Confissão

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Nas duas semanas seguintes, Bia se dedicou inteiramente ao trabalho e a recuperação da mãe. Estava dormindo na casa da mais velha para caso acontecesse alguma coisa, ela já estaria lá para remediar.

Felizmente a queda resultou apenas na fratura do tornozelo, e a tontura foi culpa da labirintite atacada. Mas, Monica já estava bem melhor e se recuperando bem. Indo pra as fisioterapias com a ajuda de Íris e já conseguindo se locomover com ajuda das muletas.

Bianca estava cansada da correia mas feliz pela recuperação da mãe.

Não conseguiu dar a atenção que queria a Rafaella durante esses dias, mas se viam todo dia na empresa e saíram nos dois finais de semana, só as duas.

Rafa estava super de boa com a situação e entendia que a distância era pela mãe da carioca, mas não podia negar que estava com saudade?

Rafaella sabia para onde aquilo estava indo e bom, não estava se intimidando. Quando terminou seu relacionamento a poucos meses atrás, não pensou muito se queria ou não engatar em outro, mas se permitiria nos novos ares cariocas, e não deu outra.

Gostava da companhia de Bianca desde o primeiro momento, e não se tratava só de sexo. O papo era bom, a companhia para fazer nada, era boa. Tudo fluía da forma mais natural, e era o que estava encantando ainda mais a mineira.

Nunca haviam conversado sobre exclusividade nem nada do tipo, mas ambas sabiam que eram única na vida da outra.

Rafaella estaria mentindo se negasse que não estaria sentindo algo a mais por Bia, e nem tinha porque negar. Mas tava tão gostoso o ritmo que estavam levando, que parecia que aqueles dois meses tinham sido apenas horas de tão rápido.

A mineira já haviam sido informada pelas amigas que na empresa tinha alguns burburinhos sobre ela e Bianca, mas nada muito concreto. E ela não ligava também.

Naquela semana Bia havia voltado, finalmente, para seu apartamento. Tinha visto Rafaella no sábado, quando se encontraram no aparamento da mineira, mas no domingo Bia ficaria com a mãe, para Íris ir na festa de uma amiga. E Rafaella iria receber os pais que chegaram de Goiânia. 

Quando chegou na empresa naquele dia, perdeu um pouco de tempo enquanto o pai cumprimentava alguns funcionários, e depois se dirigiram a sala que agora era de Rafaella.

S: Mudou algumas coisas por aqui, minha filha? - perguntou enquanto puxava uma cadeira na frente da mesa da filha.

R: Algumas decorações sim, paizinho! - sentou também do seu lado da mesa, ligando o computador.

S: Ficou sua cara! - sorriu orgulhoso e recebeu outro sorriso de Rafa - Esses dias eu encontrei lá em Goiana um de nossos parceiros investidores, e nunca fiquei tão orgulhoso em só ouvir elogios de você, meu amor.

R: Foi mesmo? - apoiou os cotovelos na mesa e a palma das mãos no rosto - Fico muito feliz, pai. Tô dando o meu melhor a tudo isso, pretendo honrar casa esforço que você dedicou a esse império todo.

S: Você já honra, e fará ainda melhor que eu, acredite. - estendeu o braço sobre a mesa e pegou na mão de Rafa.

R: Obrigada! - sorriu terna e aproveitou a situação para conversar um assunto pendente - Mas em, eu queria sua opinião para uma coisa... - soltou a mão do pai e se recostou não cadeira.

Mas antes que pudesse da continuidade no diálogo, escutou batidas na porta e ambos viraram na direção.

R: Entra!

B: Oi, Raf... MEU DEUS! - fechou a porta e entrou de vez no cômodo com um sorriso no rosto.

S: Olha só ela! - levantou e foi receber Bianca num abraço - Já tava vindo encher minha filha de ideia, né? Conheço bem seu pique numa segunda feira! - gargalhou e foi acompanhado pelas outras duas mulheres.

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