capítulo dois!

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Lorenna 💫

Minha história não é nem de longe um conto de fadas. Meu pai era envolvido no crime desde cedo, engravidou minha mãe e assumiu ela como fiel. Meu pai não era santo, mas eu o amava. Ele fazia de tudo pela família e foi por causa do seu amor por nós, que ele morreu!

Era meu aniversário de 15 anos, estávamos na favela que meu pai era dono, complexo da Maré, eu vi com meus próprios olhos meu pai sendo morto pelo irmão e minha "mãe" indo com o merda que eu chamava de tio! O dia que era para ser especial para mim, se tornou o pior dia da minha vida, tudo virou cinzas.

[...]

Lorenna: Então você está me dizendo que o dono do Alemão é uma mulher? - Perguntei confusa, terminando de fazer chapinha no meu cabelo.

Natália : Sim! Mas a Víbora é super de boa, ela comando lá com o gostoso do VK e o Menor. - Deu uma risada totalmente cheia de malícia.

Lorenna : Tu é uma graça, né?! Fala ai, tô bonita? - Perguntei mostrando minha roupa. Tava com um short jeans de lavagem clara, um top preto e uma bandana no cabelo
Natália : Mais maravilhosa impossível. - Dei uma risada. - Aproveita e leva uma roupa pro baile também. - Concordei e fui pegar um cropped preto e uma saia justa branca desfiada.

[...]

Víbora : Tem uma casa na rua 4, mas só tá disponível pra vender. - Disse olhando pra mim.

Porra! Te contar um negócio aqui, a mina é gostosa pra caralho. Cabelo platinado e sidecut na lateral, certeza que essa coca é fanta.

Lorenna : Eu tenho metade do dinheiro, a outra metade só vai tá disponível daqui 3 meses.

Víbora:Então tu paga metade agora e depois tu paga o resto. - Concordei e ela ficou me encarando, enquanto eu encarava ela também.

A mina tem uma marra que me deixa fraquinha, fraquinha, pô.

Natália : Víbora, leva a Lorenna na minha mãe? Eu tenho que resolver uma coisa e não posso levar ela.

A Víbora me olhou e concordou, e a Natália saiu da sala falando no celular.

Víbora : Natália não tem noção de nada, ela te deixou aqui comigo pra encontrar com macho, pô. Bela amiga.

Negou com a cabeça e pegou uma seda de maconha na gaveta, encarei ela e ela deu um sorrisin de canto.

Víbora : Se tu quer eu te dou, pô, não precisa ficar me olhando assim não. - Dei risada e me aproximei dela que manteve a postura de bandidona má. Não vou mentir, adoro um(a) bandido(a).

Lorenna: Tem certeza que cê vai me dar se eu pedir? - Digo contra o rosto dela, que sorri e me prensa em cima da mesa dela.

Víbora: Eu não curto mulheres, mas cê me deixou com dúvida agora, pô. - Me afastei de imediato, se ela é hetero não vou nem insistir, não. Gosto de manter minha sanidade mental intacta.

Se envolver com hetero é foda.

Lorenna: Só quero a maconha mesmo, pô, só isso. - Disfarcei e ela me passou o cigarro. Dei uma tragada e saímos da boca, indo pra uma banca de açaí que eu perguntei se tinha e ela disse que sim.

Sentamos em uma mesa vaga e fizemos nossos pedidos. Veio uma menina ruiva, a mina era gata, não perdi oportunidade de jogar piadinha.

Lorenna: Pô, tô com um problema na boca aqui, mina.

Ruiva: Desculpa, no que posso ajudar? - Sorriu inocente.

Ih, será que é de menor?

Lorenna: Minha boca tá precisando da tua, pô. - Ela sorriu envergonhada, pediu licença e saiu. Dei risada e a Víbora revirou os olhos.

Víbora : Tu é sapatão, pô? - Olhei pra cara dela e notei que ela estava me encarando séria.

Lorenna: Sou sim. E tu, é?

Víbora : Sou hetero, pô. - Dei risada .

Essa ai, sei não, hein. Ela é linda pra caramba, não posso negar, esse cabelo dela com sidecut deixa ela com carinha de sapadrão.

Lance CriminosoWo Geschichten leben. Entdecke jetzt