Capítulo 41

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Heyoon P.O.V.

                     

— Eu não acredito que fiz isso, meu Deus!

— Yoon, esquece isso - Levou os braços até a cabeça apoiando sua nuca.

— Como você quer que eu esqueça isso? - Andei de um lado para o outro — Transamos na casa do seus pais!

Hoje acordei graças ao sol rachando pela janela.

Eu estava completamente dolorida e cansada, se um caminhão tivesse passado por cima de mim o meu estado sem dúvida seria melhor.

Não demorou para os motivos das minhas dores aparecerem em minha memória. Os cinco orgasmos da noite passada tinham me rendido um cansaço nada prazeroso. Somente quando deixei a cama me dei conta de onde estávamos e da merda que Sina tinha me feito fazer, se não fosse por suas provocações e o maldito álcool circulando em minhas veias aquela noite nunca teria seguido daquela forma, por mais gostosa que ela tinha sido. Cada momento foi memorável, os beijos, gemidos e cada maravilhoso orgasmo que me fez desmanchar naquela cama como uma louca sem pudor algum. Eu tinha noção das coisas que fizemos assim como o barulho e a essa altura todos devem saber como passamos a noite.

— E daí As pessoas transam.

— Eu gritei feito uma condenada nesse quarto. Tem noção que quase toda essa casa pode ter me ouvido gemendo?

— Não precisa se preocupar com isso.

Sina riu como seu eu tivesse contado alguma piada e eu rosnei irritada indo pra cima dela acertando alguns tapas em seu braço fazendo ela rolar para o outro lado da cama.

— Não precisa me bater - Alisou o braço.

— Para de dar risada, isso é sério!

— Não tem nada de sério. Já falei pra esquecer isso - Sorriu.

— Sabe o quanto eu vou ficar envergonhada quando ver os seus pais? - Deixei meu semblante triste dominar.

— Yoon, me escuta, ok - Concordei — Por conta do cio meus pais optaram em colocar isolamento acústico em todos os quartos da casa. Ninguém ouviu nada do que fizemos.

Abri a boca percebendo que toda minha preocupação foi em vão em quanto ela ria ainda jogada na cama coberta pelo lençol.

— E você só me fala agora - Quase gritei me contendo para não lhe acertar mais alguns tapas e ela deu de ombros. Que ódio!

— Você não me deu tempo de falar nada. Me acordou na base da porrada e não calou a boca des de então.

— Você me paga!

Sina P.O.V.

                     
— Bom dia família.

Cheguei na sala já de banho tomado e uma roupa bem fresca acompanhada de Heyoon que tinha suas mãos dadas comigo, já que depois de muitos beijos e amassos ficamos bem. Tomamos um banho juntas e por mais que eu tenha tentado algo a mais, ela não deixou que meus toques passasem dos limites.

— Já olhou seu relógio? A manhã já passou faz tempo - Papai falou rindo e saboreando seu famoso copo de Gin.

— Em quanto eu não tomar meu café ainda é manhã.

— Você não toma jeito - Negou com a cabeça — Dormiu bem Heyoon? Parece cansada.

Segurei o riso vendo suas pálpebras se abrirem um pouco e seu corpo se enrijecer. Ela respondeu desesperadamente.

— Sim, a noite foi ótima.

— Que bom que acordou, preciso da sua ajuda na churrasqueira e na carne - Hina falou e saiu da cozinha apressada com algumas grelhas em mão e logo sorri animada.

Eu amava um bom churrasco.

— Vai rolar churrasco? - Perguntei animada.

— E banho de piscina! - O pirralho entrou na sala todo saltitante com um sunga do Bob Esponja e com nossa mãe logo atrás bufando e gritando por ele estar correndo.

Harry se agarrou as pernas de Heyoon sendo abraçado pela ômega e eu sorri, eu amava a relação que os dois tinham.

— Tava com saudade olhos de chocolate.

— Eu também pequeno, já estava acostumada com você  na minha semana.

— Você nem me dá mais atenção - Hina fingiu um bico.

— Deixa de drama Hina - Correu para seu colo.

— Fiquem de olhos no irmão de vocês. Preciso terminar o almoço - Mamãe falou.

— Aceita uma ajuda? - Heyoon perguntou.

— Se não for te incomodar eu aceito. Nem preciso saber do seus dons culinários já que Harry espalhou o quando cozinha bem e o quando obrigou ele a comer salada todos os dias.

Só de ouvir a palavra "salada" Harry fez careta e todos riram de sua expressão.

Segui para a churrasqueira junto com Hina perto da piscina em quanto Heyoon e minha mãe seguiram rumo a cozinha entre conversas e Sofya passava o olho no pirralho.

— Vou pedir ela essa noite.

— Já estava na hora - Sorri — Como meu pai reagiu?

— Me abraçou tanto que quase me sufocou - Riu.

— Vai ser aqui?

— Não, irei levá-la a um lugar, preparei algo especial para nós - Fez uma pausa — E você? Quando pretende oficializar algo com a minha irmã?

— Ainda não tenho nada certo - Dei de ombros.

— Não está pensando em deixá-la, está? - Parou me encarando com seriedade, eu quase senti medo.

— Óbvio que não Hina. Só estou deixando as coisa fluírem, ver se ela realmente quer isso.

— A cara de trouxa dela te encarando não é o suficiente - Rimos.

— Você é uma péssima irmã - Lhe empurrei pelos ombros — Já lhe disse e repito. Heyoon está em boas mãos.

                     

(...)

                     

— Esses são os momentos que eu mais gosto de estar com você.

— Pensei que seus preferidos fossem como os da noite passada - Brinquei apertando mais sua cintura recebendo um tapa em meu braço. Ri beijando a curva do seus pescoço e deixei meu queixo em seu ombro admirando o sol se pondo no horizonte.

— Idiota!

Nossa tarde correu tranquila, almoçamos em harmonia, bebemos, rimos, todos juntos. Sofya emprestou um de seus biquínis para Heyoon e ficamos aproveitando a presença uma da outra na água. Quando a tarde foi caindo meus pais e nossas irmãs entraram pra dentro mas nos permanecemos ali vendo a noite chegar ignorando o frio com o calor de nossos corpos unidos.

— Sabe que eu estou brincando, nada pode ser melhor do que ficar aqui abracadinha contigo.

— Nada?

— Absolutamente nada.

Mesmo sem ter a visão do seu rosto eu sabia que um sorriso enfeitava seus lábios.

Naquele momento e com a ajuda de meus braços deixei seu corpo de frente para o meu na intenção de admira-lo, como costumava fazer.

— Eu não quero que isso acabe.

— E por que acabaria?

— Eu não sei, tudo pode acontecer - Alisei seu quadril por debaixo da água — Você vai ficar comigo?

— Eu só saio da sua vida se você pedir, enquanto isso não acontecer - Grudou nossas testas — Eu sou sua.

Respirei fundo apreciando suas palavras não contendo o sorriso e alegria que me preenchiam.

                     
Ela era minha!

My Alfa - SiyoonOnde histórias criam vida. Descubra agora