Sem Compaixão - Falcão/Eli

006 - Nazistas

- Que foi? - Pergunta Demitri. - Esse cara sabe que os nazistas perderam a guerra não é? - Fala. - Por que eu devia ter medo dele?Só por que ele tem uma cobra na parede? - Fica falando. - Ele não é um professor que pode nos punir com uma nota baixa,estamos pagando para ele.Ele trabalha para nós. - Eu daria um soco nele agora.

- Na boa Demitri,cala a boca. - Falo.Sensei me olha e depois vai na direção de Demitri,os alunos abrem espaço para ele.

- Aí merda! - Miguel fala baixinho.

- Acabou? - Pergunta o Sensei. - Bate em mim.Vamos. - Manda. - Vamos.Bate,me acerta bem aqui. - Manda novamente.

Demitri tenta mas é bloqueado.

- De novo,mais forte.

Demitri tenta novamente,porém é bloqueado outra vez.

- Esse é seu melhor princesa? - O Sensei pergunta irônico.

Demitri tenta mais uma vez,mas desta vez o Sensei contra ataca e o joga no chão.

- Acho que aprenderam a lição. - Aponta o dedo para todos.

(...)

Acordo não querendo me levantar mas infelizmente tenho que ir.Quando acabo de me arrumar desco para tomar café e tenho uma surpresa.Vejo meus pais sentados na mesa tomando café da manhã.

- Oi querida! - Minha mãe fala assim que me vê. - Venha dar um abraço na mamãe Ully. - Ela me chama com a mão.

- Não sabia que iam voltar hoje. - Falo enquanto vou até ela.

- Voltamos ontem Ully,você já estava dormindo.Não queríamos te acordar. - Eu a abraço. - Estava morrendo de saudades docinho. - Fala.

Nos separamos do abraço.

- Oi pai. - Chamo sua atenção e ele abaixa o jornal olhando para mim pela primeira vez desde que entrei no cômodo.

- Bom dia Ullyana. - Responde. - Para onde está indo? - Pergunta e aponta para minha mochila.

- Para a escola!? - Respondo óbvia.

Ele mormura algo mas volta a ler o jornal sem se importar.Me sento na mesa e me sirvo.

- O que acha de ir ao shopping comigo depois da aula? - Minha mãe pergunta.

- Não posso,tenho compromisso. - Respondo simples.

- Compromisso? - Pergunta sorridente e assinto. - Tem algum namoradinho novo? - Pergunta.

- Não mãe. - Repondo e ela para de sorrir.

- Já fez amigos Ully? - Pergunta. - Espero que não fique só com a sua prima,sei que gosta dela mas tem que se desapegar. - Fala.

- Sim,fiz amigos. - Respondo,não quero conversar com ela,ela só está fazendo isto porque está com a consciência pesada por ter passado este tempo viajando e me deixado aqui.Daqui alguns dias ela volta a não olhar para mim.

- Que tal chamar eles para vir aqui em casa então? - Pergunta. - Pode ser essa semana,que tal? - Sugere.

- Pode ser. - Repondo e me levanto. - Tenho que ir,depois olho com eles e te falo. - Pego minha mochila e coloco nas costas.

(...)

- Ully,acorda. - Escuto alguém me chamando e abro os olhos. - Vamos,a aula acabou. - Miguel chama.Eu não costumo dormir durante as aulas pois acho desrespeitoso com os professores que estão se dedicando a dar aulas e aturar adolescentes filhos da puta.Porém não consegui me segurar,essa professora é uma filha da puta tanto quanto os alunos e esta é a última aula então...

Miguel me entrega minha mochila.

- Valeu. - Esfrego os olhos.Ele pega o celular e olha para mim.

- A gente tem um tempinho antes de karatê,tá afim de comer alguma coisa? - Pergunta.

- Cara,falando assim parece que tá' me chamando para sair. - Falo sorrindo e ele fica vermelho.

- Não Ully,desculpa se você sentiu que estou dando em cima de você.Eu juro que não foi a intenção,bom,você é muito bonita mas é minha amiga,eu nunca... - Dou gargalhada e ele para de falar.

- Relaxa,eu sei que você é afim da Larusso sem sal. - Não consigo controlar o riso quando vejo ele ficar mais vermelho do que já estava.

- Para com isso Ully. - Ele me repreende.

- Desculpa,eu não pude perder a oportunidade.

- Tá' tão na cara assim? - Pergunta e assinto.

- Respondendo sua pergunta.Quer ir lá em casa? - Pergunto.

- Agora parece que você está me chamando para sair. - Ele brinca.

- Deseja ser minha companhia para esse lindo dia,querida? - Continuo a brincadeira.

- Claro meu príncipe. - Ele fala com a voz mais fina e damos risada.

- Olha para vocês,parecem dois retardados. - Demitre fala assim que chega perto de nós dois.Eli também tinha acabado de chegar.

Ficamos conversando um pouco,convido Eli e Demitri para irem também mas Demitri nega e convence Eli de não ir também.Depois de um tempo Aisha apareceu reclamando pois tinha um compromisso com a mãe antes do karate.

Depois de nos despedirmos fomos para meu carro.Dirigi enquanto conversava com Miguel,cantamos algumas músicas antigas que passavam no rádio hora ou outra.

- Prontinho. - Falo e desligo o carro.

- Eu sabia que você tinha grana mas achei que fosse mais humilde. - Ele fala e dou um sorriso.

- Humildade é meu segundo nome. - Brinco.Descemos do carro e caminhamos para a porta da frente.Abro a porta e uma das funcionárias pega minha mochila e a de Miguel.

- Parece que estou em um filme. - Miguel mormura para que só eu possa ouvir.

- Amanda - Grito quando chego na sala principal.

Não demora muito para que a mulher apareça apressada na sala.Assim que vê Miguel suaviza a expressão,ela odeia que a grito assim sem motivos urgentes.

- Olá - Ela cumprimenta.

- Esse é o Miguel.Miguel essa é a Amanda. - Apresento.

- É um prazer conhecer a senhora. - Ele fala educado.

- Por favor,me chame de Amanda querido. - Ela sorri.

- Ah,tá bom. - Reviro os olhos,com vontade de rir. - A gente tá' com fome Amanda. - Falo.

- Eu acabei de tirar sua torta do forno Ully. - Eu dou um sorriso. - Onde vocês vão ficar? - Pergunta.

- Serve do lado de fora por favor. - Respondo e ela assente sorrindo,logo saí dali.

Escuto vozes no andar de cima e lembro que meus pais estão em casa.

- Vem. - Pego a mão de Miguel e o puxo para a área de piscina.

- Ela é legal. - Miguel fala se referindo a Amanda.

Me sento em um dos sofás que ficam ali.Em uma parte da área da piscina é tampado então não estamos no sol.

- Eu sei,ela é como uma mãe para mim. - Digo.

- Seus pais não estão aí? - Pergunta.

- Infelizmente sim. - Respondo

Obrigada por ler até aqui.
Por favor votem no capítulo,é só apertar a estrelinha.

Beijos!