Exoginium

CAPÍTULO 2 - Technogen

Base Subterranea 028 da Technogen.

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— Está tudo ligado. Tá pegando algo nos scanners? - Hacks entrou desconfiado.

— Não, por enquanto parece tudo intacto. Este é meu medo, se isso for um vírus ou algo do tipo? Essas armas de nada adiantariam.

— Por isso as máscaras, Red. E também o digitalizador da integridade do ar não está dando nada.

— Não há só esse tipo vírus, quem sabe o que esses loucos fazem escondido? 

— Dois corpos no corredor. Vou verificar. 

— Este lugar é gelado. E aí, Hacks? O que descobriu? 

— Acho que você estava certo, os circuitos deles foram fritados. Pode ser um cybervírus bem potente.

— Mas olhe, eles estão com armas empunhadas. Eles tentaram atirar em algo. 

— Hum, não há marcas de que o que quer que seja atirou de volta. Talvez estivessem loucos.

— Vamos nos separar e seguir, temos que achar os laboratórios.

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— Ei, Hacks! Achei uma sala que parece importante, tem cara de que dará acesso a um laboratório. - Disse Red através de seu comunicador integrado.

— Já vou, mas encontrei mais corpos… espere. Conheço esse, é o Zen! Fiz um trabalho com ele alguns anos atrás, sujeito detestável. - Disse Hacks enquanto escaneava e analisava o corpo do velho mercenário - Está com implantes novos, parece que estava se dando bem.

— Isso não é hora para discutir o financeiro de um falecido. Veja se ele tem câmera integrada no neuro sistema, talvez a gente consiga ver como ele morreu.

— Não tem, eu até poderia tentar hackear a neuro dele mas iria levar um tempo.

— Não, melhor seguirmos. Como está o corpo?

— Perfuração na barriga, não parece ser de arma de fogo. Uma lâmina quente eu diria.

— Laser? 

— Pode ser… 

— Temos que checar os computadores e sair fora desse lugar, o que quer que o matou ainda pode estar por aí.

— Sim, encontrei um laptop aqui. Parece ser de uma rede principal. 

— Estou indo aí.

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— Red, achei alguns arquivos sobre I.A. Coisa bem pesada. 

— É mesmo?

— Sim, estavam usando alguns encarcerados para fazer alguns testes. Tem algo sobre uma liga metálica também, Exoginium. Já ouviu falar? 

— Não, é para implantes? - Perguntou Red enquanto tentava chegar até o amigo, caminhando pelos corredores daquela instalação cinza e fria.

— Estavam usando nos circuitos das I.A. 

— Pelo jeito deu merda.

— Sempre dá. Bom, vou recolher esses dados para o J.J. só precisamos achar uma amostra do experimento que deu errado. 

— Acha que vamos encontrar um cyborg do mau? - Indadou Red ao se encontrar com Hacks.

— Tudo é possível hoje em dia. 

— Esse lugar tá me dando arrepios. Tenta encontrar dados da planta desde lugar para sabermos melhor onde estamos indo. 

— Feito, te mandei. Olha, parece que no andar de baixo pode ter algo.

— Certo, vamos lá. - disse acendendo um cigarro desesperadamente.

— Você tá legal, Red? - Perguntou Hacks percebendo que o amigo parecia estar preocupado e ansioso.

— Sim, sim, to bem. Por que?

— Nada, parceiro.

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Laboratório 03 de testes da Technogen.

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— Mas o que eles estavam tentando fazer? - indagou Red horrorizado com o lugar.

— Não sei, talvez não fosse uma inteligência artificial para androides mas para outra coisa.

— Exatamente. Mas então, por que estavam dissecando humanos? 

— Sei lá, talvez algum estudo sobre neuros, armazenamento de psique ou espectro? Essas coisas ilegais de sempre que "não dá pra fazer sem" um humano vivo.

— Que adorável sala da morte. Vamos meter o pé daqui Hacks!

— Só vamos verificar esta última parte.

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Quando entraram na última repartição do laboratório, um corpo conhecido estava caído e encostado em uma parede.

— Marlin! - Red correu até ela e mesmo vendo a gravidade dos ferimentos teve esperança.

— Sem sinal de vida, Red. Ela se foi. - Checou o amigo cabisbaixo.

— Mas que droga! Não acredito nisso, Hacks! Não acredito! - Inconformado Red ainda tentou segurar o sentimento de tristeza e trocar pelo da raiva.

— Tente se acalmar, vou verificar a câmera integrada dela. Ela tem uma, certo? - Hacks se conectou aos últimos momentos da neuro da amiga e no vídeo não entenderam muito o que viram.

— Mas que porra é essa?! - Xingou Red enfurecido. 

— É… é o Ice? Parece o Ice! - Exclamou Hacks incrédulo.

— Essa criatura não é o seu amigo - Um homem de capuz e mantos azuis se revelou em meio às luzes piscantes de uma das portas do laboratório segurando um cajado de madeira retorcida.

— Mas o que? Quem é você?! - Assustou-se Hacks.

— Não tente nenhuma gracinha! - Ordenou Red já com a arma apontada.

— Desculpe se assustei vocês, meu nome é Scallef Galgalin. Eu sou guardião dos fragmentos da joia Elestenar e caçador dos descendentes de Henkiirnerash. - Respondeu tirando o capuz revelando um jovem de olhos e cabelos castanhos.