Alento

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Olhai os lírios do campo
Aqueles pelos quais nunca mais olharei
Sem a salvação dos santos
Em trevas morrerei.

Imerso em escuridão!
Encontrei-me com o diabo;
Com ódio e amargura, entreguei-lhe meu coração.
E, de nada melhorou meu estado.

Deixo-lhe está carta, um tanto fragmentada;
De lembranças...
Perdi tudo e ainda sim, não tive o amor de minha amada!
Morrerei sem esperanças.

Amei-te tanto que não há no universo
Amor maior que o meu, assim...
Por isso te escrevo esses versos
Para que saiba, que quando eu for levado ao inferno continuarei te amando até o fim.

Não consigo dormir
Estou debilitado, quase não como e não penso...
A noite as sombras e os demônios riem de mim;
Sei que o que fiz, já me deixava propenso.

Na encruzilhada encaminhei meu destino ao mal súbito!
Ah! Tanto lutei para conseguir teu amor...
Agora sofro como escravo, um pobre súdito.
Não me arrependo... pagarei minha dívida como um pobre pecador.

Beija! Faz amor! Passeia! Dança! Abraça-te com teu amado.
Daqui uns anos não se lembrará do que eu fiz...
Sofrerei em silêncio observando você ser feliz com ele, enquanto eu morro aos poucos apunhalado.
Não me arrependo de nada, se fiz por amor... no sofrimento eterno teu sorriso será alento a esse pobre infeliz.

CaóticoWhere stories live. Discover now