Ele abriu seus olhos com o susto e começou a gargalhar.

- Você estava acordado? - Disse indignada. - Quase me matou de susto! - Bati nele mais uma vez.

- Calma, sua maluca agressiva! - Levantou os braços em rendição. - Foi só uma brincadeira.

- De mal gosto. - Bati novamente e ele deu outra gargalhada.

A essa altura, o gato também se irritou e saiu da cama do Daniel para ir para a sua. Lá, ao menos, poderia dormir sossegado.

- Ei, para de me bater! - Bateu em minha testa de leve.

- Nunca mais faça isso. - Apontei para ele, séria e ele tentou esprimir uma risada.

- Ou o quê? - Arqueou as sobrancelhas. - Você vai falar que sou bonito dormindo outra vez? - Zombou e todo meu rosto esquentou.

Com certeza, eu estava que nem um camarão agora. De raiva e de vergonha.

- Você é insuportável. - Esbravejei e ameacei me levantar.

Então, ele agarrou meu pulso e puxou-me para cama novamente. As meias no piso deslizaram e eu caí, com os cotovelos na cama para apoiar meu corpo. Nossos olhares se encontraram e um silêncio tomou conta do quarto. Senti meu coração bater tão forte que temi que ele conseguisse ouvir, minha barriga revirou como se todos os órgãos tivessem trocado de lugar na hora da queda e de repente, o ar daquele cômodo já não era suficiente para nós dois.

Levei tempo para recobrar a consciência e limpei a garganta.

- E-eu tenho que ir para casa, já está de noite e eu nem vi. - Desviei meu olhar do seu e me levantei rapidamente.

- Verdade...não tinha reparado. - Ele sentou-se na cama e passou a mão no cabelo.

Calcei meus tênis e peguei minha mochila que estava no pé da sua cama.

Olhei para ele e ainda estava na mesma posição enquanto olhava para o nada, como um zumbi.

- Daniel? - Aproximei-me dele confusa.

Agitei minhas mãos perto de seu rosto e ele piscou umas três vezes, saindo de uma espécie de transe.

- 'Tá...tudo bem? - Franzi a testa.

- S-sim, só viajei mesmo. - Passou a mão no cabelo novamente como se estivesse nervoso e levantou-se rapidamente. - Eu vou te acompanhar até lá. - Disse calçando seus tênis.

- Ah, não precisa. É aqui perto. - Neguei, constrangida.

A verdade é que depois daquele momento estranho eu estava um pouco envergonhada.

- Mas já são oito da noite. - Olhou a hora no visor do celular. - É melhor você não ir sozinha. - Insistiu abrindo a porta para mim e eu não pude fazer nada a não ser concordar.

Saímos de sua casa e começamos a caminhar em silêncio, até que ele resolveu quebra-lo.

- Temos que ver um dia para irmos ao jardim dos bordos filmar a última parte. - Colocou as mãos dentro do bolso da frente da calça.

- Acho melhor irmos em um domingo, assim você não precisa faltar o estágio.

Ele assentiu olhando para os próprios pés.

- Estava pensando em fazer algo para comer e levar, tipo um piquenique. - Sorri. - Assim não morreremos de fome no meio do mato. - Ri e ele me acompanhou.

- Gostei. Podemos levar uma torta do Duck's e refrigerante. - Ele sorriu.

- Vou levar alguns salgadinhos também. - Acrescentei.

Paramos em frente a minha casa e me despedi com um aceno.

- Ah, não esquece de entregar o exame de fezes do Batman ao Dr. Berkley amanhã. - Lembrei-o.

- Sim, senhora. - Sorriu enquanto me via entrar.

Quando estava quase fechando a porta ele me chamou novamente em um impulso. Abri a porta novamente e vi ele aproximar-se.

- Antes de ir, podíamos tomar um sorvete. Que tal? - Ele perguntou balançando para frente e para trás na ponta dos pés.

Franzi a testa e dei de ombros.

- Por mim pode ser. - Sorri. - Mas tem que ser no lugar de sempre. - Avisei e ele assentiu rindo.

Olá, olá, olá!Venho por meio deste texto dizer para vocês que: preparem-se! O próximo capítulo PROMETE!

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Olá, olá, olá!
Venho por meio deste texto dizer para vocês que: preparem-se! O próximo capítulo PROMETE!

Vejo vocês lá!

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Um Retorno Inesperado | ✓Where stories live. Discover now