QUASE QUERIDO DIÁRIOS

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A luz do meu celular acendeu já revelando uma mensagem do meu pai perguntando se já estava em
casa, não respondi e esperei parar em frente minha casa. Paguei e o respondi que sim.
"-por que nenhum luz está acesa?" Dei um sorrisinho sabendo que iria perguntar isso, nossa casa tem um sistema: quando alguma luz é acesa ele consegue ver em seu telefone.

Liguei a da sala e voltei pro degrau de fora.
"-pronto, fique tranquilo" ele visualizou e não respondeu.
Fiquei pensando no que tinha acontecido e eu não conseguia tirar a imagem dele transando com aquela mulher, tapando a boca dela, o jeito que segurava sua cintura, com tanta pressão...

Ele me olhando com pouco caso e gritando comigo, a tal frase que ecoava na minha mente de alguma forma deixava meu peito apertado. Isso não podia ser real é melhor eu me concentrar em outra coisa.
Passei muito tempo olhando o céu, se quer vi a hora passar, o sono já estava me consumindo e eu tinha que entrar, minha cabeça quase caia e eu sabia que tinha que dormir, quando ela virou mais uma vez com o peso do sono foi em um tecido aconchegante.
Abri os olhos e vi aquelas longas pernas.
-não devia... está na sua festa?
-já está tarde, e já fiz o que devia fazer lá. Meu pai falou.
-aposto que saiu lindo nas fotos.
Ouvi sua voz sorrindo.
-vamos entrar.
-não! Só mais um pouquinho. Agarrei em seu braço.

***
-AÍ MEU DEUS AÍ MEU DEUS!!
Levantei correndo pra arrumar minha coisa pra faculdade. Corri pro banheiro, arrumei minha cara, peguei minha mochila e desci.
-Atrasa outra vez Ayla? Meu pai falou.
-o despertador perdeu a hora.
-unrrum. Fui à cozinha peguei um torrada coloquei geleia e sai com ela na boca.
Foi questão de segundo pra cair no chão quando Edward apareceu saindo do escritório do meu pai.
-Porra Ayla!! No meu tapete?
-foi mal.
-pode deixar Ayla eu arrumo.
-obrigada, obrigada Luiza. Eu ia caindo e me segurei na maçaneta, que vergonha! Como alguém pode ser tão assim?

-Ayla? Meu pai chamou assim que eu ia saindo.
-hm? Virei-me sem olhar pro seu amigo!
-tá doente?
-que? Não!
-por que está vermelha?
-não estou... vermelha! Tchau! Fechei a porta e finalmente consegui respirar.

O motorista já estava esperando a um tempão.
-desculpa.
-o despertador outra vez? Aquele moreno alto forte falou.
-anrram, que bom que sabe.
***
-Jhon, não posso só ir comprar ali do outro lado meu lanche sozinha?
-já sabe a resposta Ayla, ordens do seu pai.
É que por acaso ele também é meu segurança.
-eu vou correndo.
-sabia que se algo acontece com você só enquanto vai ali eu perco meu emprego? Eu tenho um mulher e acabei de ser pai, meu bebê é o mais lindo do mundo, mas se você for ali sem mim ele pode não ter o brinquedo que quer ou as fraldas que precisa só por que....
-jhon, de novo não, vamos logo. Como ele consegue ser tão dramático kkkk.

***
-e então sua paixão pelo melhor amigo do seu pai já passou? Callie perguntou na sala.
-xiii.
-O QUE? PELO EDWARD.Sophia perguntou alarmada.
-cala a boca, senta. Puxei ela pra cadeira.
-eu não estou apaixonada por ele!
-ela está totalmente.
-mas até eu ficaria.
-não estou, só disse pra ela que estou achando estranho olhar pra ele agora, não sei fiquei nervosa e é claro que ele é lindo, mas isso não é só pra mim, e ele tem bom gosto pra roupas como vocês podem ver e até pra cueca.
-QUE??? As duas perguntaram. Eu e minha boca grande.
-como viu a cueca dele?
-ué, ele estava desfilando pela minha cozinha de cueca.
-por que não tirou uma foto?
-ah claro Callie, "-poderia ficar nessa posição enquanto tiro uma foto sua de cueca pra mostrar pra minha amiga tarada"
-era exatamente isso.

EDWARD AT

-arrumou uma nova vítima ontem? Cristian perguntou enquanto eu bebia no seu sofá.
-só três, mas porque as duas primeiras não foram muito boas.
-porra vai se fuder. Falou sorrindo de mim.
-por que foi embora tão cedo?
-vim ficar com a Ayla.
-o que ela tem?
-não sei, estava estranha ontem.
-hum, vou pegar mais bebida, peguei meu copo e subia as escadas. Minha cabeça ainda doía. Quando peguei a garrafa parei em frente ao quarto da Ayla, que estava aberto.

Entrei movido por curiosidade e observei seu quarto com fotos delas sorrindo com amigas e um quadro dos bichos que deve gostar, em um canto sua prancha azul com branco que sou obrigado a admitir que é bonita.
Em cima da cama estava um... diário? Intrigado Peguei e vi a chave em cima da escrivaninha. Acabei deixando na cama novamente quando vi uma gaveta aberta com calcinhas dentro. Dei passos e peguei uma. Feia! Horrível!
-ela não tem senso feminino? Era melhor esquecer, quando ia embora vi um conjunto no fundo dobrado como se nunca tivesse usado, uma lingerie branca de renda. Automaticamente meu cérebro imaginou ela com aquela pele bronzeada de tanta praia usando isso.

Segundos depois condenei minha imaginação filha da puta e guardei a calcinha novamente saindo do quarto.

-Se perdeu na casa? Perguntou querendo a bebida.
-bebê logo.
-então vamos ter que propor...
****

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