𝐓𝐖𝐄𝐋𝐕𝐄

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─── Bom dia, flor do dia! ─── Acordo atordoada com o bater das panelas. O som estridente, junto da cantoria de Keisuke, me faz revirar os olhos e apertar o travesseiro contra os ouvidos. 

─── Porra, Baji! ─── Exclamo irritada enquanto jogo um travesseiro nele, fazendo ele largar a panela no chão, causando um barulho ainda mais estridente. Escuto um resmungo de irritação, vindo de ninguém mais que a mãe de Keisuke. 

Ao escutar passos pesados vindo até o quarto, olho para o moreno e vejo sua expressão de preocupação. ─── Posso o porquê de você estar quebrando minhas panelas as 07:00 da manhã Keisuke Baji? ─── A mais velha perguntou com um semblante visivelmente irritado.

─── Só estava tentando acordar a Mayumi, mãe. ─── Ele engoliu em seco enquanto se aproximava da cama.

─── E de quebra acordou o prédio inteiro! Se eu tiver que aturar vizinho me irritando, eu juro, eu juro mesmo Keisuke, que você vai se arrepender. ─── Ela sai do quarto, deixando um Keisuke assustado, enquanto eu me seguro para não rir dele.

─── O capitão da primeira divisão da Tokyo Manji Gangue, tem medo da mamãe? ─── Ele murmura um "cala a boca" e se senta na cama. A expressão amedrontada some de seu rosto, tomada por um sorriso divertido.

─── Vamos, levante e tome um banho, nós vamos tomar café fora! ───Olho para ele com uma expressão confusa, já que a mãe dele sempre faz o café e fica minimamente magoada toda vez que preferimos comer fora. ─── Minha mãe vai trabalhar, eu disse a ela que não precisava se preocupar com a gente, nós sabemos nos virar.

[...]

Após tomar café numa lanchonete um pouco famosa na cidade, Baji me levou até um parque e ficamos conversando a manhã toda, fazia bastante tempo que não fazíamos isso; conversar sobre tudo, até sobre coisas triviais. Ele me trouxe em casa, despediu-se com um sorriso amarelo, dizendo que tinha "coisas de gangue para resolver".

Ao entrar, me jogo no sofá, sem me preocupar se havia alguém em casa, já que meu pai está no trabalho e Mitsuo na escola. 

─── Lembrou que tem casa? ─── Pulo do sofá ao escutar a voz do loiro. A ironia presente em seu tom de voz me faz revirar os olhos.

─── Você é tão dramático. ─── Faço menção de voltar a me deitar, mas paro e olho para o garoto. ─── Você não deveria estar na escola?

─── Deveria, e você também. 

─── É semana de recuperação, como não foquei em nenhuma, não preciso ir. ─── Ele se senta na ponta do sofá e eu coloco meus pés em seu colo, mas logo ele empurra meus pés e eu resmungo. ─── Você deveria sair mais. Sua rotina se resume a escola casa. Como não se cansa?

─── Ora, quem é você para falar algo? Até una meses atrás você era igual! 

─── Pessoas evoluem, maninho. E eu evolui.  

[...]

Em plenas nove da noite, eu e Mitsuo decidimos fazer panquecas. O pai havia ligado, dizendo que iria chegar atrasado, então decidimos fazer panquecas, já que, na teoria, é uma receita fácil, que não daria errado. O que foi um grande erro. Trinta minutos depois, a massa já havia acabado e as panquecas estavam queimadas, uma estava grudada no fundo da panela e a cozinha estava imunda.

Mitsuo resmungou frustrado, enquanto segurava o riso. ─── Vou pedir uma pizza, começa a limpar aí, daqui a pouco eu vou e te ajudo. ─── Concordo com a cabeça e começo a limpar toda a bagunça.

Após limpar tudo e tomar um banho, estava no sofá, esperando a pizza e Mitsuo tomar banho. Escuto o barulho agudo da campainha e levanto animada, pegando o cartão e indo até a porta e me deparando com um Chifuyu completamente abalado.

─── Chifuyu, o que diabos aconteceu?

Ele olhou para baixo, visivelmente constrangido. ───Desculpe aparecer a essa hora, mas eu precisava falar com você. O Baji saiu da Toman. Ele disse que iria se juntar a Valhalla e se autodeclarou inimigo da Toman.

─── O que - Esse moleque enlouqueceu de vez?! ─── Acabo aumentando o tom de voz e vejo o loiro com as mãos nos bolsos enquanto desviava o olhar.

─── Não sei, May. Eu realmente não sei. Bom, eu já vou, só vim aqui para te manter informada, sei que você odeia ser a última a saber das coisas.

─── Obrigada por isso, Chif, obrigada de verdade! ─── Passo os braços pelo pescoço do moreno, trazendo ele para perto e aprofundando o abraço. Capturei os lábios do garoto, deixando um leve selar e sorrindo em seguida. ─── Até mais!

─── Até! 

 Vejo o garoto sorrir minimamente e ir até sua moto, dando partida e sumindo da minha visão. Suspiro de forma irritada, um misto e emoções estavam se formando dentro de mim. Por que Keisuke havia feito isso? Ele sempre disse que a Toman era a segunda coisa mais importante da sua vida - a primeira sendo seus gatos. Penso que poderia ser uma brincadeira de mal gosto dele, mas ele nunca faria uma brincadeira assim, não com a gangue. Então decido fazer o óbvio: ligar para ele.

O telefone chama por algum tempo, estava prestes a desligar quando escuto uma voz baixa. ─── Mayumi, alô? 

─── É verdade, é verdade o que o Chifuyu disse? Você saiu da Toman? ─── Ele hesita por alguns instantes, consigo escutar uma risada baixa do outro lado, que não vinha de Keisuke.

─── Baji, por que está demorando tanto para responder? Diga a ela, diga que você trocou de lado. ─── Escuto a voz rouca de Kazutora e travo por alguns instantes, Baji continuava calado e Kazutora continuava rindo, como se essa situação fosse hilária.

─── Trocou de lado? Baji, você sabe que essa gangue é escrota, por que está fazendo isso

─── O Baji finalmente percebeu que a Toman não é a melhor alternativa para quem quer subir na vida. Vocês podem até ter um ou dois caras fortes, mas contra a Valhalla não tem a menor chance. Ele é esperto, Mayumi, eu até te chamaria, mas a Valhalla não precisa de menininhas.

─── Não é como se eu fosse aceitar. Vocês podem até ser muitos, mas não é isso que importa. Você sabe muito bem que a Toman é bem mais forte que essa sua ganguezinha, mas não admite porque é um idiota de mente fechada. Sinceramente, eu já esperava isso de você Kazutora, mas não do Keisuke. ─── Não espero resposta, apenas desligo o telefone e o jogo na cama.

 ─── Não espero resposta, apenas desligo o telefone e o jogo na cama

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1060 palavras.
espero que gostem! ♡
capítulo revisado.

𝐓𝐖𝐄𝐋𝐕𝐄 𝐘𝐄𝐀𝐑𝐒, Chifuyu MatsunoOù les histoires vivent. Découvrez maintenant