Mirror In The Eyes |•ABO - L.s•|

Cap. 4

- Por que diz isso, ômega? Você deve ser uma mãe tão boa para seu filhote. Ele seguiu aquilo que achou certo, apenas converse com ele e diga que não importa o assunto sempre pode contar com você. - Harry soltou um pouco mais de seu cheiro para deixar o ômega mais calmo e relaxado, porém não deixou de soltar um pequeno riso pelo nariz ao imaginar seu pequeno ômega quebrando o nariz do alfa. - Vou te ajudar a resolver todos os problemas da sua vida se assim você me permitir. A pergunta que não quer calar, o que te fez quebrar o nariz do senhorio? E ter que ser preciso estar em dois empregos? Esse salário é pouco para pagar suas despesas e a do filhote? Eu posso aumentar o seu salário ou vô e nem precisa mais trabalhar eu te dou total assistência.

- Eu não posso me dar ao luxo de ter apenas esse emprego mesmo pagando bem, quando eu tenho um filhote para alimentar e contas para pagar, alfa. - Louis fala inclinando um pouco mais a cabeça na palma da mão do alfa e fechando os olhos apreciando o calor em sua pele. - Ele pediu por isso quando me assediou em frente ao meu filhote, uma coisa é ele fazer isso quando estou sozinho outra é ele fazer rente o meu garotinho. E não sou um ômega interesseiro que aceita ser bancado como uma prostituta, alfa. Gosto de ter meu próprio dinheiro do meu esforço e não ser bancado.

Ele sentiu seu peito inflando vendo seu ômega tão carente e derretido em seus braços, mas uma raiva apossou de seu corpo ao ouvir o que o senhorio dele fazia com o mesmo e fez em frente ao filho. Ele ficou completamente orgulhoso do seu ômega e abriu um sorriso sincero.

- Vou cuidar disso e ele nunca mais vai fazer isso com ninguém! - Harry falou com a raiva sendo palpada em sua voz.

- Por que faria isso por um ômega que nem sequer conhece direito? - Louis pergunta com curiosidade olhando o alfa nos olhos.

Harry sentiu sua respiração travar e ele suspirou antes de começar a contar a ômega, mas ele esperava que o mesmo acreditasse em si e o aceitasse como seu alfa.

- Eu preciso que confie em mim, ok? Pode fazer isso por mim? - Harry falou sem desviar os olhos azuis.

- De uma maneira estranha eu confio em você e sei que não vai me machucar mesmo sendo quem você é perante a sociedade. - O castanho deu um pequeno sorriso.

- Preciso fazer a reunião que estão todos aguardando lá fora, mas assim que terminar a boate vai abrir e vou te levar até a minha casa para te explicar o que me perguntou e um pouco mais, sim? - O alfa esperou uma confirmação vinda do ômega que logo assentiu.

- Mas, e como fica o meu horário de trabalho? Mesmo você sendo o chefe não posso abusar da sua gentileza.

- Não se preocupe, vai receber como se tivesse trabalhado o seu turno. E encare isso como um trabalho a parte fora da boate se isso for fazer sentir-se melhor.

Os dois saíram do vestiário depois de Louis concordar com o que o alfa lhe disse e lavou seu rosto para amenizar a cara de choro, o alfa colocou a mão no final de sua coluna guiando-o até a pista da boate.

Como o esperado todos estavam esperando e assim que viram o alfa ao lado de Tomlinson ficaram com expressões chocadas e murmuravam algumas coisas entre si, mas que logo foram cessada com um coçar de garganta do de olhos verdes.

Louis tentou se afastar para ir ficar próximo aos outros, mas foi impedido pelo alfa que segurou sua cintura deixando um leve aperto na mesma e o ômega de algum jeito entendeu sem ele precisar usar palavras.

- Isso é apenas para avisar que sou o novo dono desse estabelecimento, mas caso alguns de vocês tenham receio de trabalhar para um mafioso peço que deixem a carta de demissão com Devon, Xavier ou Perrie.

A voz rouca e profunda do alfa foi ouvida atentamente para aqueles que estavam presentes. O ômega ao seu lado arrepiou-se completamente como em todas as vezes que ouvia o alfa falar.