Conversando Com Rany

En başından başla
                                    

- Mais que espelho? - seu olhar voltou ao livro e se alargou.. - Ah este espelho, mas um espelho dentro de um livro? Como assim? - disse ela rindo e balançando a cabeça levemente olhando para a frente logo me escondi novamente atrás da porta para que ela não me visse.

- Pedro o que está fazendo ai?

DROGA, ela me viu a espionando, que vergonha. Meu coração gelou e eu suei frio ficando congelado e sem ação. O que faria agora? Ou melhor, o que falaria pra ela? Em fração de segundos meu cérebro procurava uma desculpa, até que eu escutei a minha voz, espera, O QUÊ? MINHA VOZ?

- Almas transpassadas pelo amor e tempo se unem além dos mundos! - era assustador ouvir aquela voz, a minha voz.

- Que brincadeira é essa? - ela perguntava olhando ao redor e rindo de nervoso piscando várias vezes tentando encaixar as informações. Nem eu conseguia ligar os pontos. - Isso não faz o menor sentido.

- Almas transpassadas pelo amor e tem... - exclamou a voz porém antes de terminar ela fechou o livro bruscamente.

-Chega! - sua mão apoiava a capa do livro o analisando. - Palavras soltas insinuando algo entre Pedro e eu? Isso já está indo longe demais. - colocando as mãos sobre seus cabelos ela deu um mini círculo sobre a mesa lentamente.

- Amor entre um rei como Pedro e eu, pelo anjo, conta outra. - murmurava antes de voltar a frente do livro. - Amor não existe! -alterada ela deu um forte tapa sobre a capa do livro.

- Livro mentiroso, o amor é psicológico e é apenas um efeito colateral da paixão, uma coisa inventada pelo ser humano para preencher o vazio de suas almas inertes e utópicas.

Não vou mentir, fiquei chocado e decepcionado. O modo que ela agiu me pareceu que sou o pior partido do mundo. Se fiquei triste? Claro, quem não ficaria, me encantei por ela mas seu pensamento era plausível, pelo menos para a cabeça dela porque para mim era totalmente desnecessário e triste. Nem percebi quando entrei na sala em um impulso involuntário.

- O livro nunca mente.

-Garoto de Deus... - seu corpo tremeu em uma reviravolta de espasmos e ela colocou a mão sobre o perto com a respiração ofegante. - Quer me matar de susto? Pelo menos bata na porta, não te deram educação? - ela falou exaltada demais para medir suas palavras e quando percebeu o que havia dito seus olhos se arregalaram e seu rosto avermelhou.

- P-perdão, majestade. - sua voz falhava e seus dedos tremiam. - N-não foi o que quis dizer, q-quer dizer, foi sim mas não para você, quer dizer, foi pra você que eu disse m-mas... - sua mão estava entre nós e por mais que ela quisesse se desculpar ela só piorava as coisas.

-Calma, fique tranquila. Eu entendo. - sorri lhe acalmando.

- V-você está aqui á muito tempo? - ainda mais vermelha como uma cereja ela talvez estivesse raciocinando que provavelmente eu teria escutado toda a conversa, o que não era mentira mas para alivia-la dei um jeito de omitir para não constrangê-la.

- Ahh não! Eu só escutei da parte do livro mentiroso e seu raciocínio poético sobre o amor do qual eu ja adianto que não concordo. - Menti e agora quem ria de nervoso era eu.

-Mentes nunca são iguais, opiniões também não! - deu de ombros e pegou um livro aleatório.

-Acredita mesmo nisso? - a olhei nos olhos e vendo que ela demorou a responder, continuei.

- A vida é muito cruel. Se deixarmos de acreditar no amor porque gostaríamos de viver? - me aproximei mais e ela abriu os lábios mas palavras não saíram de imediato.

De Repente Em Nárnia.Hikayelerin yaşadığı yer. Şimdi keşfedin