vulnerable

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eu juro que tentei fazer um cap gay, mas só pensei em querer falar sobre isso, algo que eu presenciei hoje e me senti enojada, cada vez tá sendo mais difícil ser mulher, e aguentar essa merda calada, mas eu cansei de ficar só apanhando, caralho mano, eu quero ter voz e ser ouvida. Por favor, se você passa por isso, não se cale.

tw: esse capítulo contém estupro!!


Eu e a S/n estamos há 4 meses juntas, ela me faz tão feliz, me sinto completa ao seu lado, estar com ela me faz sentir viva e a nossa conexão não parece ser apenas dessa vida, parece algo muito além dela. Só uma coisa que ainda não me faz tão bem, mas eu também não faço questão alguma é o fato dos pais dela não saberem sobre a gente, já que os mesmos são homofóbicos e preconceituosos, prefiro não perder tempo sendo afetada por esse tipo de gente, já que eles fariam de tudo pra nos separar caso soubessem do nosso relacionamento, mas tudo bem, eu não me importo em poder chamar eles de "sogros" ou ter por perto, prefiro evitar contato com gente hipocrita que vive no séc 18.

Escuto meu celular vibrar, alcanço o mesmo o desbloqueio e abro a conversa que indicava uma nova mensagem:

                           my angel 🤍

> oii, amor, que saudade 😭😭

               oi meu bem, também tô com sdds         
                           que tal a gente se ver hoje? <

> vish, amor, hoje eu tenho aquela
festa de aniversário pra ir dos amigos
dos meus pais, dá pra marcar um outro
dia, que tal?

                    tudo bem, princesa 'vamo marcar
                    pra outro dia, aproveita a festa,
                    qualquer coisa dá um toque. <

> pode deixar, agora vou me
arrumar
> beijo, eu te amo 🫶🏼

                                                          vai lá <
                                      eu também te amo <



  bloqueio o celular e o deixo em cima da cama, sinto meu peito pesar e uma sensação ruim se acomodar, mas ignoro. Pego uma muda de roupa e minha toalha de banho e vou rumo ao banheiro.
    Saio do banheiro e vejo uma notificação de S/n, era uma foto, abro a foto e vejo um copo contendo um líquido esverdeado e uns pedaços de kiwi, respondo pedindo pra mesma se controlar na bebida..

  4 horas depois..

Acordo com meu celular tocando, droga, devia ter posto de volta no silencioso, logo atendo sem ver quem tava ligando.

- Oi? - falo escutando um ruído.

- A- amor - escuto a voz de S/n, parece que estava chorando e assustada.. - Eu tô com medo. - pronúncia e o meu coração começa a bater disparadamente. - tem um cara aqui.. ele tá me olhando estranho, e já passou a mão na minha bunda duas vezes, eu já falei pra minha mãe, mas ela falou que ele não faria uma coisa dessas - profere com a voz embargada. - Eu tô trancada em um quarto aqui, fica falando comigo, por favor. - súplica.

- Meu deus, sinto muito. - solto em um fio de voz. - Respira, princesa. - peço - eu fico conversando contigo sim. - Afirmo e logo em seguida escuto um barulho que não sei distinguir.

- Tem alguém batendo na porta, será que é ele? - a mesma começa a chorar.

- Ei, calma, respira, me passa tua localização, eu tô indo aí. - respondo.

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