Capítulo 14

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Os dias passaram corridos e graças a critica que Emma recebeu o restaurante lotou, ela mal teve uma folga nas semanas que se seguiram. Mal viu sua mãe ou Regina.

Tinha acabado de sair de uma reunião com Son Lee, o homem elogiou o que a loira estava fazendo com o local, parabenizou-a pela critica prometeu que em breve viajaria para o Brasil para ver como estavam as coisas pessoalmente no restaurante e aproveitar para ver Emma e sua filha.

Olhou para o relógio e percebeu que tinha um tempo livre, aproveitou para passar na clinica e ver sua mãe. Só tinha conversado com as enfermeiras por mensagem e parecia que a mãe não estava nada bem.

― Oi mãe? ­― disse assim que atravessou a porta do quarto.

― Onde você pensa que estava? Emma, já é tarde, você precisa avisar sempre onde está. ― a mulher disse de forma preocupada.

― Eu tive dias corridos no restaurante, me desculpa, prometo visitar mais vezes.

― Restaurante? Do que está falando Emma? É algum código? Vá se trocar para comer, seu pai vai chegar tarde hoje. ― Emma percebeu que a mulher estava perdida em sua mente, provavelmente em alguma lembrança da época em que a loira era adolescente. Mary arrumava a mesinha que tinha no quarto, colocando copos descartáveis e um pouco de água dentro.

― Mãe? Você sabe que eu não sou mais criança, não é? ― Emma disse baixo, cautelosa.

― Você não me venha com esse assunto novamente Emma, acha que por ter quase dezoito já é adulta? ― sorriu de forma desdenhosa ― Enquanto morar sob o um teto você deve explicações á mim. Agora vá lavar as mãos.

― Mãe? ― tentou novamente, ainda parada na porta.

― Chega Emma. ― gritou batendo os punhos na mesa, Emma estremeceu, lembrava exatamente o que acontecia quando sua mãe ficava irritada. ― Vá fazer o que eu mandei, se não ficara de castigo em seu quarto e ai de você se falar alguma coisa.

― Não pode mais me tratar assim mãe, sinto muito.

― Aquele menino está colocando coisas na sua cabeça novamente, não é? Já disse para você se afastar, se o seu pai descobrir vamos nos mudar de novo, é isso que quer? ― Emma apertou os lábios, não iria ter essa conversa, de novo não. ― Se afaste daquele marginal Emma.

­― Ele não é como o pai dele, já disse isso varias vezes.

― Suba para o seu quarto, me deixe em paz. Não vamos ter essa conversa, já aconteceu uma vez, duas é demais. ― Emma estreitou os olhos, estava cansada, aproximou-se da mulher e lhe deu um beijo na cabeça.

― Te vejo depois ― saiu do quarto fechando a porta e caminhando para a recepção. ― Ela não está bem, não é?

― Sinto muito Emma. As vezes ela pergunta quando que você vai chegar da escola, tem estado agressiva nos últimos dias, estamos pensando em mudar as doses das medicações. Ela terá uma consulta na próxima semana, se você conseguir vir, será muito bom.

― Ok. Apenas me avise, tem sido corrido no trabalho.

― Imagino. Mas fique tranquila, ela está em boas mãos ― claro, Emma pensou, com a fortuna que eu pago nessa clinica ela tem que estar mesmo. Imediatamente repreendeu-se por esse pensamento. Ela se despediu da mulher e saiu da clinica. Estava escurecendo. Pensou em ir a casa de Regina ver como a namorada estava, mas estava cansada demais. Sua pequena interação com a mãe foi demais. Ela ligou para Se-ri e a coreana avisou que estava um pouco ocupada com umas coisas, mas que iria em sua casa mais tarde. Percebeu pelo tom da amiga que não estava nada bem. Como o que está ruim pode piorar mais ainda, começou a chover. Emma revirou os olhos. Nem tinha trago uma capa de chuva.

Sun - SwanQueenOù les histoires vivent. Découvrez maintenant