06| Garrett Ambrosini

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"Ela encontrou as cores para pinta-lo,
onde o mundo o havia deixado cinza"
Atticus

Alex Kozlov parecia mal humorado, não que ele já não parecesse mal humorado praticamente todos os dias

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Alex Kozlov parecia mal humorado, não que ele já não parecesse mal humorado praticamente todos os dias.

— Desembucha.

Murmurou, ao me ver trocar o peso da perna pela terceira vez consecutiva, com o silêncio reinando em nós dois enquanto ele mantinha um cigarro preso aos lábios.

Meu amigo é a ruína dos meus dias e o motivo da minha má fama; as pessoas na faculdade acreditam que eu sou um suposto bad boy, mas na verdade é tudo quesito de associação. Kozlov é o mal humorado, com um cigarro na boca o tempo inteiro, cheio de tatuagens escondidas por sua jaqueta de couro e calça jeans, e tem uma personalidade questionável. Tudo o que eu tenho é alguns cigarros eventuais e a jaqueta de couro, de resto não sou nada parecido com ele.

— Como vai Niamh? – perguntei e sua sobrancelha subiu.

Ele e sua irmã mais nova viajam algumas vezes por ano para o País de Gales, desde que seus pais morreram.

É a forma de ela absorver mais da cultura do país que nascera e de permanecer próxima aos remanescentes Vaughan. É uma das poucas coisas que eu sei sobre ele, só de saber isso já considero muito.

Hum.

Era sua resposta característica, um murmuro, eu sempre tenho que supor o que significa, e dessa vez eu diria que ele quis dizer: "Ela está bem, troque de assunto".

Al ofereceu o cigarro a mim, quase sempre fazíamos isso, mas eu recusei, mostrando o adesivo de nicotina que eu usava. Finalmente lembrei de colocar. Ele arqueou a sobrancelha novamente, já praticamente reivindicou esse ato como dele, já que junto do "hum" resume a maioria de suas falas.

— Quer que eu apague? – perguntou, sobre o próprio cigarro, e eu disse que não. O vento não trazia para meu lado, de todo jeito, e eu não estava prestando atenção nessas banalidades agora.

Eu agora estava empolgado para falar sobre o assunto que estava me inquietado no início, o adesivo e seu brinco haviam me dado o impulso necessário para conseguir falar o que tinha em mente, estava ansioso para ver sua reação, se sequer vá existir alguma diferente da comum indiferença.

— Conheci duas garotas – soltei, e o arquear de sobrancelha de juntou com um sorriso de canto. Idiota.
— Você não vai reagir assim ao saber quem é a segunda delas.

Eu espero que não, seria bastante interessante.

Seu sorriso morreu aos poucos e seus olhos se tornaram astutos, se o leio bem ele está desconfiado, e curioso, mas nunca se sabe quando o assunto é ele.

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