- Por quê a pergunta?

- É que faz tempo que não vejo a dona Lúcia e o filho. Eles sempre ficavam no quintal e...

- Está tudo bem conosco. O que acontece é que minha esposa prefere ficar dentro de casa com meu filho.

- Bom se é assim, perdoe-me o incômodo. Passar bem.

- Igualmente.

Christopher fecha a porta e desfaz o sorriso. Ao ouvir as batidas na porta do armário no quarto de João Miguel, ele sobe até lá.

- Socorro! Socorro! - O menino gritava.

- Tu já estás me tirando a paciência!

Lá em baixo, no porão, Lúcia ouve o choro do filho e sente-se impotente.

Joaquim voltou à casa de Lúcia para salvá-la desta vez. Ele entrou na casa por uma janela e ouviu João Miguel gritar de seu quarto pedindo para sair. Ele subiu as escadas, procurando por ele e ao tentar abrir a porta de seu quarto, não conseguiu, pois estava trancada.

Joaquim retirou do bolso um arame e conseguiu destrancar a porta.

- Não tenha medo. Irei te tirar daqui. - Disse à João Miguel.

Nesse intante, Cristopher apareceu atrás dele e João Miguel apontou para ele com o dedo.

Cristopher  deu um "mata-leão"  em Joaquim, mas ele conseguiu se soltar e os dois começaram a lutar. João Miguel correu para a sala e ligou pedindo ajuda da polícia.

Os dois lutaram e davam socos e chutes um no outro. Cristopher conseguiu derrubar Joaquim da escada e ele caiu lá em baixo desacordado. Cristopher já ia pisar nele, mas ouve batidas fortes na porta e ouviu gritarem do lado de fora:

- É a polícia! Abra a porta, ou vamos arrombá-la!

Christopher não queria se entregar. Então, desceu para o porão para manter Lúcia como refém.

Arrombaram a porta e viram Joaquim no chão, a casa toda bagunçada, com várias coisas quebradas e viram João Miguel chorando em baixo da mesa.

O menino estava assustado, por isso, o carregaram e o levaram para dentro da ambulância, para levá-lo ao hospital.

Enquanto ele era resgatado pelo policial, ele disse:

- Minha mãe está presa no porão...

No porão, Lúcia sabia que o resgate havia chegado e por isso, provocou Christopher, dizendo:

- Acabou, Christopher. Tu irás pagar por todo o dano que nos causastes!

Christopher tirou do bolso um fósforo e o acendeu, dizendo:

- Sabe aquele dizer: "Até que a morte os separe?" - Lúcia se desesperou.

- Christopher... - Ela tenta fazer com que ele não incendiasse algo. 

- Vamos morrer juntos! - Começou a colocar fogo nas coisas, com a maior tranquilidade.

Ouviram batidas na porta do porão e a polícia avisou que arrombaria a porta.

Christopher foi na direção dela e tampou sua boca e manteve Lúcia refém. Ele a segurou pelo pescoço e a usou como escudo para se proteger.

Os policiais os encontraram no porão e tentaram salvá-la das mãos daquele maníaco.

- Mantenha a calma, senhora... - Diziam a Lúcia, que chorava.

Ficaram ali tentando reverter aquela situação, mas estava difícil e o fogo consumia e queimava o que estava ali. Christopher soltou o pescoço de Lúcia quando os dois estavam encurralados pelas chamas.

Reencontro [Livro 2]Where stories live. Discover now