The prologue

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Quando Ginny e Harry Potter descobriram que ela estava grávida do primeiro filho deles e que era um menino, não demoraram para decidirem o nome.

James Sirius. Parecia realmente o nome perfeito, principalmente quando colocaram os olhos nele pela primeira vez.

Os dias passavam e Ginny se surpreendia de como o seu filho parecia uma cópia de Harry, com os cabelos castanho-escuros rebeldemente bagunçados, que não importava o quanto tentasse, eles nunca se alinhavam por completo. Além do formato do rosto, do nariz e da boca. Mas, existiam diferenças, as quais faziam a singularidade de James Sirius.

No primeiro sorriso dele, Ginny percebeu que nem tudo era igual a Harry.

Ele sorriu meio de lado, deixando uma leve covinha na bochecha direita aparecer. Harry não tinha covinhas. Nem qualquer outra pessoa da sua família. Então se lembrou da foto que Harry possuía dos pais, de como James Potter sorria e uma covinha surgia na bochecha.

E os olhos. Nada de verde.

Os olhos eram os seus, Ginny sorriu satisfeita quando os viu pela primeira vez. James Sirius possuía exatamente o formato e a cor dos olhos da mãe. Um castanho-claro. Havia uns pontinhos verdes, leves e quase imperceptíveis, como se o verde de Harry tivesse tentado conquistar, mas o castanho de Ginny saiu vitorioso.

E as sardas que, geralmente, apareciam no verão, quando James se aventurava pela casa de praia da família, passando tempo ao sol e a sua pele ficasse bronzeada e as pequenas manchas castanhas aparecessem um pouco pelo seu rosto, dorso e tronco.

James Sirius fora uma criança destemida, tão sem medo que Harry e Ginny se preocupavam em deixá-lo sozinho nem que fosse por um minuto. Nunca dava para saber o que ele aprontaria em 60 segundos. Piorava com o fato de James ser tão teimoso, inteligente e, indiscutivelmente, charmoso.

Ginny não conseguia contar quantas vezes James ficara de castigo, além das detenções na escola. James ganhava detenções por chegar atrasado nas aulas, por dormir nas aulas (ninguém entendia como ele conseguia tirar notas nada menos que excelentes), por falar demais nas aulas, por rir e fazer piadas inoportunas em horas inconvenientes nas aulas. A sua mente era brilhante em inventar maneiras de deixar os professores malucos.

Ele também era especialmente irritante com os seus irmãos.

E Albus e Lily tiveram que aprender rápido que não dava para seguir o irmão mais velho em todas as ideias mirabolantes (mas geniais), se não quisessem ficar de castigo junto. Mas James era um bom irmão. Ele fazia o que irmãos faziam, irritava, discutia e era, certamente, alguém que Albus e Lily podiam confiar. Lealdade era um traço importante e que parecia já ter nascido cravado nele.

James cresceu, tornando-se um adulto ainda destemido, inteligente, charmoso, confiante e leal, mas a teimosia e a arrogância, igualmente, não sumiram.

O seu amor pelo rugby apareceu quando tinha seis anos e o seguiu por toda a vida. Ele assistia todos os jogos possíveis. Jogou no colégio. Ia para o acampamento de rugby nos verões. Chegou a mudar de escola no ensino médio a fim de fazer um programa preparatório para atletas e foi nessa época que James começou a levar o esporte tão a sério, decidido a se tornar profissional na Premiership.

Ele quase não bebia. Drogas estavam, completamente, fora. Começou a estudar para conseguir entrar na faculdade que tivesse o melhor e mais requisitado programa de rugby da Inglaterra e, rapidamente, as suas notas passaram de excelentes para perfeitas. Ele não podia mais tomar tantas detenções, então, inevitavelmente James se aquietou no colégio. E, em contrapartida, ficou mais ansioso em casa, deixando seus pais e irmãos malucos, e tentou gastar toda aquela energia nos treinos.

Against all odds / JAMES S./OCWhere stories live. Discover now