Angell

Sou a fada do bem!

POV Daniel

Já tinham se passado horas deis de que a Angell saiu de casa.

Nós já iríamos para o colégio, mas nada dela voltar.

Fico nervoso pensando que ela pode estar bêbada e que alguém possa magoá-la que nem da outra vez. Ou possa até tocá-la...

Meu sangue ferve só de pensar na possibilidade.

- Dani, vamos - Giovanni disse colocando a mão no meu ombro, me livrando desses pensamentos.

- Mas e a Angell?

- Ela não vai voltar tão cedo - disse.

Suspirei e me levantei.

Tudo isso é minha culpa. Se eu não tivesse agido daquele jeito merda, a Angell não sairia brigando com todo mundo que vê pela frente e estaria tudo bem.

Entrei no automóvel e encostei a minha cabeça no banco, fechando os olhos e suspirando pesadamente.

A viagem toda eu fui pensando nela e cada vez mais, ficava mais preocupado.

Entro no colégio e pego o celular do bolso da minha calça, desbloqueando e digitando o número da casa dos pais da Angell.

- Sim? - ouço uma voz feminina do outro lado da linha.

- Victória? Sou eu, Daniel - eu disse.

- Oh, olá Daniel! - saudou.

- Olá... Huh.. Você pode me dizer se a Angell está aí? - questionei, coçando a nuca.

Peguei na minha mala e comecei a me dirigir até o meu quarto.

- Ela não está aqui não. Por quê? Aconteceu alguma coisa? - interrogou aparentemente preocupada.

- Ahm.. Não, é que nós brigamos, ela saiu de casa e eu estou aqui no colégio. Estou preocupado - murmurei - Olha, se ela passar por ai você pode me...

Parei de falar quando vi a garota que eu mais amo, sentada na cama e lendo um livro.

- Esquece - eu disse largando o celular, que caiu no chão e a mala também.

Corri na direção da Angell e a abracei, assustando-a.

- Puta que p-

- Caralho, nunca mais faça isso comigo! - apertei ela contra os meus braços - Eu fiquei tão preocupado com você - digo e sinto ela retribuindo o abraço, me apertando também.

- Me desculpa... - ela murmurou contra o meu pescoço.

- Não precisa pedir desculpa - eu disse.

- Desculpa por pedir desculpa - Angell murmurou outra vez e eu gargalhei.

- Onde você esteve? - perguntei desfazendo o abraço.

- Na casa dos meus pais... Eu não queria que eles dissessem pra você que eu estava lá. E também não queria voltar pra casa, então pedi para eles me levarem pro colégio - explicou.

- Promete que nunca mais vai fazer isso outra vez? - perguntei abraçando-a novamente.

Ela assentiu com um sorriso pequeno.

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- Você vai falar com o Giovanni? - perguntei acariciando o seu ombro nu.

- Ele ainda está chateado comigo? - ela interrogou olhando para mim com uma sobrancelha erguida.

- Sei lá. Acho que sim - eu disse e ela revirou os olhos, voltando a colocar sua cabeça no meu peito.

- Eu pedi desculpas...