Prólogo

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Folheio a página e começo a ler próxima, inspiro profundamente, como adoro o cheiro a livros novos... Passo o dedo pela folha para seguir com a minha leitura, tenho as pontas dos dedos ásperas de tantas horas a raspar com eles nas folhas, a minha mãe já me disse para parar de o fazer, mas é impossível evitar, é tão viciante!

-Malia! Levanta esse cu preguiçoso dessa cama!

Resmungo e marco o meu livro com um pedaço de guardanapo que estava por acaso preso à minha almofada. Saio da cama e visto o meu roupão, abro a porta do meu quarto e dou um passo, em seguida sinto a minha meia encharcada de xixi.

-Que nojo! - grito com a intenção da minha mãe ouvir.

-Só pode ter sido o... Anónimo. Sussurro para mim.

-Anónimoo... - grito até ele aparecer, e em seguida a minha mãe.

-Que foi, Malia? - pergunta a minha mãe.

-O Anónimo fez xixi à frente da minha porta! - respondo-lhe.

-Acalma-te é só xixi! -diz-me a minha mãe.

-Só xixi, eu calquei-o, tenho a meia encharcada de xixi não sabes de onde o xixi vem? - pergunto-lhe com a intenção de se rir.

-Ah, ah que piada, vai mas é tomar um banho, cheiras a xixi! - faz um riso sarcástico torcendo o nariz.

-Tá... - Vou em direção à casa de banho quando o meu irmão mais velho sai do seu quarto, apercebo-me que vai em direção à casa de banho, vira o pescoço para o estalar, vê-me a ir na direção da casa de banho começamos a correr feitos loucos batendo no chão com toda a força fazendo um enorme barulho para quem estava no rés-do-chão.

Alcanço a porta da casa de banho e dou um avanço para dentro empurrando o meu irmão para trás fazendo-o cair e resmungar.

- AH! - digo com um modo vitorioso.

O meu irmão coça a nuca e olha para mim amuado:

- Boa! Agora doí-me o rabo!- diz ironicamente.

Solto uma gargalhada maléfica e fecho-lhe a porta na cara. Ligo o chuveiro e dispo-me, entro no cubículo e sinto a água quente espalhar-se pelo meu cabelo, o vapor da água embacia o espelho, passo as mãos pelo couro cabeludo. Fico quase meia hora no duche acabo por desligar a torneira, ouço o meu irmão arranhar a porta como um gato, ele sabe como me irrita.

Envolvo o meu corpo com uma toalha e depois o cabelo, abro a porta e saio da casa de banho, vejo o meu irmão sentado a beira da porta com ar de desespero.

-Parecia que tinhas caído da sanita a baixo.

Resmungo baixo e dirijo-me para o meu quarto e salto a pequena parte onde tinha estado o xixi.

Anónimo, o meu lavrador, entra a correr pelo meu quarto a dentro, a toalha escorrega pelo meu corpo a baixo deixando-me completamente despida.

Antes que pude-se voltar agarrar a toalha Anónimo coloca-a no focinho e sai a correr para fora do quarto.

- Anónimo, seu tarado!

Tapo-me com os lençóis e pego na roupa que tinha na cadeira.

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A Rapariga que roubava marcadores de livrosWhere stories live. Discover now