Chapter II

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Penelope estava atrasada. 

Não era de seu feitio se atrasar para o trabalho, mas naquela manhã parecia que tudo estava de acordo para que sua manhã fosse a pior possível. Não só sua manhã, diga-se de passagem. 

Desde a noite anterior seus pensamentos estavam fora de ordem e sua mente ainda se encontrava confusa com o ocorrido no elevador. Ocorrido este que a fez descobrir, da forma mais embaraçosa possível, que o dono de Loki era muito mais bonito do que ela imaginava.

Quem ela queria enganar, chama-lo de bonito era um eufemismo de sua parte.

Toda essa loucura havia começado quando Penelope desempacotava as caixas da sua mudança e um gato preto a observava da janela, quando tentou chegar perto dele o felino fugiu, mas voltou a aparecer no dia seguinte. Havia se tornado um costume olhar na janela e vê-lo a observando de forma curiosa, mas não importava o quanto tentasse o gatinho nunca deixava que ela chegasse perto dele. Até que em um dia Penelope chegou do trabalho e viu o gato deitado confortavelmente em sua poltrona, chegou perto dele de forma silenciosa para não o assustar e, para sua surpresa, ele deixou que ela fizesse um carinho em sua cabeça. 

Neste dia Penelope descobriu, ao ler em sua coleira, que o gatinho se chamava Loki e seu dono era um tal de Colin B. Não sabia quem ele era, mas escreveu um bilhete dizendo que Loki estava bem e que, quem quer que fosse esse Colin, não precisava se preocupar e por algum motivo idiota ela não assinou o bilhete com seu nome, mas sim, como Lady Whistledown.

Ela não sabe de onde tirou Lady Whistledown, mas depois que o primeiro bilhete foi enviado, e respondido, ela não teve coragem de revelar seu verdadeiro nome. 

Obvio que já havia passado por sua cabeça que um dia eles dois iriam se conhecer, mas ela não imaginava que por trás dos bilhetes trocados estava...aquele cara. Não que ela já tivesse parado para pensar como ele seria, longe dela, porém, se ela tivesse parado para imaginar como ele seria ela nunca teria imaginado aquilo.

Colin B era alto, moreno, tinha olhos verdes lindos e um sorriso de tirar o fôlego. 

Um sonho. 

Mas Penelope não tinha tempos para sonhos agora. Ela tinha que achar aquele maldito papel. 

Ela passou a noite em claro revirado todos os lugares possíveis em que aquele papel poderia estar, mas não o achou. Naquele papel estavam todos os dados importantes que havia anotado de uma importante reunião que participara no jornal em que trabalhava e ela precisava passar aquelas informações para sua chefe. Sua ultima esperança era que esse papel estivesse em sua mesa. 

...

Ele não estava em sua mesa.

Penelope revirou sua mesa inteira e aquele maldito papel não estava lá. 

-Merda. - ela murmurou para si mesma, choramingando enterrou seu rosto entre as mãos.

-Penelope? - com o chamado a loira levanta a cabeça.

-Sim, Ângela? Precisa de algo? 

-Senhora Danbury mandou te chamar. Ela 'tá te esperando na sala dela. - avisou sua colega de trabalho com um sorriso gentil no rosto.

Com isso a mulher ruiva sai andando em direção a sua própria mesa. 

Com mais um choramingo Penelope se levanta e segue para o escritório de Lady Danbury, editora chefe do jornal e sua chefe. Parando em frente a porta de madeira Penelope dá breves batidas antes de abrir a porta.

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