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Sábado a noite não deveria ser momento para trabalhar, mas não era como se Jeongguk fosse se dar a esse luxo tendo uma oportunidade de pelo menos fazer uma coisinha para começar a dar fim as pendências que ficaram daquela semana. Por isso ele estava se dividindo entre fazer os primeiros rascunhos de um trabalho e dar atenção aos filhotes que tinham espalhados os brinquedos pelo carpete da sala de casa e brincavam, vez ou outra se aproximando do pai para fazer alguma pergunta ou mostrar algo.

Jeon era dono de uma empresa de confecções de fardamento, não era nada enorme, mas sustentava muito bem a casa, dava conforto e muita segurança financeira. Tudo que um ômega solteiro e com filhotes desejava.

A ideia e o início de tudo não tinha partido dele, mas de Lee Jihoon. Os dois tinham se conhecido no início da faculdade; ambos tinham se gostado instantaneamente, quando caíram em uma mesma turma de uma matéria em comum para os cursos que faziam. No início, era apenas uma forte amizade, muito apego e confiança um no outro, demorou um pouco para perceberem o interesse amoroso que começavam a nutrir até se tornarem um casal. E quando isso aconteceu, Jeongguk e Jihoon não podiam ser mais felizes.

Naquela época, Jihoon já produzia camisas para os cursos, uma forma de ganhar dinheiro extra e se sustentar sozinho, sem precisar exigir dos pais que moravam no interior. Jeongguk, que sempre tinha sido muito bom com os aplicativos de design e desenho e era muito criativo desenhando, resolveu agregar à ideia do companheiro, investiu tempo, talento e dinheiro. As vendas aumentaram, a pequena empresa foi aberta, eles se formaram, se casaram, o primeiro filhote veio, a empresa cresceu muito, o segundo filhote veio... e o acidente também.

Tinha sido assim: era um dia comum de trabalho, a barriga enorme impedindo que Jeongguk se aproximasse da mesa, muitos pedidos de fardamento para entregar, outros para desenhar, quando ele recebeu a notícia de que o alfa que amava tinha partido para sempre, por culpa de alguém que não media as consequências de dirigir em alta velocidade em um dia de chuva.

Ele se viu sem chão. Por meses doeu, tanto que às vezes era difícil respirar, se perguntava como continuaria com tudo, pois não conseguia enxergar uma vida onde seu alfa não estava. Mas Jeongguk se fez forte, pois Jihoon tinha deixado para ele dois pedaços de seu coração e o ômega não poderia deixar seus bebês sem atenção e cuidado do único pai que agora tinham, principalmente Beomgyu, que nasceria sem nunca ter a oportunidade de sentir o cheiro do alfa que o tinha amado desde o momento que o descobriram.

Sendo assim, Jeongguk se sentiu grato por ter conhecido Jihoon, ter o amado e sido amado por ele, por terem vivido uma linda história juntos por todo o pedaço de vida que lhes foi dado, e por terem concebido as maiores preciosidades de suas vidas, jurando ao alfa que cuidaria bem das crianças, que continuaria com os sonhos que eles dois pensaram, e que seria feliz. Ele sabia que seria isso que seu Jihoon iria querer.

Às vezes, Jeongguk assumia, sentia como se não fosse dar conta. Era ele sozinho agora, com a empresa para gerir e com as crianças para criar, sempre dando o seu melhor para se mostrar de cabeça erguida e capaz de tudo. Era nesses dias de dúvida que Jeongguk chorava e desabafava para Jihoon, como se ele pudesse lhe ouvir. Não que o ômega ainda não tivesse aceitado a perda, ele tinha, há muito tempo, mas não significava que se esqueceria do alfa que o tinha amado e lhe dado tantos momentos felizes, sido, acima de tudo, seu melhor amigo, e por isso, às vezes, recorria às memórias e conversava com o silêncio para acalmar seu coração.

E funcionava.

— Papai! — a voz chorosa de Haerin chamou atenção de Jeongguk, que estava ciente demais dos filhotes e prontamente já atendia ao chamado. — O Beom derrubou tudo!

MEU LAR NO TEU CHEIRO | TKWhere stories live. Discover now