VI - Você é igual droga, vicia

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São exatas nove e meia da manhã. Estou acordada desde às nove. Da noite de ontem. Não consigo mais dormir.
Não sei se é a abstinência, ou a insônia mesmo, mas eu não durmo direito há dias.

Estamos no meio da semana, quarta feira. Ainda de castigo, minha rotina agora é; Levantar da cama, pois dormindo eu não estou mais, me vestir pra escola, conversar com a toga, a mina e com os meninos, voltar pra casa, comer e ir deitar. E assim acontece tudo de novo.

Como um ciclo sem fim. As vezes me pego pensando, se sou algum tipo de robô, programado para fazer as mesmas coisas todos os dias. Porquê não tem nada de diferente acontecendo.

O dabi sumiu, o que me faz pensar que ele não quer mais me ver. Ou então, esqueceu de mim e arrumou outra mulher para satisfazer seus desejos sexuais.
Isso me incomoda de alguma maneira, só de pensar vem um gosto amargo na boca.

Não que goste dele, que tenha algum sentimento por ele, mas é o jeito que a gente trepou que é diferente.
Foi uma das melhores trepadas que já dei em toda minha vida.

Talvez seja pelo fato de estar chapada ou usando algum tipo de droga toda vez que nos vemos, que deixa tudo mais interessante.

Por falar em drogas, tem quase uma semana que não uso. Só estou fumando de vez em quando.
Até porquê, não dá pra usar com a mulher do meu pai aqui quase direto. Depois que ele apresentou a gente a ela, a mesma se viu no direito de entrar na nossa casa e simplesmente ficar.

Esse pensamento me fez perceber que preciso conversar com meu pai sobre ela. E me faz perceber também que eu estou procrastinando muito em relação a isso, se não tomar alguma atitude logo isso vai piorar.
Imagina se ela vier com a gente? Não. Não ia suportar.

Hoje não tem aula, pois é reunião de pais. Então tirei o dia para ficar na cama, assistindo minha série e comendo salgadinho e alguns doces.
Porém, como sempre, minha paz é tirada pela campainha da porta da frente.

Me levanto da cama e vou abrir a porta, e para minha surpresa, ou felicidade, vejo uns cabelos brancos e uns olhos azuis, juntamente com um sorriso de menino ao me ver.

Dabi - Hey gatinha, me esqueceu mesmo não foi?

S/n - Eu? Você que sumiu! Mas, o que faz aqui?

Dabi - Vim te vir ué - entra se aproximando de mim - Tava passando por aqui perto e como sabia que seu pai ia tá trabalhando eu resolvi passar aqui.

S/n - E como sabia que estava em casa?

Dabi - Não sabia. Mas olha só, você está em casa - sorriu - Que sorte a minha não? Tá sozinha?

S/n - Estou.

Fechei a porta e me viro pra ele, que logo foi entrando e indo em direção a cozinha.
O acompanho, ainda surpresa por sua presença.

Ele está vestido confortavelmente, uma calça moletom em cor preta, uma camisa de um tom marrom com o nome de alguma banda de rock em preto na frente, e é claro, seu cordão cravejado e um Jordan branco.

S/n - Fala a verdade, o que faz aqui?

Dabi - Vim te ver. Não posso mais?

S/n - Não é isso mas, é estranho você chegar do nada. Na minha casa.

Ele se aproximou e agarrou em minha cintura, colando nossos corpos. Nossos olhos fixos um no outro, fazem minha mente ferver com as lembranças das nossas noites. Inesquecíveis.

S/n - Não me olha assim - sussurro

Dabi - Assim como? - sorriu de lado

S/n - Assim... - balbucio perdida em seus olhos

Imagine BNHA - Euphoria Vibes Where stories live. Discover now