Escuto o despertador e não tenho vontade de sair da cama, mas tenho que trabalhar e com isso pulo da cama e sigo para o banheiro. Ligo o chuveiro e retiro meu pijama e o coloco no cesto, quando entro no chuveiro ergo minha cabeça e deixo a água cair no meu rosto. Pego um pouco de shampoo para lavar meus cachos e vem uma ideia para mudar um pouco. Não demorei muito, quando saio do banheiro escuto meu celular tocar e vejo que é John, faço uma careta e deixo tocar e sigo para o guarda roupa pego meu uniforme e um conjunto de lingerie rosa claro.
Meu celular não para de tocar, resolvo atender logo.
— Alô. — atendo.
— Dalila você pegou minha agenda? — já me acusa.
— Está me chamando de ladra? — pergunto.
Como não percebi esses detalhes antes? Será que sou tão burra assim?
— Não é que...
— Você esqueceu na biblioteca e deixei com a coordenadora. — corto.
— Me desculpe Dalila, só fiquei nervoso de ter perdido minha agenda, lá está minha vida inteira. — amansa sua voz.
— Entendo. — digo olhando para minha unha. — Preciso desligar.
— Tenha um bom dia e não esqueça do nosso trabalho.
Não respondo e desligo.
— Dalila como você é burra de achar que ele queria ser seu amigo. — digo alto.
Termino de me arrumar e saio de casa.
— Bom dia tia Dali. — Lucy diz ao me ver saindo do meu pequeno apartamento.
— Bom dia meu amor. — beijo suas bochechas.
— Papai trocou o leite por chá. — sussurra no meu ouvido.
— Seu pai é muito distraído, isso sim. — digo rindo.
— Lucy já falei para não sair correndo. — Wolf aparece na porta segurando uma mochila vermelha e dois capacetes.
— Papai, tenho hora e já tô atrasada. — diz colocando a mão na cintura.
— Está feito mano. — digo rindo e ele concorda.
— Sim, agora vamos mocinha atrasada. — pega na mão da pequena. — Dali tem como você cuidar dela hoje? Preciso resolver algo no Clube.
— Pode ser depois da aula? Preciso entregar um trabalho.
— Claro, perfeito pra mim.
— Então hoje é noite das meninas. — Lucy comemora.
— Tchau Dali. — os dois falam ao mesmo tempo.
Wolf veio do mesmo abrigo que eu e por ser preto não foi adotado, quando completamos 18 anos ele entrou para o Damon Moto Clube e está até hoje. Já o caso da Lucy é para outro dia.
Quando coloco o pé na rua, vejo que vai chover.
— Merda. — digo caminhando em direção ao ponto de ônibus.
Ele não demora para aparecer, me sento no fundo e coloco meu queridos fones e fico olhando pela janela, uma música me faz lembrar daquele homem da faculdade, ele tinha tantas tatuagens e o rosto sério que o deixavam com cara de mal, mas se você olhasse bem no fundo dos seus olhos via um amor, bondade.
Vejo que cheguei no meu ponto e sigo em direção ao café que vou desde que comecei a trabalhar na empresa.
— Bom dia menina. — Sanchez diz assim que me vê.
— Bom dia. — digo me sentando na banqueta.
— O que sempre?
— Sim senhor. — respondo sorrindo.
— Ok.
Não demora para eu estar comendo meu pedaço de bolo de chocolate e tomando meu café sem leite e açúcar. Meu celular começa a tocar e vejo que é meu chefe.
— Não estou atrasada. — foi a primeira coisa que disse ao atender.
— Bom dia Dalila. — diz rindo. — Preciso saber onde a senhora deixou minha pasta preta.
— Qual preta?
— Não sei. — suspira.
— Já estou chegando e já lhe ajudo a achar.
— Traz chá. — diz e desliga e faço uma careta.
— Sanchéz chá para viagem. — faço o pedido. — É bom que ele me pague depois. — resmungo tomando mais um gole do meu café.
***
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Série Damon Moto Clube - Dante - Livro 1 - DEGUSTAÇÃO
RomanceDEGUSTAÇÃO Dalila sempre sofreu racismo por ser preta,mas continuou vivendo e agora é a mais nova estudante da famosa Faculdade de Oxford e tudo que ela quer é se formar. Numa tarde ela escuta algo que ela já estava acostumada a ouvir. E com isso...