Primaveril

Capítulo 18

Suas mãos tocavam meu pescoço com delicadeza, chegando em meus cabelos de vez em quando.

Gemi, rendido pelo seu toque tão quente e gostoso.

— É tão bom finalmente poder te beijar. — Ela sussurrou, afastando nossos lábios. — Você não faz ideia do quanto eu sonhei com isso.

Não resisti, dei mais um beijo no canto de seus lábios.

— Louis! Assim não vou conseguir te enxugar nunca.

Cassie passava a toalha delicadamente pelos meus cabelos, mesmo que eu pudesse realizar a simples tarefa, ter ela fazendo era muito melhor.

— Você... Não deveria ter saído nessa chuva. — Ela murmurou, se levantando do sofá.

Me arrepiei de frio, de fato ela estava certa.

Eu com certeza pegaria um terrível resfriado, mas a única coisa que eu conseguia pensar naquele momento...

— Vem cá... — Murmurei manhoso.

Ela sorriu de lado.

Ruth não estava em casa, provavelmente em algum plantão do hospital. A casa era toda nossa.

E da gorda gatinha dormindo em uma caminha felpuda e roxa. Lynn.

— Sabe do que você precisa?

— De você.

— Também, mas agora você precisa de um banho quente. — Ela veio até mim.

Abri minhas pernas, deixando que ela ficasse entre elas.

Mesmo sentado, eu quase conseguia alcançar o rosto de Cassie.

Tão linda.

Puxei ela pela cintura, suas mãos foram até o meu pescoço, fazendo um carinho gostoso ali.

Sorri como um bobo apaixonado.

— Senta no meu colo. — Pedi sem um pingo de vergonha.

— Você tem muito coisa para me explicar e contar — Ela sussurrou roçando o nariz no meu. — Ah... Louis eu jurava que nunca seria correspondida por você — Ela beijou meu nariz e sussurrou perto dos meus lábios. — Você não faz ideia do quanto de poesias que escrevi pensando em você, do quanto eu tentava reprimir minha vontade de te beijar cada vez que estava perto de ti.

— E você não faz ideia do quanto eu te pintei, do quanto tentei expressar sua beleza em telas — Rocei meus lábios no dela, escutando sua respiração cada vez mais ofegante. — Sonhei com você de todas as formas possíveis... Das mais puras até as mais impuras.

Cassie enfim sentou em meu colo, encaixando seus quadris quase perfeitamente em mim.

— Você... Precisa de um banho quente — Ela murmurou novamente. — E me contar muitas e muitas coisas.

— É... — Beijei seu pescoço, escutando sua respiração descompassada. — Então vem comigo.

— Eu já tomei banho, espertinho. — Ela sorriu de lado.

Beijei-a com necessidade, sentindo sua língua rapidamente invadir minha boca. Gemi novamente rendido a ela.

Cassie poderia fazer o que quisesse comigo naquele momento, estava apto a receber ordens e fazer todas as suas vontades.

Lentamente, os quadris de Cassie se movimentavam em meu colo, colando seu corpo cada vez mais ao meu.

Ela gemeu.

Cassie vai me levar a loucura.

De repente, ela se afastou com um sorriso doce.

— Você deve estar com fome, não? — Ela perguntou calmamente.