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QUANDO FINALMENTE CHEGAMOS NOS TRAILERS eu senti que havia uma esperança pra mim, mesmo que se eu prestasse atenção, o barulho do relógio ainda estivesse lá

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QUANDO FINALMENTE CHEGAMOS NOS TRAILERS eu senti que havia uma esperança pra mim, mesmo que se eu prestasse atenção, o barulho do relógio ainda estivesse lá.

—— Ela morreu aqui... —— Eddie disse se referindo ao Chrissy, logo que vimos o enorme buraco vermelho no teto da sala.

Eu olhei para o garoto que observou o teto com um olhar triste, como se as lembranças daquela noite voltassem.

Quando chegamos mais perto, vimos algo abrir o buraco, e então a voz de Dustin sair de lá. Eu e Steve nós aproximamos do buraco no teto para ver.

—— Dustin! —— Eu disse.

—— Sentiram saudades? —— Dustin perguntou e então observou eu e Steve abraçados de lado. —— Só em outro mundo mesmo, para vocês se resolverem né.

Eu apenas concordei dando um sorriso sincero, era isso, tinha finalmente acabado. Estávamos salvos de alguma forma.

E depois de algum tempo, um colchão no chão e um lençol amarrado em outros, acho que finalmente estávamos prontos.

—— Eu sou a cobaia? Então tá —— Robin deu de ombros subindo pelo teto, e logo então, caindo no outro lado. E então Nancy seguiu a garota.

—— Te vejo daqui a pouco, loirinha —— Eddie disse me dando um beijo no topo da cabeça. E eu apenas concordei esperando o garoto subir.

E então quando só restou eu e Steve, eu dei um rápido selinho no garoto que sorriu pra mim me esperando subir o lençol.

—— Te vejo do outro lado —— Steve disse.

—— Samantha Winter...

Eu ouvi de novo, o relógio, mas dessa vez, era pior. O som era pior e mais alto ao ponto de machucar meus ouvidos.

E quando olhei para trás, eu vi Vecna. Sua fase assustadora e aterrorizante que me olhava, como se soubesse tudo de mim.

—— Vamos dar uma volta no passado? —— Ele perguntou. E quando olhei para frente de novo, Steve já não estava mais lá, eu estava no Texas, em 1983.

A minha vida era perfeita. Pelo menos, era o quê cada morador do meu bairro achava. Eu tinha uma casa de dois andares, com um jardim florido, em um bairro nobre e de pessoas ricas.

Meu pai morreu depois que meu irmão nasceu, morreu em um acidente na fábrica que trabalhava, e aquilo, fazia de nós uma família com superações e uma história triste.

A sala estava vazia, em um tom laranja graças a lareira da sala imensa que eu estava, a sala da minha casa.

—— Diga-me, eu devo chamar você de Sam... Ou Catharine? —— Vecna perguntou.

E logo que olhou para trás, ele já não estava mais lá.

—— Catharine! —— A voz fina e animada dele foi ouvida no cômodo, e eu engoli seco.

—— Charlie? —— Perguntei me virando e observando o garoto na minha frente com um pequeno coelhinho de pelúcia em mãos.

—— Eu e a Sam queremos que você brinque com a gente —— Charlie disse mostrando seu coelhinho branco para mim.

—— Claro... Do que vocês querem brincar? —— Perguntei observando as lágrimas descerem.

—— Esconde-esconde, você começa! —— Charlie disse pra saltitando. —— Começa a contar!

E então observei Charlie correr para fora da sala, e minhas lágrimas continuarem descendo.

—— Por quê tá fazendo isso!? —— Eu gritei pela sala. —— Me tira daqui!

—— Eu acho que você precisa procurar ele, Catharine...

Andei pela casa, correndo e procurando por Charlie, eu podia ouvir sua risada por todos os lugares da casa, e eu entrava em desespero a cada cômodo que eu passava.

—— Charlie! Charlie! —— Eu gritei ouvindo sua risada ficar mais alta. E então eu sentei no chão tampando meus ouvidos observando tudo girar.

Minha mãe sentia falta do meu pai, e quando ele morreu... Ela enlouqueceu totalmente, ao ponto que ficar sozinha não era uma opção, e naquela noite, ela ficou sozinha por 20 minutos enquanto eu brincava com Charlie.

E quando abri os olhos, eu observei tudo pegando fogo, a casa tava pegando fogo de novo, e mamãe que tinha colocado fogo na casa, com todos nós dentro.

—— Catharine! —— O grito de Charlie foi ouvido, ele estava assustado.

—— Charlie! —— Gritei tentando abrir a porta da casa, ela estava trancada, e eu tentei... Mesmo sabendo que não era por lá que sairíamos.

Eu observei Charlie no primeiro andar da escada, corri até o garoto e puxei ele para o corredor da casa. Abrindo a janela que dava para uma árvore grande.

Saí primeiro tento certeza que a árvore iria aguentar, e quando estendi minha mão para Charlie, o garoto estava ali parado.

—— Vem Charlie, por favor... —— Eu disse chorando.

Charlie segurava no coelhinho que havia nomeado de Samantha logo que recebeu, e deixando as lágrimas caírem.

E quando Charlie estendeu a mão para mim, para que eu pudesse ajudar ele, o teto havia caído sobre Charlie e eu apenas observei o garoto sumir sobre a poeira e o fogo.

—— Sabe uma curiosidade Sam? O Charlie não morreu na queda... O máximo que toda aquela madeira fez nele, foi prender ele no chão —— Vecna disse. —— Ele morreu queimado.

E naquele momento, eu corri, eu apenas fuji de lá indo em direção a floresta. Por que eu fui embora? Por que eu deixei ele lá? Por que eu simplesmente não tentei salvar ele.

—— Por quê você não salvou ele, Sam?...

—— Por quê você fugiu?...

—— Por quê você me deixou morrer Sam! —— Charlie gritou aparecendo na minha frente na floresta.

Com seu rosto todo queimado e desconfigurado, junto do seu coelhinho queimado.

—— Desculpa! Eu... Eu não sei! Me desculpa! —— Gritei.

—— Você me matou, Sam... —— Charlie disse dando passos até a minha direção.

—— Eu não matei você —— Eu disse chorando.

—— Mas é isso que todo mundo acha, até porquê, você fugiu... Trocou de nome e simplesmente desapareceu —— Charlie disse chegando mais perto, e então me empurrou pro chão.

E naquele segundos, eu não parei no chão, eu voltei para o ar, na escuridão, até sentir meu corpo cair no chão novamente.

Eu estava na mente do Vecna, entre o sangue e os restos do que em algum momento foi sua casa, se o inferno existisse, aquele claramente era o lugar.

—— Sabe Sam, depois de me mostrar seu segredo mais sombrio... Está na hora de compartilhar o meu com você —— Vecna completou.

E então, a porta da sua casa se abriu para mim.

﹙✓﹚ 𝗮𝗻𝗼𝘁𝗵𝗲𝗿 𝗼𝗽𝗲𝗻 𝗱𝗼𝗼𝗿.            𝘀𝘁𝗲𝘃𝗲 𝗵𝗮𝗿𝗿𝗶𝗻𝗴𝘁𝗼𝗻Where stories live. Discover now