Capítulo 4: Simbionte

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   As duas horas e meia do horário se passaram e eu não descobri nada sobre o que podia ser. Só me restava esperar que o professor olhasse a nomenclatura.

—Acabamos nosso horário.

(Hyunjin): Preciso ir, tenho aula agora. —Diz se despedindo antes de sair do laboratório.

—Tudo bem, até semana que vem.

   Olhei a hora no celular e vi que ainda tinha tempo até a minha próxima aula.

—S/A, pode olhar o laboratório por alguns minutos enquanto eu vou buscar a sua resposta?

—Claro, ainda tenho meia hora.

—Tudo bem, não vou demorar.

   Ele saiu da sala e eu continuei analisando a amostra, eu ainda não conseguia acreditar que o corte tinha simplesmente sumido em segundos. Ele voltou alguns minutos depois com um recipiente médio, parecia uma mini caixa forte, com algo como uma pequena janela redonda em cima.

—Aqui está o organismo. —Diz entregando a caixinha nas minhas mãos.

   Assim que olhei dentro da caixinha, parecia estar completamente preenchida por algo como um líquido preto.

—É isso?

—Este é um simbionte.

—Oi?

-Simbiontes são seres...

—Eu sei o que são. Como conseguiu isso? Eu pensei que fossem só ficção.

—Alguns institutos científicos estavam estudando sobre a vida fora da terra, e estudando os meteoritos ou qualquer coisa parecida que entrassem na nossa atmosfera, eles descobriram a existência dos simbiontes.

—E porque isso não foi à público?

—Ainda não sabemos o quanto é seguro, então não podemos levar ainda. Eles ainda estão em fase de estudos... Por isso o estágio.

—Eu estava manuseando um simbionte... —Digo deixando a caixinha em cima da bancada com cuidado.

—Uma parte dele.

—Não faz sentido. Ele não devia ter entrado em mim?

—Não é exatamente como nos filmes.

—Como sabem se ainda está em fase de estudos?

—As características mostradas nos filmes foram as primeiras a serem estudadas. —Diz calmo se sentando em um dos bancos da mesma bancada onde coloquei a caixa.

—E a quanto tempo acontecem esses estudos?

—Há alguns anos.

—Por essa eu não esperava.

—Normal.

—Pra você... Faz isso parecer algo tão comum...

—Eu já estudo sobre isso há anos, desde o meu terceiro ano da faculdade, estou acostumado com isso.

—Espero que faça sentido com o tempo.

—Vai fazer.

—Ok, estamos estudando isso por que?

—Curiosidade.

—Isso sempre atrai outras coisas.

—Talvez.

—Já que estudaram as características dos filmes, ele pode ou não "entrar" nas pessoas?

—Se ele quiser, sim.

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