"Alguém me ajuda?"

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Oláaaaa gente🙂 demorou mais chegou

MAIS UM CAPÍTULO PRA VOCÊS 💖💙

(Corrigi rápido pra vocês poderem ler logo então talvez tenha ficado algum erro! Mas enfim aproveitem o capítulo💙)

⚠️ AVISO⚠️

ALERTA DE GATILHO

~Nesse capítulo um dos personagens tem uma crise de ansiedade... então se você não se sente bem lendo, pule para o próximo capítulo.

Capítulo 7

(POV. Júlio💫)

Domingo de manhã, acordo com meu corpo dolorido por ter dormido no sofá, minha barriga ronca pois minha última refeição foi ontem na hora do almoço.
"Acho que dormi por muito tempo".
Me levanto e vou até a cozinha, vejo se tem algo na geladeira. Com essa viagem dos meus pais, não foi feito a compra do mês então minha geladeira está praticamente só com garrafas de água.
Olho no armário e vejo que ainda tem um pacote de bolacha, a pego e então vou até a sala, pego meu celular e fico olhando meu instagram por um tempo.

(Quebra de tempo)

A tarde passou bem rápida, vejo no relógio que agora são oito da noite, e já começou a me dar fome, porém só tem miojo, e já enjoei de comer isso, vou até meu quarto e olho minha carteira.
- Vinte reais... mas seria para o lanche de amanhã na escola.
Guardo o dinheiro na carteira novamente e vou até a cozinha pegar aquele maldito pacote de miojo
Estou na cozinha, quando de repente escuto o barulho da porta abrir.
- Mãe? Pai? O-o que vocês estão fazendo aqui a essa hora? Não iam vir só no sábado?
- Sua mãe decidiu que- Meu pai é interrompido.
- Mudança de planos, então viemos antes - Minha mãe diz colocando suas malas no chão- Percebi que nem a casa você teve coragem de limpar nesses dias que ficamos fora- continuou.
- Desculpe, eu esqueci de limpar, mas durante a semana eu limpei! - digo, em minha defesa.
- Aham, limpou ontem. Pare de der mentiroso, garoto! - ela diz batendo a mão sobre o balcão, elevando o tom de voz.
- Mas é verdade!- digo, quase gritando.
- Júlio, não fale assim com sua mãe- meu pai diz, me encarando.
- Quer saber vai pro seu quarto agora! Eu não quero me estressar, vai logo! - ela diz apontado para a escada.
- Eu ainda não comi- digo.
- Eu não perguntei! Agora vai pro seu quarto, não quero ver sua cara mais hoje!!
Subo as escadas e vou até meu quarto, fecho a porta e me jogo em minha cama. Lágrimas e mais lágrimas caem após me lembrar de tudo o que passei, não entendo o motivo por ela sempre brigar comigo, e meu pai não fala nada.
Mais lágrimas caem, logo começo a soluçar, tento chorar baixinho para que minha mãe não me escute, mas quando menos espero ela entra no quarto.
- POR QUE VOCÊ ESTÁ CHORANDO?- ela grita com uma voz irritada.
Eu não digo nada .
- VOCÊ NÃO ME ESCUTOU?? - Ela bate em minha mesinha.
- Escutei- falo com dificuldade.
- Mas não parece, fica aí chorando por qualquer merda - Ela vem até mim- Eu quero que você cale a sua boca. Não quero escutar um pio seu, porque se eu escutar a nossa conversa vai ser diferente.
- T-ta bom - digo com a voz falha.
- Acho bom! - Ela diz saindo do quarto.
Me encolho na cama, e abraço meus joelhos. Choro baixo onde tenho certeza que ela não vai ouvir, quando sinto meu coração acelerar. Meu peito dói por conta da palpitação, tento me levantar porém falho, tento chamar alguém mas minha garganta dói, é como se tivesse um nó preso a ela. A falta de ar vem após isso, fico mais próximo de minha cama e abraço meus joelhos, minha cabeça está a mil, várias memórias ruins passam pela minha cabeça então começo a chorar cada vez mais, é como se toda aquela dor tomasse conta de mim e eu não conseguisse controla-lá.
Não consigo pensar em nada, apenas choro, vejo meu pai abrir a porta e correndo em minha direção, ele fala comigo mas não consigo prestar atenção, apenas presto atenção no que estou sentindo, ele segura minha mão e continua dizendo coisas.
- Júlio??? Julio, olhe pra mim, o que você tem?
Eu não digo nada, apenas choro mais ainda.
- Respira...- ele faz gestos para eu acompanhar sua respiração.
- E- eu não...- paro de falar.
- Ok, ok não precisa me dizer nada, apenas respire... - ele se vira em direção a minha cama- Júlio olhe pra mim, qual é a cor desse bichinho - ele diz pegando meu ursinho.
- A- azul...
- Isso azul. Ok, e qual é a cor da camisa que estou usando?? Em??
- V- verde...
Vou me acalmando aos poucos, meu pai continua perguntando as cores dos objetos e já estou mais calmo, não sei exatamente o que acabou de acontecer, eu nunca havia sentido nada igual, e com certeza isso foi a pior sensação que senti até hoje...
- Está melhor? - ele pergunta.
- Estou... obrigado por me ajudar.
- Uhm, tanto faz... Agora vá dormir antes que sua mãe venha aqui e surte de novo.
- Ok, boa noite, pai... - digo.
Ele abre a porta, me olha, abaixa a cabeça em concordância e depois sai fechando a porta do quarto.
Me levanto e vou até o banheiro, olho para o espelho e vejo meus olhos vermelhos, após chorar tanto, ligo a torneira e jogo água em meu rosto, após isso escovo meus dentes e vou até minha cama me deitar, viro para um lado e para o outro mas não consigo pegar no sono, apenas observo o brilho da lua refletindo em minha janela, fico nessa mesma posição por um tempo, até que finalmente pego no sono.

Forever me and you♡♡  ~Allan e Júlio💫Onde as histórias ganham vida. Descobre agora