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capítulo trêshomem aranha, nunca bate e só apanha

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capítulo três
homem aranha, nunca bate e só apanha

O Homem-Aranha salvou a vida de Gwen Stacy. Mas, até isso acontecer, ela não gostava muito dele.

Ela estava com Michelle e Betty na cafeteria da escola, e as três jovens discutiam um vídeo do Homem-Aranha brigando com um bandido que viralizara no Twitter. Gwen achava que esse tal "herói" era um desserviço, enquanto suas amigas acreditavam que ele estava fazendo algo de bom por uma cidade com a taxa de criminalidade tão alta quanto Nova York.

— Vocês agem como se ele fosse um grande herói, mas ele não faz nada que a polícia não faça melhor, e sem metade da baderna que ele causa. — disse Gwen.

— Isso é a sua opinião, ou a opinião do seu pai? — retrucou Michelle, com o rosto apoiado nas mãos. Gwen arqueou as sobrancelhas, mas não respondeu nada. O pai dela, capitão Stacy, era um capitão da polícia de Nova York, e inimigo mortal do Homem-Aranha.

— A polícia tem histórico de ser preconceituosa e violenta — continuou a jovem — Enquanto esse tal Homem-Aranha já lidou com todo o tipo de criminoso e nunca precisou matar nenhum, então eu vou defender esse cara sim.

— Eu tenho que concordar com a Michelle — Betty entrou no assunto —, porque o Homem-Aranha realmente se tornou um herói, e já salvou várias pessoas, sem precisar matar ou ser excessivamente agressivo.

Ele não era agressivo? Ele estava literalmente agredindo uma pessoa no vídeo, além de ter surgido como um vigilante caótico e inútil, pensou Gwen, apesar de não responder nada. Elas então começaram a falar sobre outros assuntos, mais especificamente como Peter Parker estava com um olho roxo e quais poderiam ser os motivos para isso ter acontecido.

— Meu Deus, vocês só sabem falar dele? — reclamou Gwen — Até parece que a escola gira em torno dele.

— Deixa de ser chata, Gwen, nós só estamos curiosas. Será que foi uma briga na rua ou algo assim? — especulou Betty — Tudo bem que ele tem cara de quem não bateria em uma mosca.

— Pode ser que ele tenha brigado com algum dos meninos que faziam bullying com ele — respondeu Michelle —, apesar de que eu não vejo ninguém mexendo com ele há um bom tempo.

Era óbvio por qual razão Peter havia parado de sofrer bullying: ele havia se tornado forte e atlético, e nenhum de seus antigos bullies tinham coragem de intimidá-lo. Era triste que ele precisou mudar sua aparência para ser respeitado, mas, se isso servisse de consolo, ele estava absolutamente irresistível.

Ela olhava para o objeto da conversa, que estava em pé ao lado de uma mesa, não muito longe, junto de seus amigos, Harry e Ned, e sua namorada, MJ. Ainda era um mistério para a Stacy como aqueles dois teriam ficados juntos tão rapidamente.

— Deve ter sido isso mesmo — disse Gwen, presa em seus pensamentos — Ou ele estava defendendo alguém. Ele não é a única pessoa da escola que sofreu ou sofre bullying.

— Eu concordo. Bullying é um problema nesta escola.

Gwen ouviu a voz de Peter, e, ao se virar, viu sua imagem. Seus braços estavam cruzados sobre o corpo e ele tinha uma expressão séria no rosto, com as sobrancelhas levemente arqueada, e em seu rosto havia um hematoma e alguns curativos.

— Oooi, Peter! — disse ela, com a voz esganiçada. Será que ele sabia que era o assunto da mesa? E como ele havia chegado lá tão rápido? Parecia até que ele tinha algum superpoder.

— Oi, Gwen — ele respondeu, com um sorriso seco — Eu só quero te avisar que eu não vou poder ir à sua casa depois da aula. Talvez eu consiga ir mais tarde, mas só depois das quatro.

A loira fez que sim com a cabeça e ele foi embora, parecendo estranhamente irritado. Ok, então ele definitivamente ouviu a conversa e provavelmente não gostou de ser o assunto. Mas, qual o motivo para ele ter ficado tão irritado se elas não falaram absolutamente nada negativo?

O intervalo logo acabou e as aulas daquela sexta-feira passaram vagarosamente. Apenas depois do que pareceram oitocentas horas, as três jovens finalmente foram liberadas e decidiram sair juntas, como faziam em praticamente todo fim de semana; naquela tarde, elas foram a uma lanchonete na qual um amigo de Betty trabalhava e sempre lhes dava batata de graça.

— Por que será que o Peter não pôde ir à minha casa? — perguntou Gwen, que apoiava o queixo sobre sua mão enquanto bebia um milkshake de morango — Será que ele vai sair com a MJ?

— Por que você quer saber? Por acaso não foi você que disse que o mundo "não gira em torno dele"? — ironizou Michelle.

— A gente sabe por que ela quer saber — respondeu Betty, que segurava um hambúrguer vegetariano em uma mão e apontava o dedo na face de Michelle — Ela ficou com o Peter na minha festa e ainda é apaixonada por ele!

— Meu Deus, troca o disco, Betty — Gwen revirou os olhos — E vamos mudar de assunto.

Então, elas rapidamente esqueceram aquele nome, e começaram a falar sobre outras coisas enquanto terminavam os seus lanches. As meninas costumavam revezar para levar uma a outra aos lugares, e naquela tarde, a Brant era encarregada de dirigir; mas, como o apartamento em que morava era muito próximo da lanchonete, Gwen decidiu caminhar ao invés de aceitar a carona da amiga.

— Certeza? — perguntou Betty, já dentro do seu carro — É perigoso andar sozinha na rua.

— Uau, com certeza um maníaco vai me atacar a um quilômetro da minha casa — respondeu, ironizando — Vai ficar tudo bem, relaxa.

As meninas então se despediram, e Gwen caminhava distraída pela rua vazia, com o celular por baixo do casaco, ouvindo música. Ela estava tão absorta em seus pensamentos, que só prestou atenção no homem estranho que a seguia, quando ele colocou uma arma em sua cabeça e a mandou passar tudo o que tinha, senão morreria.

Gwen tentou alcançar seu celular e sua carteira, mas estava tão paralisada pelo medo que não parecia conseguir fazer isso. Uma das mãos do bandido estava no gatilho da arma, que ainda estava na cabeça dela, e a outra estava em sua cintura, puxando-a para perto dele. Mas, antes mesmo de ele conseguir pegar algo dela, algo veio em direção dele, algo parecido com uma... teia?

O Homem-Aranha estava lá. E ele separou a jovem daquele homem o mais rápido possível, e deu um soco na cara dele; Gwen nem viu o que aconteceu após isso, pois correu o mais rápido possível para bem longe.

SEX ED, peter and gwen.Where stories live. Discover now