou um breve adeus e me vou rápido. saio em passos apressados. ando até o caixa. pago pelas minhas compras. pego um táxi dessa vez. minhas mãos e pernas estão trêmulas. e não consigo imaginar o porquê. vê ele assim, aqui, com outra. mesmo que diz ser sua amiga, não acredito. me causou um certo incômodo. e uma pontada no peito. que raiva. o que será isso. talvez seja mesmo ciúmes?.

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oii gente. obrigada por ler minha obra. espero que gostem do capítulo. quero dizer que eu não posto capítulos todos os dias, apesar que gostaria muito. mas com as provas que tenho fica difícil. tenho que estudar. tentarei postar dois por semana, fico grata com os comentários pedindo por mais. e muito feliz também. tentarei ao máximo não sumir daqui. vou terminar sim essa obra ok?! jamais deixarei inacaba. então aguardem os próximos capítulos que estarão de arrasar. beijinhos e pfvr deixe sua ☆ se gostou. ❤

ME ODEIA, OU ME QUER?Where stories live. Discover now