— Não vou beber isso tudo.

— Eu tomo. Não gosto de desperdício — digo olhando pra tela enorme no painel. Mudo pro canal de filmes antigos, eu gosto sempre assisto com meus pais.

— Por que passa fome em casa? — pergunta com desdém pegando as duas xícaras. Ele olha pra elas como se fossem pular na cara dele, até que bebe um pouco do chocolate com raspas e depois de saborear da sem.

— Uma vez a fazenda não tava rendendo e nos apertamos, tivemos que economizar tudo. Eu mentia dizendo que tava satisfeita, mas não tava porque sabia que meus pais e meus irmãos iriam querer dar a parte deles pra mim. Foi muito doloroso, Lucas, você não devia zombar disso. Não disso. Você não faz ideia de quantas pessoas passam por isso — conto com raiva.

Como ele pode ser assim?

Mesmo na merda ainda quer ser superior.

— Quem disse que eu não sei? — pergunta parecendo ofendido.

O encaro.

— Sabe? — ele me encara de volta, mas não responde — Não parece. Você não passa de um birrento mimado e arrogante.

— Há quanto tempo quer me dizer isso? — pergunta com deboche.

— Desde que puxou meu cabelo pela primeira vez.

Nossos olhos continuam um no outro até quando bebemos nossas bebidas. Ele vai de uma pra outra.

Depois disso viramos pra televisão e igual a ele, não consigo ver nada. Só penso na sua maldade.

— Sem raspas é melhor — diz depois de um longo silêncio de nossas vozes.

A xícara sem raspas vazia.

Nego com a cabeça.

— Só porquê é o meu preferido — aceito a xícara que me passa. Eu já tinha terminado o meu chocolate.

— Se diz.

— Eu sei. Vi como sua cara ficou quando experimentou. Você foi no céu e voltou — termino o dele em um único gole, ele não deixou muito.

— Seu namorado também te leva ao céu como chocolate quente com marshmallow e raspas de chocolate fazem? Pelo o que vi dele tenho minhas dúvidas.

De novo minhas bochechas ficam vermelhas.

Eu não entendo.

Eu não sou uma virgem que não sabe das coisas e meus pais sempre falaram abertamente sobre sexo comigo, mas o jeito que ele diz mesmo que não claramente faz parecer algo sujo, ainda que não seja um sujo ruim, mas vindo dele é claro que é e não algo natural.

Lembro das meninas naquela tarde.

Ele é grande e fode com força. Parece um animal.

Foi isso ou quase isso que ela disse pra amiga.

— Tim não é meu namorado — presto atenção no filme ou tento.

— Segurou a mão dele.

Volto a olhar pra ele que tá sério.

— Ele queria ir até você.

— Por que defender quem ele não tá comendo?

Reviro os olhos.

— Isso não significa nada porque você come quase todas e nem sequer liga. no outro dia.

— Então ele tá te comendo?

Isso me irrita.

Não é da conta dele.

— E se tiver? Anh?

Ele aperta os olhos e me puxa pelo braço. Forte e rápido que vou parar no colo dele.

A cara malvada fica ainda mais.



Lucas

Ela vai pra sair, mas seguro firme e mantenho ela no meu colo, minha mão vai pro coque e desfaço segurando forte os fios chocolate.

— Quantas vezes ele te fez revirar os olhos? — pergunto com urgência — Quantas vezes ele te levou ao céu?

Ela luta mais pra sair e quando percebe que não vai pra lugar nenhum, desiste e me olha com muita raiva.

— Pra quê quer saber? Você nunca vai conseguir alcançar ele e monstros como você não vão ao céu.

— Eu nunca pensei em te levar ao céu,  Emma — o suspiro que ela solta é diferente dos outros e isso vai lá pro meu pau — Quer que eu te leve ao inferno? — sussurro em sua boca quase tocando em seus lábios — Hein, Emma? — raspo a ponta da minha língua em seu lábio inferior, o mais cheio de todos ela treme em meus braços.

Quando puxo minha língua de volta ela lambe o lábio e morde ele em seguida. Dessa vez Emma tá com raiva e no lugar ou junto do medo excitação.

— M-me solta — gagueja, mas sem voltar a tentar se soltar.

— Eu vou te beijar e esse vai ser o primeiro degrau pra afundar até o inferno que vamos descer juntos.

Ela não diz nem que sim nem que não.

E eu a beijo.

Começando por aquela parte rosada cheia e macia, chupando e mordendo. Quando ela geme ainda na mistura de raiva, medo e excitação que beijo os dois, enfiando minha língua em sua boca e mal entro a língua dela me encontra e se enrolam feito duas cobras esmagando a caça. Sua mão puxa meu cabelo como puxo o seu, a outra aperta minha nuca como agora aperto sua cintura. E ao invés de aproveitar pra correr, se gruda mais em mim.

Eu disse que Emma Parker seria minha cadelinha.

Mas não é isso que me dá um prazer maior e eu não gosto ainda que não consiga parar.



Acendam a estrelinha, por favor 💜

Nas Mãos Do Badboy - 1º da série Nas Mãos Do Amor {COMPLETA 🔞 - BULLY ROMANCE}Onde histórias criam vida. Descubra agora