Capítulo 11

1.7K 180 12
                                    

SELIN

Abro os olhos lentamente sentindo a minha cabeça latejar, acabo soltando um gemido de dor.

Mas ignoro totalmente a minha dor de cabeça assim que percebo um braço jogado por cima da minha cintura, arregalo os meus olhos e totalmente hesitante viro o meu rosto para trás me deparando com Théo LeBlanc dormindo tranquilamente.

Faço uma careta de desespero quando cenas da noite passada surgem na minha cabeça.

Meu Deus, onde eu estava com a cabeça?

Com cuidado retiro o braço dele da minha cintura, por sorte ele não acorda me levanto da cama e junto as minhas roupas jogadas no chão e as visto rapidamente.

Eu preciso ir embora daqui.

Embora para onde se a casa é minha? Bato a mão na minha testa, e saio de fininho do meu quarto.

Talvez seja melhor eu dar uma volta, e quando eu voltar ele já terá ido embora e nunca mais nos veremos novamente.

E é exatamente o que eu faço, saio de casa e fico andando um pouco pela rua me sentindo uma estupida por só fazer escolhas erradas.

Depois de quase meia hora circulando sem destino retorno ao meu apartamento, suspiro aliviada ao notar que Théo já havia ido embora.

Me sento no sofá e cubro o meu rosto com as mãos.

Só agora percebo o quanto eu fui irresponsável, tenho quase certeza de que não nos protegemos ontem.

E se... Não claro claro que não, isso é impossível.

Faço uma careta de choro.

— O quê estou pensando? É claro que não é impossível. —choramingo soltando um gritinho de frustração.

Mas acho que não tem como eu ser tão azarada, tenho certeza que não vai acontecer nada.

O melhor que eu tenho a fazer é esquecer esse ocorrido, de qualquer maneira nós nunca mais nos veremos novamente então devo seguir com a minha vida como se nada tivesse acontecido.

E é isso mesmo que eu faço, duas semanas depois eu retorno as minhas aulas na faculdade.

Infelizmente não consegui outro emprego, fiquei sem dinheiro para pagar o aluguel do meu apartamento e tive que voltar a morar com os meus pais.

Dois meses se passaram desde daquele ocorrido e cada vez mais eu me preocupo, já que a minha menstruação está atrasada.

Mas dia após dia eu tento me convencer que é algo normal, acho que negar é a única maneira que eu encontrei para fugir da possível realidade que me aguarda.

— Selin! —ouço a voz exaltada da minha mãe, saio dos meus devaneio e a encaro. — Menina, faz meia hora que estou te pedindo para me passar a salada.

Pego a tigela de salada e empurro em sua direção.

— Selin, você está bem? —Lucas pergunta parecendo preocupado.

Fazia uma semana que Lucas e a minha irmã assumiram o namoro, então os meus pais o convidaram para vir almoçar conosco hoje.

Por sorte os nossos pais gostaram do namorado dela, espero que agora finalmente a minha irmã seja feliz.

Encaro todos os rostos presentes ao redor da mesa.

Meus pais, minha irmã e o meu cunhado. Encaro um por um e solto um suspiro alto ao mesmo tempo que sinto as lágrimas descerem sobre o meu rosto.

— Eu acho que estou grávida.

Dizer aquilo em voz alta parecia ainda mais assustador. Todos imediatamente arregalaram os olhos.

— G-gravida? —meu pai repetiu incrédulo.

Assenti enxugando as minhas lágrimas.

— Não acredito que o sem vergonha do Jhon te engravidou! —mamãe irritou-se levantando-se brutalmente da cadeira.

Jhon até tentou ligar para mim nos últimos meses, mas bloqueei o seu número e perdemos totalmente o contato.

— Não foi do Jhon que eu engravidei. —confessei a vendo cair sentada sobre a cadeira.

— Não diga uma coisa dessas menina. —papai empalideceu levando a mão ao peito.

— Quem é o pai? —Norah pergunta com curiosidade.

Limpo a garganta e deslizo o meu corpo sobre a cadeira.

— E isso lá importa? —questiono sem jeito.

— Claro que importa! —retrucou papai se irritando. — Quem foi o sem vergonha?

— Ele não é nenhum sem vergonha. —respiro fundo. — Até porque a culpa não foi só dele, eu também fui irresponsável.

— Diga de uma vez menina! —exclama mamãe impaciente.

Hesitante aponto para o Lucas, todos gritam surpresos.

— Do Lucas? —Norah gritou encarando incrédula o namorado.

— Meu não! —respondeu Lucas me encarando confuso, apenas reviro os olhos.

— Claro que não é dele. —afirmo, todos suspiram aliviados.

— De quem é então? —Lucas pergunta com a testa franzida.

— Do seu amigo. —murmuro baixinho.

— De quem menina? —pergunta a minha mãe sem entender.

— Do amigo dele. —falo mais alto dessa vez.

— DO THÉO LEBLANC? —Lucas e Norah gritam ao mesmo tempo.

Apenas assinto.

— Quem é esse? —questiona o meu pai.

— Vocês querem parar de me fazer tanta pergunta? Vocês não estão entendendo a gravidade da situação? Eu acho que estou grávida.

— Vou na farmácia comprar um teste. —Norah se oferece.

Todos saímos da mesa e ficamos sentados no sofá na sala, todos estavam olhando para a minha cara mas ninguém dizia nada.

Até que finalmente Norah retorna, pego o teste de farmácia da sua mão e vou até o banheiro.

Faço tudo o que está explicando na caixinha da embalagem, espero alguns minutos e quase choro ao ver o resultado.

Estou ferrada.

Saio do banheiro segurando o teste na minha mão todos me olham curiosos.

— E então minha filha? —mamãe me olha anciosa.

Encaro cada um, e me jogo no sofá, sem dizer nenhuma palavra levanto o teste de farmácia em uma altura que todos possam ver.

— Estou grávida.

Desespero é a palavra certa para descrever como estou me sentindo nesse momento. Um ato de imprudência meu, rendeu nisso.

Não sei o que era de fato pior descobrir que engravidei sem intenção ou ter que contar a um certo alguém que ele será pai.

— Não se preocupe meu bem, nós estamos com você. —declarou a minha mãe se sentando ao meu lado.

Me jogo em seus braços à abraçando fortemente. O meu pai e a minha irmã também se juntam ao abraço.

— Meu Deus eu estou grávida, e agora?

Um Pouquinho De Felicidade [COMPLETO]Место, где живут истории. Откройте их для себя