❝ ᴛʜᴇ sᴇᴠᴇɴ ɴᴀᴛɪᴏɴs + ᴋᴛʜ ❞

✝ 𝖊 𝖕 𝖎 𝖑 𝖔 𝖌 𝖚 𝖊 ✝

— Ela tem razão, Heejin.- Jungkook se pronuncia, com uma expressão séria. Olivia agarrou seu braço esquerdo e todos o olharam.

Menos a forasteira.

— Como pode dizer uma coisa dessas, Jungkook? Taehyung não está-

— Ele está morto, aceitem!- Jinsoul fala alto, de olhos fechados e com lágrimas escorrendo pelas maçãs do rosto.— Nosso amigo se foi... Temos que aceitar isso...

E então, uma discussão entre eles começou. Ninguém queria acreditar naquilo, mas não havia mais esperanças de que o vampiro-bruxo voltaria a vida.

Bel encarava o lago, chorando e em silêncio. Não tinha mais jeito.

Era tarde demais.

Yuri não conseguia mais aguentar aquela gritaria, então tampou os ouvidos e se encolheu ainda mais. Não, não queria aceitar. Não queria acreditar naquilo.

— Calem a boca, seus imbecis!- Espermeou, tão alto que fez todos ficarem em silêncio.

— Yuri...- A Park — que tinha se afastado por um momento da mais nova — tentou lhe tocar, mas uma sombra a cobriu por completo, como uma névoa.

— Não me toque!

Aquela escuridão sem fim em volta da menina assustou á todos, que deram alguns passos para trás. Os irmãos Jeon conseguiam ver que aquilo era uma aura, atormentada e enlouquecida.

— Yuri, se aca- Jinsoul ia dizer algo, mas novamente a Jo gritou.

— Eu quero morrer! Eu quero me juntar ao Taehyung!- Chorava e soluçava.— Eu não suporto mais viver sem ele!

— Yuri, se controle!- Heejin disse, alto.

— Taehyung!- Destampou os ouvidos e gritou o mais alto que pôde.

Com tamanha força do grito, todos foram jogados para trás com a explosão que a sombra emitiu. Caídos no chão, sentiam dores no corpo e gemidos saíam de suas bocas. O baque tinha sido forte demais.

A menina cobriu o rosto com ambas as mãos, e seu choro era a única coisa escutada naquele local juntamente com a queda d'água. Ela necessitava, precisava desesperadamente de seu amado.

Taehyung era sua fonte de vida, e sem ele, não seria capaz de enfrentar seus próprios demônios. Ele era seu amor, seu ar, seu coração, seu tudo.

Por favor... de novo não!

Não queria viver sem o de madeixas negras. Não queria viver sem o homem que mais amava neste mundo.

Linus... Taehyung... por favor...

— Tae...- Sussurrou, apenas para si mesma.

Imersa na melancolia e tristeza profunda de seu coração, não notou que uma luz adentrava em sua bolha de escuridão. Parado em sua frente estava, a encarando com ternura e amor.

— Volta pra mim... por favor...- Implorava em meio aos seus soluços.

Com um leve sorriso de canto, o rapaz conseguia sentir a dor da garota e então, pegando em seus ombros, a abraçou. Ela sentiu o calor do verão aquecer seu pequeno corpo e aquele cheiro tão familiar impregnar em suas narinas.

— Eu voltei... meu amor...- A voz grave e bela lhe despertou, e num ato de desespero, suas mãos agarraram a camisa molhada do mais velho.

— Taehyung...?!- Questionou, surpresa.

— Veja com seus próprios olhos, minha raposa.- Se afastando da pessoa, ao levantar o olhar para o rosto do homem, se espantou.

— Passarinho!- Esbravejou alto, agarrando o pescoço do mais velho, lhe abraçando.

Com isso, a luz ao redor do Kim brilhou com mais intensidade e um enorme par de asas de penas brancas se abriram nas costas do mesmo, e com isso, a Jo teve a mesma coisa.

A escuridão que — que antes rondava a mesma — se concentrou nas costas da menina um grande par de asas de penas negras brotaram. Bem e mal, luz e trevas.

Sol e Lua.

— Aurora...- Passou os braços ao redor da cintura de sua amada.

— Linus...- Sorria entre as lágrimas que escorriam pelas maçãs de seu rosto.

Todos se surpreenderam ao ver o casal abraçados, unidos pelo amor que nutriam um pelo o outro.

— Impossível...- Hyejoo fala, surpreendida.

— O amor entre duas almas nunca se apagará, não importa a distância ou o tempo... Eles se reencontraram, após milhares de anos.- Joy diz, sorrindo.— O Rei Solar e a Princesa Lunar.

— Esse tempo todo eles eram aquele casal de milênios atrás?!- Hoseok exclama, surpreso.

— O grande soberano despertou...- Chaewon fica chocada.

Afastando-se um pouco do abraço apertado, ambos se encararam e deram o maior sorriso que puderam. Tamanha felicidade enchia seus corações.

Finalmente unidos, após dez mil anos separados pela morte e pela guerra.

— Minha raposa.

— Meu passarinho.

— Eu te amo!- Disseram em únissono, e então, se beijaram apaixonadamente e loucamente.

♕

O vento frio corria na terra infértil e seca. A enorme cratera que se estendia pela nação sombria chegava até um enorme buraco de pelo menos dez metros de altura.

No meio, uma enorme pedra com cordas e símbolos estranhos se rachava. Rachaduras pareciam como cobras, se rastejando por aquele material rochoso e duro. Os últimos resquícios de grama que havia naquele chão se secavam rapidamente, se tornando poeira.

O céu gritava enquanto era tingido de cinza. Nuvens escuras e densas se formavam, e trovões faziam a festa. O vento frio soprava com mais intensidade, e com tamanha força, poderia levar para bem longe o homem mais forte de todos os homens.

Algo maligno ressurgia do passado. E então, o trovão mais poderoso esbravejou entre as nuvens cinzentas, e a rocha se partiu ao meio. Na enorme rachadura, sete pares de mãos surgiram.

Agora, o mundo estava perdido.

O caos começaria e todos sentiriam o poder do maligno.

O Clã dos Demônios estava de volta.
Para destruir a causadora de todo este caos...