como tudo começou

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Eu me chamo Alexandre não tive a melhor das infâncias, meu pai sumiu assim que descobriu que eu era filho dele e minha mãe continuou me culpando pro resto da vida por esse fato ter acontecido, eu e minha mãe acabávamos mudando muito de cidade, o que me fazia nunca ter amigos ou nem se quer tentar ter algum amigo, eu tinha apenas meus 8 anos então não entendia muito bem o porque tudo isso, muitas vezes me culpei pelo meu pai ter ido embora.

Alexandre- mãe? Porque mudamos tanto de cidade?

Mãe- que pergunta imbecil, como se você não soubesse, a culpa é do seu maldito pai que nos abandonou, e infelizmente você tem a mesma cara que aquele monte de bosta.

Alexandre- me desculpe mãe.

Mãe- cala a boca um pouco você está me dando nos nervos, porque não vai lá fora e vê se algum carro bem rápido passa e te atropela, vai, vai não me atrapalhe.

Você pensa que isso foi a coisa mais cruel do mundo para uma criança? Sinceramente foram as palavras mais doces que ouvi dela em anos, ela sinceramente me odiava, porque tinha que ter a mesma cara do meu pai? Isso só fez ela me odiar mais.

Na rua

Lugar novo mas as mesmas experiências, eu nunca ia muito longe de casa já que era um lugar novo e eu tinha muito medo de me perder, sempre que olhava as crianças na rua pensava que poderíamos ser amigos, mas sinceramente não sei quanto tempo eu ficaria naquela cidade até minha mãe resolver mudar repentinamente sem mais nem menos, o que tem em uma infância normal? Brinquedos? Doces? Amor? Carinho? Nunca tive essas coisas, minha mãe sempre foi muito dura comigo, brinquedos nunca peguei um em minhas mãos,quando morava perto de meus primos eu brincava com os brinquedos deles, isso até minha mãe resolver se mudar e continuar se mudando até se sentir satisfeita e sinceramente quando ela se sentiria satisfeita? Nunca saberia essa resposta.
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Em casa

Enquanto eu estava na rua encontrei um gatinho muito fofo, ele estava com fome e eu o levei pra casa, fiquei semanas escondendo ele e dando comida enquanto minha mãe estava dormindo, mas um dia infelizmente ela descobriu o Gato e eu me arrependi de ter trago aquele animalzinho inocente pra minha casa.

Mãe- ah que fofo, entrega ele pra mamãe.

Alexandre- você não ficou brava?

Mãe- claro que não entrega ele pra mamãe querido.

Alexandre- tudo bem o nome dele é luke

Mãe - é mesmo? Interessante.

Minha mãe pegou o Gato e jogou pela janela do apartamento, eu gritei de dor e tristeza.

Mãe- cala sua boca agora, o que eu disse sobre trazer essas pragas aqui pra casa?

Alexandre- más....

Mãe- tá me respondendo!? Eu disse que não queria essas pragas dentro de nossa casa, já não basta você que eu sou obrigada a aguentar, você traz um bicho sarnento e ainda dá nome pra ele?

Minha mãe me bateu, e bateu e bateu muito, ela me bateu até se cansar, ela me obrigou a descer lá em baixo e pegar o corpo morto do gatinho, usando uma sacola plástica, ela me obrigou a jogar no lixo público e voltar pra casa, fiquei 2 dias sem comer e apenas um copo de água por dia, apenas por desobedecer minha mãe, cada vez que eu chorava ela abria a porta e me espancava até não ver uma lágrima em meu rosto, então com o tempo eu aprendi a não chorar mais, ela me cobria usando casacos e moletons para que ninguém visse as marcas, eu não tinha ninguém pra me proteger, não tinha ninguém para amar, não tinha ninguém pra brincar, a vida era simplesmente muito triste.

Eu te Amo tantoOnde as histórias ganham vida. Descobre agora