The Contract •Billie Eilish• |G!p| ✅

23| The Christmas night

— Ela quis vir junto. Espero que não seja problema — Billie diz ao ver minha confusão, apontando para Zoe.

— Não tem problema, a família é grande, sempre cabe mais um — finalmente dei espaço para que elas entrassem.

— Acha que eu exagerei? Seus pais vão pensar que eu sou uma rica mimada, não é? — ela puxou o ar, respirando fundo.

— Calma! Você vai conhecer meus pais e não me pedir em casamento — a acalmei, abraçando seu quadril — E você é rica e mimada... Só fique calma, eu estou aqui ao seu lado —

Deixei um beijo em seus lábios, me soltando de seu corpo para segurar em suas mãos.

Ela tremia de nervoso e eu não a julgo por isso.

Desde que comecei a namorar Billie, até um pouco antes, quando desenvolvi sentimentos por ela, eu tive essa necessidade de sempre agradar sua mãe, para que ela saiba que eu sou uma boa pessoa para a filha dela.

Sei que Billie sente o mesmo.

— Mãe... — chamei sua atenção.

A cozinha estava em um completo silêncio, como se as duas só estivessem esperando por nós.

— Mãe, essa é a Billie... e —

— Eu posso me apresentar, Evelynn — mamãe me interrompeu séria.

Senti Billie apertar minha mão e a vi engolir seco. Minha namorada deu um passo a frente, ajeitando sua postura para falar com minha mãe.

— É um prazer conhecê-la, senhora Morgan. E-eu... Eu queria agradecer por me receber — minha mãe ficou séria por mais um tempo e depois negou rindo alto.

— Que formalidade, não precisa disso! Eu estava apenas brincando, Lynn me falou o quão nervosa você ficou quando soube que ia nos conhecer — minha mãe ajeitou o hijab de cor rosa claro antes de abraçar minha namorada.

Billie ficou um tempo sem reação, mas depois retribuiu o abraço, respirando quase aliviada quando minha mãe não estava mais vendo seu rosto.

— Sou Magdalena, querida. Mas me chame de Magda, ou de mãe. Eu não ligo — ela deixou claro depois que se separou da morena.

— É um prazer finalmente conhecer a senhora — deixei as duas se conhecerem sem minha interferência e corri para a sala.

Meu pai olhou por cima dos ombros e não disse nada, voltando a conversar com meus tios.

— A Billie chegou... Quer conhecê-la? — ele se virou, me olhando por um tempo.

Meu pai nunca se opôs a minha sexualidade por eu namorar Blake por anos, mas quando terminamos e eu disse que queria apresentar minha namorada, seu comportamento foi um pouco hostil.

Ele não dizia, mas eu sentia que isso não o agradava muito.

— Agora estou ocupado — seu sorriso foi mais falso que minha bolsa da Gucci, me fazendo assentir.

Me virei, pronta para voltar para a cozinha, mas fui interrompida por braços rodeando meu ombro. Uma pontada de esperança surgiu. Por um momento pensei que meu pai tinha mudado de ideia, mas meu sorriso se desfez quando eu vi que era Zay ali e não meu pai.

— Dê tempo a ele. Você sabe que não é culpa dele —

É engraçado pensar que o fato de ele não aceitar completamente é por conta da religião que ele segue.

Ele e minha mãe, quem me aceitou tão bem quanto aceitou Billie lá na cozinha.

Abracei Zay sem dizer nada, o seguindo de volta para o outro cômodo.