II - O começo de um vício

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Ao chegar na escola, o shinsou e eu nos separamos.
Cada um foi pra sua sala.

Estamos ambos no ensino médio, ele em seu primeiro ano e eu no meu último.
Não sei como cheguei até aqui, mas cheguei e estou dando graças por isso. Não vejo a hora de acabar a escola.

Me sento em minha mesa e suspiro ao ver o professor entrar e ir para frente da turma de quarenta e poucos alunos.

- Peguem o material de português, vamos começar corrigindo a atividade proposta na aula de sexta feira.

Só pelo tom de sua voz e por seu semblante, já vi que ele não está de bom humor.
Pego meus fones de ouvido sem fio e os coloco, olhando para o quadro e começando a corrigir a atividade. Mesmo sem dar a mínima para aquilo, e só prestar atenção na música que tocava em meus ouvidos.

Sua letra me faz pescar as lembranças de ontem a noite. Me fazendo se perder em meus pensamentos.
Relembrando umas mil vezes a melhor sensação que já experimentei em toda minha vida.

Minha atenção só é tomada quando uma mensagem de um número não salvo chega em celular.

Deve estar lembrada de mim né?
Sou eu: O dabi.

Ao ler essa mensagem pela barra de notificações, meus olhos se arregalaram.
Como e quando ele pegou meu número?!

Visualizo as mensagens e logo aparece a palavra digitando, abaixo do ícone com sua foto de perfil e seu número.

Você me passou seu número ontem a noite.
Disse que se tivesse mais daquela parada, ligasse pra você.

Eu - Não me lembro disso. - respondo e logo ele visualiza

Óbvio que não. Tava chapada pra porra.
Mas eai? Vai querer ou não?

Eu - Quero.

Ótimo. Eu passo na sua casa mais tarde.

Eu - Que seja antes das seis. 

E meu pagamento qual é?

Eu - Um "obrigada", serve?

Não. Prefiro um boquete. - solto uma risada nasal

Eu - Não vou fazer isso em troca de drogas.
Tá me achando com cara de que?

Não tô achando nada.
Mas que você tem cara de vadia, tem.

Eu - Vou levar isso como um elogio.

E foi um.


Deixo o celular de lado. Cerrando as sobrancelhas e suspirando.
Então quer dizer que passei meu número pra ele ontem a noite?

E ele sabe onde moro. Provavelmente depois da trepada que a gente deu, ele veio me deixar em casa.
Merda.

Drogas. É isso que ele vai vir deixar pra mim mais tarde. Embora me arrependa amargamente de ter aceito isso, quero experimentar novamente e ter mais uma vez aquela sensação inexplicável.

Imagine BNHA - Euphoria Vibes Where stories live. Discover now