Reconhecer

914 53 3
                                    

Andi pegou o celular e abriu o aplicativo do uber, colocando seu endereço.

— Espera, deixa o namorado do Sebas chegar, porque ele tá bem bêbado.

Ela bloqueou o celular e concordou comigo.

Alguns minutos depois a festa acabou e todos fomos para o jardim, nos despedimos de todos e falei com Ricardo, o namorado do Sebas. Me despedi do meu amigo enquanto Andi pedia um uber.

MJ, Dixon, Luka, Jana e Esteban foram para algum lugar comer, Esteban que estava sóbrio os levou.
Andi e eu ficamos esperando nosso carro. Fazia frio e ela estava com um casaco grande e me abraçou, me cobrindo com um pouco do seu casaco, esquentando meu corpo.

A motorista do uber chegou, a cumprimentamos e sentamos no banco de trás, lado a lado. Sua mão no meu joelho, minha bolsa no meu colo. Fomos o caminho todo em silêncio, mas vez ou outra eu a olhava e sorria.

Chegamos na sua casa, ela abriu a porta e entrei, as paredes brancas agora tinham artes, provavelmente trazidas de viagens, algumas dessas viagens nós queríamos fazer juntas e isso apertava meu coração. Entretanto ficava feliz por ela ter conseguido realizar essas coisas.

Pendurou o casaco e me acompanhou pelo corredor, olhei cada coisa que estava na parede.
A quantidade de plantas na sala de estar tinham duplicado, mas aquilo não era surpresa, Andi sempre amou.

Ela me levou até seu quarto, quando entramos, vi algo acima da cabeceira de sua cama. Uma pintura que eu havia feito anos atrás. Andi emoldurou minha pintura e colocou no seu quarto. Estava numa moldura de vidro com as laterais finas numa madeira clara. Sorri instantaneamente.

— Gostou?
— Quando você fez isso? — acho que meus olhos estavam brilhando.
— Alguns anos atrás. — deu de ombros e colocou o celular na mesa de cabeceira, pediu minha bolsa e também a colocou lá.

Ela me olhava e seus olhos ficaram miúdos quando um sorriso apareceu em seus lábios.

Fiquei sem palavras e não consegui responder nada. Nem precisei.
Andi se aproximou, me beijando delicadamente, apoiando as mãos nas minhas costas.

Tirei meus saltos em um movimento rápido e precisei ficar nas pontas dos pés para alcançar seus lábios de maneira mais confortável. Ela se abaixou um pouco e desceu beijos pelo meu pescoço, beijando meu ombro.

— Vamos terminar o que começamos mais cedo? — Andi sussurrou contra a pele do meu pescoço.
— Por favor! — pedi, deslizando as mãos por dentro da sua camisa.

Seus beijos no meu pescoço logo viraram leves chupadas, senti meus pêlos se eriçarem e eu subi sua camisa enquanto arranhava suas costas.

Ela me deixou tirar sua camisa e eu pude me apaixonar outra vez por cada parte de Andi. Eu conseguia identificar três ou quatro tatuagens novas e eram lindas, mas me apaixonar novamente pelas que eu já conhecia era bonito demais.

Amar suas tatuagens, o tom da sua pele, seus pequenos sinais e cicatrizes. Tudo isso que minhas mãos e olhos já conheciam e agora reconheciam.

Acho que passei muito tempo pensando nisso e admirando-a, porque Andi perguntou:

— Emilia, o que houve?
— Nada, só tô te admirando. — sorri de canto, saindo do transe.

Ela sussurrou um "boba" e voltou a beijar meu pescoço, enquanto eu deslizava a mão por sua barriga carinhosamente.

Sua boca passeou pelo meu ombro, Andi desceu as mãos apertando minha bunda, arranhei sua nuca. Minha respiração ofegante e quente roçava em seu pescoço. Logo ela agarrou a barra do meu vestido e puxou, tirando-o completamente.

Caminhei até a cama e sentei na beirada, ela se inclinou encostando nossos lábios, então deitei enquanto me beijava. Ela parou por um momento e me olhou inteira e mordeu seu lábio, já avermelhado de tantos beijos.

Andi deitou sobre mim. A sensação de nossas peles coladas uma na outra, nossos seios se tocando, nossos corações perto novamente, me trazia uma mistura de tesão e ternura.

Chupei seus lábios e tirei sua calça com sua ajuda, entrelacei minhas pernas ao redor do seu quadril e ela deslizou uma mão pela minha coxa, acariciei seu rosto com o polegar e dei um selinho nela. Não demorou até estarmos completamente nuas, a luz quente do quarto incidia sobre nós e os únicos barulhos eram de nossas respirações ofegantes e sussurros.

Meus olhos passeavam por todo seu corpo, seus lábios carnudos e seus olhos escuros me engoliam. Beijei seu tórax e seios, ela apertou minha cintura com força e eu enfiei as mãos nos seus cabelos, puxando-os com cuidado. Deslizei minha outra mão pela sua cintura e quadril, Andi subiu a pela minha cintura até meus seios apertando-os, resvalou os dedos pela minha barriga, passando pelo meu umbigo e continuou descendo, parou e me olhou nos olhos, sussurrou:
— Posso?
— Deve! — sussurrei quase como uma súplica. Ela sorriu de canto com malícia. Uni nossos lábios num beijo amoroso.

Reconhecer o toque da sua pele era como estar no paraíso, sentir a maciez, beijar, cheirar, usar todos meus sentidos para estar presente com ela. Ser dela, da mesma forma que ela era minha me deixava em êxtase. Ela sabia me ler sem esforço algum.

***

Uma fresta de luz invade o quarto quando a porta se abre, reclamo baixinho e fecho os olhos novamente e viro para o outro lado. Encontro Andi dormindo calmamente e a abraço, entrelaçando meus pés nos dela.

Sinto uma movimentação perto dos nossos pés e afasto o meu, sonolenta. Ouço um miado baixinho e abro meus olhos.

— Amor, tem um gato aqui? Amor? — Andi fala algo completamente inaudível e volta a dormir.

Me sentei na cama, olhei para o gato preto e passei a mão pelo seu pêlo.

Ele pulou da cama e eu o acompanhei, caminhando a passos lentos e sonolentos. Parou perto da sua vasilha que ainda tinha uma quantidade boa de comida, ali perto tinha um depósito de ração, então coloquei mais um pouco para ele e fiz carinho na sua cabeça.

Caminhei até a cozinha, procurando algo para comer, mas o sono era maior e só voltei para a cama. Deitei ao lado de Andi outra vez, dessa vez fiquei alguns segundos a observando, acarinhei seu rosto e encostei meu nariz no seu rosto, sentindo o cheiro da sua pele e cabelos. Meu coração estava cheio de amor por aquela mulher. Me aconcheguei ao seu lado e ela se mexeu me abraçando. Fechei meus olhos e suspirei, voltando a dormir.

🦋🦋🦋🦋

Oi, gente! Esse é penúltimo capítulo e é pequeno porque foi a melhor forma que encontrei para dividir. Espero que tenham gostado! Logo logo apareço para postar o último.
Lembrem de votar e/ou comentar, ajuda bastante.
Até o próximo capítulo! 💖

REENCONTRO - ENDI Where stories live. Discover now