DESPIR
BALTHAZAR

Lyris estava fora de si. Só haviam três coisas que amava no universo: Azy, Mykhal, e sua coroa, e eu tinha tirado uma delas para entregar as suas irmãs.
As demônios que nasceram em Iterse, e sempre foram unidas contra o único anjo da família que foi escolhido por Saryl para herdar a foice de prata e as terras que conquistou com Killoph.
Ela me olhava com ódio de tal forma que se pudesse choraria lágrimas de sangue. Isto de certa forma me divertia. Estava cansado de ser o único que sofria em nossa conturbada relação. Se é que era assim que poderíamos chamar o quê tínhamos.

_Não vais entregar minhas terras a aquelas três putas desnecessárias.

_Uma rainha não deveria ter um vocabulário tão esdrúxulo.

_Elas vão destruir Iterse ou o entregarão para Yarv por algumas áreas parsaxianas!

_Estou prestes a conquistar Parsax também. Logo sou o único com quem devem negociar.

_Está bem! Você venceu! Me deitarei contigo! Era isto que querias, não é?!  Só tire aquelas vespas de fogo daqui!

_Achas que é só o quê eu quero?

Sorri malevolente. Seu desespero era o suficiente para ceder a qualquer coisa que desejasse. Não importava o quê. Ela sentou-se na beira da cama. Estava com os olhos arregalados e fundos. Sexo era a sua moeda para se livrar das 3 demônios. Mas quando deixei implícito que queria mais, seu mundo pareceu desabar, e toda e qualquer estratégia se desfez como um simples nó desatado.

_Tenho inúmeras para me satisfazer querida. Como bem sabes, não és a única a seduzir anjos e demônios pelas redondezas.

_O quê queres de mim exatamente?
Não podes forçar o meu amor!

_Amor?! É piada?! Achas mesmo que anseio por tal sentimento?! Não.
 
_Esperas que seja tua escrava?
 
_Também não. Quero teu respeito Lyris. Quero que minha rainha ande ao meu lado, e não contra mim. Quero que sejas  minha foice quando se opõem. Em vez da lâmina que está preparada para cortar minha garganta.
 
_Mas meu pai...
 
_Teu pai está no poder?! É ele quem decidirá se suas irmãs são ou não dignas de reinarem também?!
Escolha. Escolha com sabedoria, pois sou o lado vencedor, e tua lealdade pode destruir tudo o quê te cedi por pura benevolência!

 
Ela respirou fundo. Desabotoando o  vestido como forma de provar o seu axioma. Esperei pacientemente, olhando cada curva que tinha seu corpo, desde os seios as pernas bem delineadas. Queria saborear aquele momento. Por isso me aproximei tocando-lhe os braços e depois percorri até a cintura, dando-lhe um beijo na clavícula que a fez se contorcer.  Ri baixinho enquanto me aproximava do seu ouvido.

_Já disse quais são os meus desejos. Guarde teu corpo para quem o queira...

Falei cruelmente a deixando despida naquele enorme colchão enquanto me dirigia até a entrada, e sem olhar em seus olhos completei.

_Tuas irmãs jamais poderiam subir ao trono. Demônios como elas não nasceram para governar.

 
 
 
 
 
 
ESTRANHO
BALTHAZAR

Depois daquela noite, não ouvi mais nenhum comentário maldoso. Na verdade o castelo de ônix nunca esteve mais tranquilo, pois os amantes da rainha nem sequer atravessaram o portão, já que a mesma não os chamara.
 Lyris fiicara quieta. Não mais me provocando sempre que podia. Aliás passou me evitar de tal maneira que nem sequer conseguia vê-la. Por isso me senti impelido a procurá-la.
Este não era o seu normal. Já que seu temperamento era tão quente quanto a cor do seu cabelo. Algo estava estranho e tinha que descobrir o quê planejava. Visto que poderia ter aprendido a realizar um complô por debaixo dos panos.

Silence Where stories live. Discover now