Dela

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Na manhã seguinte, a primeira a acordar havia sido Lena que demorou para reconhecer a cama diferente que estava e os braços fortes que rodeavam sua cintura. Olhou de relance o relógio que havia na cômoda pequena ao lado da cama vendo o horário, xingou mentalmente por ter sido despertada tão cedo, sentia como se algumas funções de seu corpo ainda estivesse dormindo debaixo daquele edredom gostoso.

Sorriu vendo o jeito bagunçado do cabelo de Kara no travesseiro, sorriu mais ainda ao ver o biquinho que seus lábios faziam, queria encher o rosto dela de beijos mas provavelmente o ato de desespero a faria acordar de seu sono que parecia gostoso de mais para ser interrompido. Se levantou com cuidado pra não acordá-la, se limitou apenas a ir ao banheiro que havia ali no quarto e foi para sala esperar a loira acordar o que parecia que iria demorar, queria fazer algo para que comessem mas pra isso teria que mexer nas coisas e não sabia se teria tal permissão.

Passou seu tempo mexendo no celular, ligou para casa pra dizer que estava bem e pra saber se seu pequeno estava bem, sorriu ao ver a foto que Lex havia mandado dele dormindo aposto desligar a ligação. Foi tirada de seu momento ao ouvir batidas na porta, não conseguiu medir quanto tempo havia ficado numa disputa interna pra saber se abria ou não, se fosse uma visita indesejada?

Ao olhar no olho mágico, não viu ninguém, destrancou rápido abrindo para ver se encontrava algo no corredor talvez mas não tinha, o que tinha era uma carta jogada no chão, a pegou vendo só o nome de Kara presente no verso dela, estranhou mas deixou na mesa para que ela pudesse pegar quando acordasse.

[...]

- Bom dia - A voz manhosa se fez presente. - Me desculpa, eu que deveria acordar primeiro pra te fazer café.

- Bom dia - Lena sorriu.  - Fica tranquila. Podemos fazer agora mas antes, tem uma carta pra você.

- Pra mim? - Franziu o cenho.

- Sim. - Confirmou. - Bateram na porta e deixaram, não sei quem foi.

- Talvez seja do síndico, ele é senhor de idade. Prefere coisas clássicas ao invés de textos em redes - Riu.

Kara deu um selinho em Lena a deixando com cara de supresa mas com um sorriso vitorioso em seus lábios. Passou por ela pra pegar a carta, ao abrir, percebeu que não era nem de seu síndico e muito menos de alguém que ela imaginaria que poderia ter sido. Leu em silêncio o que tinha escrito naquela papel, não sabia ao certo que parte focar, era informação demais ao mesmo tempo.

- O que é? - Lena perguntou atraindo a atenção para ela. - Não é dele, não é? Sua cara diz.

- Si..sim.. - Coçou a garganta. - É dele. De quem mais seria?

- Você mente mal, de quem é?

- Droga - Exclamou. - É dela. Da Emma!

Lena pediu permissão para pegar o papel, enquanto sentia o olhar da loira para onde ela estava, lia com atenção.

carta:

Eu realmente senti falta de ti.

Eu poderia falar isso verbalmente mas travaria e não sei se quer me ver mais perto, conversar, enfim, me dar um pouco de seu tempo. Tenho pontas soltas com você ainda e isso me mata! Coisas mal terminadas, são cruéis. E nós somos 'mal terminada' em diversos aspectos, não acha?

Fui péssima com você e me perdoe por isso, eu tive que passar esse tempo todo fora para entender isso, me desculpa. Não faria nem metade com a mentalidade que eu tenho agora que é superior à daquele tempo.

Você é o meu grande amor, minha companheira e eu estraguei tudo! Estou disposta a tudo se quiser mudar, se quiser tentar comigo e faremos juntas agora

e outra, até que ela é linda.

            ass: Sua Emma.


Quando terminou de ler levantou ser olhar para encontrar com o intenso dos olhos de Kara que parecia a parte daquela situação naquele momento, não esboçava emoção alguma.

- O que ela quer hein? O que custa me deixar em paz como eu estava?

- Olha pra mim - Lena se aproximou o suficiente para conseguir toca-lá. - O que ela quer é te bagunçar de novo. Sabe que com essas pequenas coisas ela faz algum tipo de revirada. Agora, você não vai dar esse gosto pra ela, tá me ouvindo?

- uhum.

- Estou falando sério, você não dará abertura alguma pra ela. Não vais deixar que ela saiba que mexe com você te trazendo coisas ruins que você teve que enfrentar.

- Te meti nessa, mais que merda.

- Cala boca - tentou ao máximo fazer com que tal ordem não fosse tão rude. - Eu estou aqui e não vou sair.

- Eu nem sei como está o psicológico dela, quero que tome cuidado, até saber o que ela quer.

- Tudo bem - Lena sorriu tentando passar tranquilidade. - Se ela fazer algo, irei falar com um amigo policial da família.

- Sua mãe vai me odiar sabendo onde te meti.

- Para, é impossível - Lhe deu um selinho. - Eu sou adulta, sei o que faço. Agora vamos comer, por favor!






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