Uma Conversa e Um Pedido de Desculpas

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TW - TRANSTORNO DO PÂNICO ⚠️: O capítulo a seguir aborda cenas que podem gerar gatilho.

Hoje não vai ter “enjoy yourself” pq de diversão esse cap não tem nada 🥺 apenas degustem! ❤️

   
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São Paulo - Brasil

• Aeroporto Internacional de Congonhas •

(11:16am)
 

— Vou sentir muito sua falta, gatinho. — Disse Margareth, abraçada ao sobrinho.

— Eu também tia, não demora a ir pro Rio, por favor. — disse ele dando um pequeno sorriso.

— Não vou, se cuida pra lá, tá bom?

— Se cuida por aqui. — Ela sorriu, estava com os olhos marejados, então acentiu com um “sim”.

— Agora vai, vai com Deus, boa viagem. — disse ajeitando a roupa dele que ficou amassada.

— Valeu...

Deu um pequeno sorriso, mas logo abraçou mais uma vez, e beijou sua testa, sendo assim, Tozier ajeitou a mochila na costa e saiu andando até a sala de embarque, onde antes, ainda teria que passar pelo Raio-X. Deu uma última olhada para trás, onde ela estava, a mesma lhe acenou e ele retribui, ela já havia chorado tudo que tinha pra chorar, agora estava apenas emotiva como sempre, Richie também estava, afinal, toda despedida gera aquele ar de estranheza.

Gilberto não estava presente, ele agradeceu aos deuses por isso, desde que retornaram a São Paulo na madrugada de sábado, algo ali mudou, não apenas a forma com qual enxergava a si mesmo, como todos a sua volta, saber da história da tia, embora não tenha um final feliz, lhe motivou a ser mais forte ainda, para enfrentar o que estava por vir ainda, como premeditado, Eddie não havia entrado em contato, não estava online e nem deu sinal de vida, durante sábado e domingo até ali.

Ainda no sábado, Stanley finalmente deixou de ser orgulhoso e foi lhe visitar, junto com Beverly e Bill, embora estivesse com muita saudade de Eddie, o momento com os novos amigos foi legal, eles souberam da história toda, se chocaram bastante, zoaram, mas no fim, prometeram a Richie que vão cuidar do amigo que não estava presente, mesmo que sejasse difícil adentrar as “masmorras” do castelo dele, e no fim, Richie sabe que eles vão conseguir, sem contar que as aulas vão voltar, então vão vê-lo todos os dias, consequente lhe darem notícias também, agora que tem o número de todos salvo, finalmente podendo-se dizer que são um grupo de amigos, os melhores que Richie já fez, além de Michael e Jonathas lá no rio, e que pretende levar para o resto da vida.

Dezesseis dias... Como pôde tão pouco tempo mudar tanto uma vida? Como pôde tão pouco tempo, ser o suficiente para fazer alguém voltar a sonhar com o futuro? Voltar a acreditar em destino e passar a valorizar bem mais, os momentos bons da vida? Como pôde, em tão pouco tempo, Richie conhecer pessoas que ele já ama como irmãos? E conhecer aquele, pelo qual vai lutar bravamente contra o tempo, a distância, e a solidão — que anda de mãos dadas com a depressão — para que nunca percam contato? O tempo realmente é relativo. O eterno, como disse certa vez o chapeleiro maluco: Às vezes, dura apenas um segundo. Dezesseis dias, dezesseis noites, trezentas e oitenta e quatro horas. Esse foi o tempo em que durou o “eterno” para Richie, onde em pelo menos a maior parte dele, passou com Eddie, isso foi de fato a melhor coisa que lhe aconteceu naquele cujo mês de julho.

— Boa viagem, senhor. — Disse a segurança, ao entregar de volta seus documentos, assim que ele passou pela porta do raio-x.

— Obrigado.

HELIPAWhere stories live. Discover now